𝓸𝓫𝓮𝓼𝓼ã𝓸 𝓹𝓻𝓸𝓲𝓫𝓲𝓭𝓪 𝑘𝑎𝑖 𝑚𝑜𝑟𝑖 Devil's Night

- Um Refúgio de Flores 10

Os dias que se seguiram à festa foram um turbilhão de emoções para Mya. A sensação de leveza e esperança que ela havia sentido no jardim, sob a luz da lua, ainda pairava no ar, mas era misturada com um turbilhão de pensamentos e sentimentos confusos. Era como se um arco-íris de emoções tivesse se instalado em seu coração, com cada cor representando um momento diferente, uma lembrança, uma sensação.

Ela não conseguia parar de pensar em Noah, no seu sorriso que iluminava a sala, no seu olhar que a penetrava com uma intensidade que a deixava sem fôlego, no seu toque que a fazia estremecer de prazer. O beijo que eles trocaram no jardim ecoava em sua mente como uma melodia suave, a cada instante a levando de volta àquele momento mágico, onde o mundo se resumia a apenas dois corações batendo em sincronia.

Mas ao mesmo tempo, a lembrança do que a havia machucado no passado ainda a assombrava, como um fantasma que se recusava a deixar o palco. Era como se o passado estivesse gravado em sua pele, em cada cicatriz, em cada lembrança. Ela sabia que não podia simplesmente esquecer o que havia acontecido, mas também não queria deixar que o passado a definisse, que a aprisionasse em um ciclo de dor. Ela ansiava por liberdade, por se libertar das correntes que a prendiam ao passado.

Erika, percebendo a batalha interna de Mya, se tornou sua âncora, sua rocha em meio à tempestade. Ela a convidava para sair, para se divertir, para esquecer dos problemas por um tempo. Ela a incentivava a se abrir, a compartilhar seus medos e suas dúvidas, a se permitir ser vulnerável, a se permitir sentir. Erika era como um raio de sol que atravessava as nuvens escuras do passado de Mya, trazendo consigo a promessa de um novo amanhecer.

"Você não precisa carregar esse peso sozinha, Mya", Erika dizia, segurando as mãos de Mya com firmeza, transmitindo a força da sua amizade. "Eu estou aqui para você, sempre."

Mya se sentia grata por ter Erika em sua vida. A amizade delas era um porto seguro, um lugar onde ela podia ser ela mesma, sem julgamentos, sem expectativas. Era como se Erika tivesse o poder de ler sua alma, de compreender seus medos e suas dores, e de oferecer o conforto que ela tanto precisava.

Em meio à confusão, Mya e Noah começaram a se aproximar, como dois rios que se encontram e se fundem em um só. Eles trocavam mensagens, conversavam por horas ao telefone, e se encontravam para tomar um café, para dar um passeio no parque, para simplesmente aproveitar a companhia um do outro. Era como se o tempo parasse quando eles estavam juntos, como se o mundo ao redor desaparecesse, deixando apenas a sensação de pertencimento, de conexão.

A cada encontro, a conexão entre eles se fortalecia. Eles riam juntos, compartilhavam segredos, e descobriam um mundo novo de afinidades e interesses em comum. Mya se sentia segura e acolhida na presença de Noah, como se ele tivesse o poder de acalmar sua alma inquieta, de curar suas feridas. Era como se Noah tivesse o dom de ver além das suas defesas, de enxergar a mulher forte e corajosa que ela era por dentro.

Noah, por sua vez, estava completamente apaixonado por Mya. Ele admirava sua força, sua inteligência, sua beleza interior e exterior. Ele a via como uma mulher excepcional, que merecia toda a felicidade do mundo. Ele a via como uma obra de arte, uma escultura perfeita, esculpida pela vida, pela dor, pela esperança.

Um dia, enquanto caminhavam de mãos dadas por um parque ensolarado, Noah parou e olhou nos olhos de Mya. O olhar de Noah era intenso, como se ele pudesse ver a alma dela, a história que ela carregava, e a beleza que a tornava única.

"Mya, eu quero te levar para um lugar especial", disse ele, com um sorriso apaixonado. "Um lugar onde a gente possa ficar sozinhos, sem pressões, sem preocupações. Só nós dois, sob a luz do sol."

Mya sentiu seu coração bater mais forte. Ela sabia que Noah estava falando sobre um encontro romântico, e ela estava ansiosa para saber o que ele tinha planejado. Ela se sentia como uma menina novamente, cheia de expectativa e esperança.

"Eu adoraria", respondeu Mya, com um sorriso radiante.

Noah a levou a um lugar secreto que ele conhecia, um campo florido que ficava escondido entre as montanhas. O lugar era mágico, com flores de todas as cores e um aroma inebriante. Era como se a natureza tivesse se unido para celebrar o amor deles.

Eles se sentaram em uma toalha que Noah havia levado, e passaram a tarde conversando, rindo, e se aproximando ainda mais. Noah fez um piquenique especial para Mya, com seus pratos favoritos. Ele havia se esforçado para preparar tudo com carinho, para demonstrar o quanto ele a amava.

Enquanto o sol começava a se pôr, tingindo o céu de tons de laranja e vermelho, Noah se aproximou de Mya e a beijou. O beijo era mais intenso, mais apaixonado do que o que eles haviam trocado no jardim, e Mya se sentiu completamente entregue a Noah. Era como se ele tivesse a chave para abrir seu coração, para libertar as emoções que ela guardava há tanto tempo.

Naquele momento, Mya sentiu que estava finalmente começando a se curar. O amor de Noah a estava curando, a estava dando força para superar o passado e a abraçar o futuro. Era como se Noah tivesse a capacidade de transformar suas feridas em flores, de fazer a dor florescer em esperança.