Prólogo

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Notas iniciais

Olá meus amores! Sejam todos bem vindos a mais uma história de Philoise. Dessa vez em parceria com a melhor de todas enyelgs18 sendo a dona desse roteiro.

Essa fanfic foi baseada em uma oneshot publicada no meu perfil no twitter (@agathcrane) quando ainda funcionava no Brasil. De início eu não tinha planos de continuação mas aí Gleyne me apareceu com um roteiro maravilhoso e eu pensei "Por que não?" E então aqui está.

Espero que gostem tanto quanto eu dessa mais nova aventura.

Bem vindos a My Salvation

.....

Eloise olhava pela janela do apartamento, sentido-se presa. O relacionamento com Theo começou de forma apaixonada e envolvente, mas as máscaras caíram rápido. O homem encantador que a seduziu em festas e noites iluminadas pela cidade se transformou em um agressor possessivo. Suas mãos antes carinhosas agora deixavam marcas profundas - não apenas em sua pele, mas também em sua alma.


Theo não começou como um homem agressivo. No início , ele era charmoso, atencioso, e se mostrava atenciosamente interessado nos detalhes da vida de Eloise. Eles se conheceram em uma festa em Nova York, quando Eloise ainda estava encantada pela cidade. Ele a fez se sentir especial, como se ela fosse a única pessoa no mundo que importava para ele. Esse magnetismo inicial foi o que a atraiu, mas logo as rachaduras começaram a aparecer.

As primeiras agressões foram sutis, quase imperceptíveis. Começaram com palavras duras e críticas sobre pequenas coisas. "Você vai mesmo usar isso?", ele questionava com a expressão de desgosto. No começo Eloise tentava justificar, achando que era algo pequeno, que talvez fosse apenas o jeito dele de demonstrar preocupação. Ele se mostrava possessivo, pedindo para que ela não saísse com as amigas ou para que parasse de falar com alguns colegas. Aos poucos o controle começou a se expandir por todas as áreas da vida de Eloise.

O momento em que tudo realmente começou a mudar foi durante uma discussão, que aparentemente, não tinha grande importância. Eloise estava saindo para visitar sua amiga Sophie Baek, que era advogada, e Theo começou a pensar que ela estava fazendo denúncias contra ele, e a confrontou. "Você acha mesmo que vai me enganar Eloise? Acha que não sei o que está fazendo?" Ele gritou antes de segura-la pelo braço com força.

Essa foi a primeira vez que ele a machucou fisicamente. Foi algo rápido, um aperto que deixou marcas roxas em seu braço mas foi o suficiente para que ela percebesse que a relação havia ultrapassado um limite. Ainda assim, Theo rapidamente se desculpou, dizendo que estava estressado com o trabalho, e que aquilo não aconteceria novamente. Eloise, apesar de abalada, quis acreditar.

Contudo os pedidos de desculpas se tornaram frequentes, a violência se escalou rapidamente. A segunda vez foi mais intensa. Ele a empurrou contra a parede durante uma de suas discussões sobre um colega de trabalho. A justificativa era sempre a mesma: ciúmes. Theo alegava que só agia daquela forma porque a amava demais, porque não suportava a ideia de perdê-la. Mas Eloise começou a perceber que aquilo não era amor, era controle.

As agressões continuaram e se tornaram parte da rotina. Ele a empurrava, apertava seus braços ou a jogava no chão quando perdia o controle. Eloise começou a evitar situações que pudessem deixá-lo irritado, andando em constante estado de alerta dentro da própria casa. Cada vez mais o sorriso encantador de Theo se transformava em algo perigoso e cruel.

O ponto de virada mais significativo foi em uma noite após Eloise dizer que queria terminar o relacionamento. Theo surtou, ele nunca permitiria que ela escapasse de suas mãos. Sem aviso, ele agarrou seu pescoço e a empurrou contra a parede. "Você nunca vai escapar de mim, Eloise. E se tentar qualquer coisa saiba que sua querida família pagará caro." Ele sussurrou, sua voz carregada de veneno. O medo a paralisou, e ali, naquele momento, ela soube que estava vivendo um pesadelo e não saberia se conseguiria escapar.

Agora, sete meses depois, Eloise se sentia cada vez mais presa. Sabia o quão perigoso Theo poderia ser e não queria arriscar colocando sua família no meio. O que lhe restava era apenas aceitar seu destino.

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