↠ Melissa Solís ↞
Respiro fundo sentindo a brisa fresca e calorosa da Austrália. Foram quase 20 horas de viagem e por mais que eu queira muito passear pelas ruas daqui — apesar de ser noite — tenho uma grande e insensate vontade de descansar.
Fazia tempo que não vinha para cá, mas ao contrário de outras vezes, esse não era uma visita para o vinhedo do meu pai. Não ficaria naquela fazenda linda que emitia a mesma tranquilidade que a da Colômbia, desta vez, vim pela indicação de um prêmio sendo acompanhada pelo chato do meu sócio.
Era tudo o que eu precisava.
Passar três dias longe com ele, dividindo um bangalô. O hotel tem inúmeras casinhas de madeira. Por que decidiram nos colocar justo no mesmo?
Depois de ontem, não acho que seja uma boa ideia dividir o mesmo cômodo que o meu sócio. Acho perigoso de mais, tanto para mim quanto para ele. Só de pensar meu corpo já se arrepia.
O que não deveria acontecer, porque… cara, é o arrogante odiável.
O meu ex namorado!
O meu sócio!
E o pior, é o homem que eu odeio.
Como ignorar todos esses fatos importantíssimos?
Assim que Williams estaciona o carro, saio rapidamente o deixando para trás, para que cuide da nossa bagagem. Posso imaginar que nesse momento está revirando os olhos e quem sabe me xingando, mas não seria algo com o qual já não estivesse acostumada.
Estamos a falar de Bryan Williams e Melissa Solís, juntos.
Juntos, porra!
Se odiando cada dia que passa.
Abrindo a porta do espaço, permito-me adentrar no local. A estrutura é ótima e também tem bastante espaço. A sala e a cozinha são daquelas americanas, divididas pela bancada, mas a frente tinha duas portas e isso me fez estranhar um pouco. A primeira revela o banheiro e a segunda revela o quarto.
Um quarto.
Calma… Por que há apenas um quarto?
Isso não pode parecer real.
E…?
— Williams! — o grito rompe a minha garganta, e ele aparece no quarto com uma velocidade que me faz desconfiar que ele pode ser o próprio Flash.
— O que foi? O que aconteceu? — perguntou, meio ofegante — Tem algum rato?
Franzo o cenho.
— Rato?! Por que você pensou que teria um rato?
— Ué. Por que gritou então? Achei que fosse um rato. — explicou simples.
— Mas eu não tenho medo de ratos. — cruzo os braços — Você ainda tem medo de ratos?
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A Escolha Perfeita
RomanceEles só precisam achar novamente o caminho para a vida um do outro e talvez, só talvez, um reencontro entre eles resolvesse o problema. Mas nada é como antes, eles não são os mesmos de antes e até parece que se odeiam, então a única coisa que resta...