Meus Pecados - Pejão

Refúgio Mental

Importante.

Antes que a história comece, é necessário que eu diga que esse é o primeiro de muitos capítulos com hot explícito.

Se não gosta de hot, ignore esse capítulo e espere o próximo. Todos os capítulos com hot serão sinalizados.

Recomendação: 18+
Espero que goste!

_______________________________

"Eu queria que fosse real"

Pov: ?????????

1978
??????
??????????????

A catedral é o lugar favorito de João Vitor em Américo Brasiliense. Não é como se ele pudesse escolher.

Seus dias eram sempre iguais.
Acordar;
Tomar banho;
Se vestir;
Tomar um café da manhã sem graça;
Ir para a igreja;
Orar;
Voltar pra casa;
Tomar banho;
Jantar;
Dormir.

Hoje é um dia comum como todos os outros.

Santo acordou, se olhou no espelho e se odiou. Lavou o rosto, tomou um banho quente e mesmo assim reclamou da temperatura.

Vestiu uma túnica, a de sempre, a que cobre todo o seu corpo e faz jus ao seu nome, Santo.

˙ɐpɐu ɯǝʇ oãu oʇuɐs ǝp ǝnb

Penteou os adoráveis cabelos loirinhos, montando a sua franjinha tigela, que era tão perfeita que causava raiva.

Ele estava parecendo uma boneca.

Santo estava dentro do próprio quarto.
Quando olhou em volta, em um piscar de olhos, estava em uma catedral, curiosamente vazia.

Uma catedral muito maior e muito mais bonita comparada com que a estava acostumado a visitar. Ele não estava em Américo.

Os vitrais não tinham cor.
Mesmo assim, espelhavam luzes suaves por todo o sagrado.

Fora das janelas, tudo era branco e as nuvens pareciam ser desenhadas. É como se fosse uma catedral perdida flutuando no céu.

Santo não estava entendendo nada.

O rosto dele estava tão bem iluminado com a luz da catedral que ele estava parecendo um anjo, em carne e osso, só que sem as asas.

Um anjo caído.

Um anjo prestes a perder a sua inocência. Ou ele nunca teve uma.

– João? – uma voz familiar de um homem. Ele também conhecia a silhueta.

A catedral não estava mais vazia.

João segurava um enorme terço nas mãos, e não sabia porque tinha aquilo. Ele simplesmente apareceu.

Era tudo tão confuso.

– Pedro? – pergunta Santo, confuso, falando o primeiro nome que veio na cabeça.

Na sua frente, Pedro Tófani, seu ex melhor amigo, ou atual, nem mesmo ele sabe.