Capítulo 17: A Fissura na Gaiola

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A vida se tornou um ciclo repetitivo de aprisionamento e falsas promessas. Noah me cercava com um amor sufocante, me isolando do mundo e de tudo que eu amava. As amigas que antes me davam força e companhia, agora eram vistas como ameaças por ele. Minha liberdade, antes tão preciosa, se esvaía a cada dia que passava, como areia escorrendo por entre meus dedos.

Um dia, enquanto tentava disfarçar o medo com um sorriso forçado, Noah me presenteou com um colar de ouro, um presente luxuoso que me fez sentir mais como um objeto de exibição do que uma pessoa amada.

"É lindo, Noah. Obrigada", eu disse, tentando soar grata.

"Você merece o melhor, minha princesa", ele respondeu, com um sorriso que não chegava aos seus olhos.

Mas a beleza do colar não conseguia disfarçar a dor que eu sentia.  A gaiola dourada, que antes me parecia um refúgio, agora me aprisionava, me sufocando com a beleza da sua opulência.

No entanto, um fio de esperança ainda brilhava em meu coração.  A festa de quinze anos estava se aproximando, e eu sonhava com uma noite mágica, com minhas amigas, com a liberdade de ser quem eu realmente era.

"Noah, a White e a Emory estão aqui.  Elas vieram me ajudar a organizar a festa de quinze anos.  Eu quero que seja uma festa especial, com o tema baile de máscaras", eu disse, com a voz trêmula.

Noah me olhou com um olhar divertido. "Baile de máscaras?  Que ideia charmosa, Mya!  Eu sempre achei que você tinha um gosto refinado.  Mas, se você quer ter um baile de máscaras, eu apoio sua decisão."

"Sério?  Você não vai se incomodar?"

"Claro que não.  Eu quero que você seja feliz.  E, se você quer ter um baile de máscaras, então que seja um baile de máscaras memorável!  Vou até ajudar vocês a escolher as decorações."

Eu fiquei surpresa com sua reação.  Ele nunca havia sido tão receptivo a ideias que não fossem as dele.  Será que alguma coisa estava mudando?

"Obrigada, Noah.  Eu realmente aprecio isso", eu disse, com um sorriso genuíno.

"De nada, minha princesa.  Agora, vamos começar a organizar esse baile de máscaras!  Que tal começarmos escolhendo as cores?"

Eu me sentia aliviada.  Talvez, finalmente, eu pudesse ter a festa dos meus sonhos, com minhas amigas, sem a sombra da opressão de Noah.  Talvez, ele estivesse aprendendo a me amar de verdade, a me dar a liberdade que eu tanto ansiava.

"Que tal preto, prata e dourado?  Com um toque de vermelho para dar um ar de mistério?", eu sugeri, com entusiasmo.

"Adoro!  Mas que tal adicionar um toque de azul?  Para combinar com o seu colar", ele disse, com um sorriso malicioso.

Eu ri, sentindo um leve alívio.  "Você está querendo combinar a festa com o meu colar?  Que engraçado!"

"Claro que não!  É que azul combina com tudo, você sabe.  Além do mais, vai dar um toque de elegância ao baile."

Eu sorri, sentindo uma pontada de esperança.  Talvez, as coisas estivessem mudando para melhor.  Talvez, eu pudesse ter a festa dos meus sonhos, com o apoio de Noah.

"Está bem, Noah.  Vamos fazer um baile de máscaras memorável, com preto, prata, dourado e azul.  Com um toque de vermelho para dar um ar de mistério e um toque de elegância.", eu disse, com um sorriso radiante.

"Assim que eu gosto!", ele respondeu, com um sorriso brilhante.

White e Emory, que estavam sentadas no sofá, observando a cena com um olhar divertido, começaram a comemorar.

"Uhu!  Um baile de máscaras!  Vai ser incrível!", exclamou White.

"E com um toque de azul!  Que chique!", disse Emory, com um sorriso travesso.

"Vamos fazer o melhor baile de máscaras de todos os tempos!", eu disse, com entusiasmo.

E assim, começamos a organizar a festa dos meus sonhos.  White e Emory, com a energia contagiante que as caracterizava, se lançaram de cabeça na missão.  Elas escolheram as músicas, as decorações, as fantasias e até planejaram um concurso de máscaras.  Noah, para minha surpresa, se mostrou um parceiro de primeira linha.  Ele ajudou a escolher as melhores máscaras para a decoração,  ajudou a montar as mesas com toalhas de veludo preto e até mesmo se ofereceu para fazer um bolo de chocolate com cobertura de chocolate preto e dourado.

"Eu sei que você gosta de chocolate, minha princesa", ele disse, com um olhar divertido.

"Obrigada, Noah.  Você é o melhor!", eu disse, com um sorriso radiante.

Enquanto trabalhávamos na decoração, a atmosfera na casa era contagiante.  White e Emory, com suas ideias criativas e contagiosas, transformaram a casa em um cenário de baile de máscaras mágico.  Noah, com a sua disposição e a sua ajuda, me fez sentir como se estivesse vivendo um conto de fadas.  E eu, pela primeira vez, me sentia livre, feliz e realizada.

"Mya, você está radiante!", disse White, com um sorriso.

"É que eu finalmente vou ter a festa dos meus sonhos", eu respondi, com um sorriso.

"E com o apoio do Noah!  Parece que ele finalmente está aprendendo a te amar de verdade", disse Emory, com um olhar sagaz.

Eu sorri, sem saber o que responder.  Talvez Emory estivesse certa.  Talvez, Noah estivesse aprendendo a me amar de verdade, a me dar a liberdade que eu tanto ansiava.

"Vamos fazer dessa festa uma noite inesquecível", eu disse, com um sorriso.

"Vamos!", responderam White e Emory, em uníssono.

E assim, a festa de baile de máscaras se aproximou.  Eu estava ansiosa, nervosa, mas principalmente feliz.  Eu estava pronta para celebrar a minha vida, a minha liberdade, a minha felicidade.  E eu estava pronta para descobrir se o amor de Noah era real, se ele era capaz de me amar de verdade, de me dar a liberdade que eu tanto ansiava.

A noite da festa chegou, e a casa estava transformada em um cenário de baile de máscaras mágico.  As luzes baixas, as mesas com toalhas de veludo preto, as máscaras de seda e as cores vibrantes criavam uma atmosfera de mistério e encanto.  As minhas amigas, vestidas com fantasias elegantes e máscaras charmosas, estavam radiantes.  E Noah, com um sorriso brilhante, estava ao meu lado, me fazendo sentir como se estivesse vivendo um conto de fadas.

"Você está linda, minha princesa", ele disse, com um olhar apaixonado.

"Obrigada, Noah.  Você também está muito bem", eu respondi, com um sorriso.

Ele me ofereceu um copo de champanhe, e nós brindamos à minha festa, à nossa felicidade.

"Eu te amo, Mya", ele disse, com a voz suave.

"Eu também te amo, Noah", eu respondi, com um sorriso.

A música começou a tocar, e a festa se tornou um turbilhão de risadas, dança e alegria.  Eu me sentia livre, feliz, realizada.  Eu estava celebrando a minha vida, a minha liberdade, a minha felicidade.  E eu estava pronta para descobrir se o amor de Noah era real, se ele era capaz de me amar de verdade, de me dar a liberdade que eu tanto ansiava.

A noite passou rápido, e a festa chegou ao fim.  Eu estava exausta, mas feliz.  Eu havia vivido uma noite mágica, com as minhas amigas, com o apoio de Noah.  E eu estava pronta para enfrentar o futuro, com a esperança de que o amor de Noah fosse real, de que ele fosse capaz de me amar de verdade, de me dar a liberdade que eu tanto ansiava.

Enquanto Noah me acompanhava até o meu quarto, ele me abraçou com carinho.

"Eu te amo, Mya", ele disse, com a voz suave.

"Eu também te amo, Noah", eu respondi, com um sorriso.

Ele me beijou, um beijo cheio de amor e carinho.  E eu, pela primeira vez, me senti segura, amada e livre.

Talvez, finalmente, eu estivesse encontrando a felicidade que eu tanto procurava.  Talvez, finalmente, eu estivesse encontrando o amor verdadeiro.

𝓸𝓫𝓮𝓼𝓼ã𝓸 𝓹𝓻𝓸𝓲𝓫𝓲𝓭𝓪 𝑘𝑎𝑖 𝑚𝑜𝑟𝑖 Devil's Night Onde histórias criam vida. Descubra agora