REVELAÇÕES E CONSEQUÊNCIAS

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               A semana após o beijo foi um verdadeiro turbilhão para Astrea

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               A semana após o beijo foi um verdadeiro turbilhão para Astrea. Cada vez que ela e Robby se encontravam no dojo ou nas mensagens trocadas, a conexão entre eles parecia crescer. Tudo parecia seguir seu curso, até que o inevitável aconteceu: Wade Bratilieri, o pai de Astrea, descobriu sobre o relacionamento.

Era um sábado à tarde quando a tensão se instaurou. Wade estava organizando alguns documentos no escritório de casa quando, por acaso, deixou seu celular cair. Ao pegá-lo, notou que o aparelho de Astrea, que estava carregando na sala, vibrou com uma mensagem. Sem intenção de ser invasivo, seus olhos caíram sobre a tela e viu o nome “Robby” na notificação. Curioso, ele leu a prévia da mensagem:

“Não vejo a hora de te ver de novo hoje à noite. Ainda pensando no nosso beijo...”

Wade parou por um momento, sentindo uma onda de irritação e preocupação tomar conta dele. O nome Robby ecoou em sua mente, trazendo lembranças da conversa no dojo e dos avisos que já havia dado para Astrea sobre ficar longe de certos alunos. Ele se levantou, decidido a confrontar a filha.

Quando Astrea entrou em casa, mais tarde naquele dia, Wade já estava esperando por ela na sala, sua expressão fechada. Layla, sua mãe, estava sentada ao lado dele, com uma expressão igualmente preocupada.

— Thea, senta aí. — Wade disse, com uma firmeza que Astrea reconheceu como um sinal de que algo sério estava por vir.

Astrea sentiu seu estômago se apertar, mas obedeceu, sentando-se no sofá em frente aos pais.

— O que está acontecendo? — Ela perguntou, tentando manter a calma, mas já sentindo o peso de algo ruim se aproximando.

Wade pegou o celular de Astrea que estava sobre a mesa e o virou na direção dela.

— Quem é Robby? — Ele perguntou, sua voz grave.

O coração de Astrea disparou. Ela sabia que não tinha mais como esconder, mas a intensidade no olhar de seu pai fez com que ela se sentisse vulnerável.

— Pai, eu posso explicar...

— Explicar o quê? Que você está escondendo de nós que está vendo um dos alunos do dojo? E, pra piorar, o Robert Keene? — Wade interrompeu, claramente frustrado. — Eu te avisei para ficar longe dele, Astrea!

— Não é como você pensa. — Astrea começou a dizer, tentando se defender. — O Robby não é o que todo mundo acha. Ele é diferente, ele é... gentil, e ele não merece ser julgado pelo que aconteceu no passado.

Wade se levantou, passando as mãos pelos cabelos em um gesto de frustração.

— Eu sabia que isso ia acontecer. Desde que você começou a falar sobre o dojo, eu sabia que tinha algo errado. Esse garoto, Astrea... Ele tem um histórico. Ele se envolveu em brigas, ele esteve em confusões com aquele dojo! — Wade apontou para ela. — Eu não vou deixar você se meter em encrenca com ele.

— Pai, por favor! — Astrea implorou, levantando-se do sofá. — Robby mudou. Ele não está mais envolvido com as coisas do Cobra Kai. Ele está tentando melhorar, ele está tentando se afastar desse passado.

Layla, que estava quieta até o momento, interveio com uma voz mais suave, mas igualmente firme.

— Thea, nós só queremos o melhor para você. Sabemos que você acha que ele mudou, mas e se ele te machucar? E se ele te levar para um caminho ruim?

Astrea sentiu os olhos marejarem. Ela entendeu a preocupação de seus pais, mas eles não conheciam Robby como ela o conhecia. Não sabiam do lado sensível e vulnerável que ele mostrava para ela.

— Ele não vai me machucar. — Ela sussurrou, tentando manter a compostura. — Ele não é o monstro que todo mundo acha que ele é.

Wade suspirou, cruzando os braços. Ele sabia que não estava lidando com uma criança, mas com sua filha, alguém que ele queria proteger a todo custo.

— Eu não vou permitir isso, Astrea. A partir de hoje, você está proibida de ver esse garoto. E se eu souber que você continua falando com ele, eu vou tomar medidas drásticas. — Ele declarou, sua voz firme, sem espaço para discussão.

Astrea sentiu o chão desabar sob seus pés. As lágrimas que ela havia segurado até então finalmente caíram, mas ela sabia que discutir com Wade naquele momento seria inútil. Ele estava decidido, e, pior, não a ouvia de verdade.

— Pai, isso não é justo. — Ela murmurou, sua voz embargada. — Eu não sou mais uma criança. Eu sei o que estou fazendo.

— Justamente por isso. — Wade retrucou, o olhar firme. — Você é jovem, e jovens fazem escolhas erradas o tempo todo. E eu, como seu pai, vou evitar que você cometa esse erro.

Astrea, sentindo-se encurralada e sufocada, virou-se e correu para o quarto, fechando a porta com força. Lá, ela finalmente deixou as lágrimas fluírem livremente. Ela sabia que Wade estava apenas tentando protegê-la, mas ele não entendia. Não conseguia ver o que ela via em Robby. Não conseguia entender que, por trás da imagem problemática, havia alguém que ela realmente gostava.

Deitada em sua cama, abraçando o travesseiro, Astrea pegou o celular e enviou uma mensagem rápida para Robby:

"Precisamos conversar."

Ela sabia que as coisas só iam ficar mais complicadas dali para frente, mas, por mais difícil que fosse, ela não queria desistir de Robby.

Ela sabia que as coisas só iam ficar mais complicadas dali para frente, mas, por mais difícil que fosse, ela não queria desistir de Robby

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[N/A] e a casa finalmente caiu!

BAD REPUTATION, robby keene ✓Onde histórias criam vida. Descubra agora