1 - Prólogo

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☆Charles☆

As coisas tem sido diferentes des de que voltamos ao escritório em Londres, Faz mais ou menos duas semanas des do pití que a infermeira da noite fez, ela ainda não voltou ao escritório, mas a gente sabe que ela vai em algum momento, então estamos tentando aproveitar ao máximo o resto de tempo sem ela por aqui.
O Edwin teve a idéia de colocar uma foto da Niko em um porta-retratos em cima da mesa...ele nunca foi muito com a cara de ninguém, então eu fiquei feliz que ele e a Niko tinham se tornados amigos...mas depois de sua morte nenhum de nós fala muito sobre isso, eu sei que ele está sofrendo por ela, ontem eu vi ele chorando sentado na poltrona enquanto obcervava a janela.
O Edwin é uma pessoa muito forte, então ve-lô chorar pela Niko só me fez sentir mais respeito por ela, e sentir mais a sua perda.
A Cristal tem estado distante, apesar dela querer ser uma boa pessoa agora, a pessoa que ela era está cada vez mais evidente, ela tem falado pouco comigo, e isso tem me deixado incomodado, era pra ela falar com a gente, depois de tudo oque aconteceu, ela some por dias e reaparece do nada, isso tem feito com que eu fique mais solitário.
Não é que eu não tenha ninguém, eu tenho o Edwin, mas depois da declaração dele pra mim eu tenho o visto de forma um pouco...diferente.
A imagem dele dizendo que está apaixonado por mim se repete milhares e milhares de vezes na minha cabeça, nós estávamos fugindo de uma aranha feita de cabeças de boneca, nas escadarias do inferno, e ele, todo deplorável e sujo que estava disse que me amava.
Ele poderia ter dito QUALQUER coisa, em qualquer outro momento, mas ele disse que estava apaixonado por mim...isso tem me tirado algumas horas de descanso, eu conheço o Edwin a mais de trinta anos, sei que ele não falaria nada desse tipo da boca pra fora, e ainda mais saindo do inferno...isso só faz com que o peso das palavras dele sejam maiores...
Eu nunca vi o Edwin dessa forma...quer dizer é claro que quando ele está longe eu me preocupo e que eu o ajudo quando ele está triste mas...no dia em que a funcionária do além nos disse que poderíamos continuar com a agência, o abraço que ele me deu...
Meu coração bateu mais rápido? Ou foi impressão? Eu comecei a suar frio, isso nunca tinha acontecido antes, começou no dia que ele se declarou pra mim na escada...seu olhar sincero e amedrontado, com explosões de cores escondidas por trás dos olhos quase sempre cobertos por seriedade, eu nunca senti isso antes, eu nunca o vi dessa forma antes...então para evitar conversas embaraçosas sobre sentimentos eu simplesmente tenho ficado sozinho.
Tem sido confuso pra mim, mas acho que não seja nada demais, afinal as coisas estão mudando.

                           ☆Edwin☆

Tenho quase certeza de que Charles está me evitando, quando me declarei pra ele não estava pensando direito, deixei meu coração falar mais alto que meu cérebro e isso pode ter custado minha única amizade.
Nessas horas tenho saudades da Niko, ela saberia oque dizer...mas pensar nela me deixa deprimido, ela morreu por minha causa, se eu não tivesse sido preso naquela cidade...talvez a Niko ainda estivesse viva...
Cristal tem sumido, por mais que não gostasse dela no começo, acabei aprendendo a apreciar seu valor...mas aparentemente a Cristal que conhecemos "não existe" de certa forma, des de que suas memórias voltaram ela tem agido estranho, não só diferente mas parece outra pessoa, isso tem me preocupado, não só por ela mas por Charles.
Apesar de ter sido regeitado e de ter certa inveja da Cristal eu sei o quanto ela é importante pra ele, e eu quero ve-lô feliz.
Tenho sentado e observado os telhados de Londres pela janela do escritório ultimamente, e sempre tenho visto um corvo passando por aqui...isso me faz pensar no Monty as vezes, apesar de detesta-lo por ter mentido e me enganado eu me pergunto se Ester foi muito cruel com ele no final...

                                  ☆

Pela porta do escritório, Charles passa e se depara com Edwin observado a janela, sua imagem séria e reconfortante de sempre.
- E aí cara... -diz Charles
- Olá Charles, voltou de sua caminhada mais cedo hoje...
- É, eu não quiz ficar na rua hoje...
- uh...entendo...
O silêncio e a falta de palavras entre eles era meio perturbadora, tem sido assim des de que Edwin se declarou pra ele na escadaria do inferno, eles não tocaram mais no assunto, Charles por não queres deixar o amigo desconfortável e Edwin por medo de Charles ir embora.
O silêncio entre eles era visceral, então Charles começou a caminhar para dentro do escritório, mas quando parou ao lado da janela outro fantasma passa pela porta desesperado.
- Vocês são os garotos detetives mortos? Po-podem me aju-judar?
O fantasma dizia cobertos de sangue e desesperado enquanto Charles e Edwin olhavam horrorizados com a cena.


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Autor:
Essa foi uma introdução sobre os pensamentos do Edwin e do Charles após a volta ao escritório e o começo de uma nova temporada.
Espero que tenham gostado e continuem lendo!!

Agência dos detetives mortos (O final que não pudemos ter)Onde histórias criam vida. Descubra agora