Eles só precisam achar novamente o caminho para a vida um do outro e talvez, só talvez, um reencontro entre eles resolvesse o problema.
Mas nada é como antes, eles não são os mesmos de antes e até parece que se odeiam, então a única coisa que resta...
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↠Melissa Solís↞
Já haviam se passado algumas semanas a nossa rotina continuava corrida, os encontros com os irmãos De Luca estavam cada vez mais recorrentes — parecia até que eles não queriam ir embora —, me deixando irritada a cada saída.
As provocações entre mim e Bryan não pararam, pelo contrário, era como uma briga insensate esperando terminar para vermos quem seria o real vencedor.
Era um jogo perigoso, e sentia que não era certo entrar nele.
Minha mente gritava e implorava para me manter longe, mas algo muito mais forte me obrigava a continuar, mesmo que não devesse.
Eu o odeio.
Ele me odeia.
Isso deveria ser o bastante, não?
Já tivemos a nossa história e não terminou da melhor maneira possível. Então, por que essa avalanche de sentimentos e emoções sempre que estamos juntos?
Não é apenas o ódio falando. Não é apenas a raiva, a irritação. É algo muito mais forte que não consigo entender, e que sinto que pode nos sufocar. Eu não sou uma preocupação para ele, ele não é uma preocupação para mim. E isso deveria parar o quanto antes ou pode ter as mesmas consequências do passado.
O maldito passado.
Só de pensar meu ódio por ele triplica.
— Para de olhar assim para mim, porra! — rosnou, baixo e cerrei os olhos, vendo os dele ardendo de raiva.
— Assim como?
— Como se quisesse me matar aqui mesmo.
— Talvez eu queira mesmo fazer isso, noivinho. — respondo com puro escárnio.
Estávamos num clube, em um dos nossos calorosos encontros com Donatella e Lorenzo. Estava cansada de ver a forma como a italiana dava em cima dele sem se preocupar com a porra da minha presença, como se o fato dele ser o meu noivo não importasse — noivo falso —, mas isso não importa porque eles não sabem dessa merda.
O que mais me irritava é que isso estava me deixando puta e, eu não tinha motivos para isso.
Eu e ele estamos apenas fingindo, nada é real.
Eu não era dele e ele não era meu. Não temos nada além de um ódio recíproco.
Mas ainda assim eu não consegui evitar esse sabor amargo de… ciúme?
Que merda! Eu estava com ciúmes do meu ex namorado, do homem que eu mais odeio, e não consigo controlá-los.
— Por que está com tanta raiva? Foi você que veio com uma saia minúscula, e tenho que me conter sempre que o babaca do Lorenzo olha para você. — falou, entredentes me pegando desprevenida.
