29. Máfia dos Corpos

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Eu estava sob efeito do recente orgasmo e mal conseguia pensar direito

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Eu estava sob efeito do recente orgasmo e mal conseguia pensar direito. Fiquei vários minutos apreciando o peso do corpo de Fritz sobre o meu, com nossos ofegos se acalmando, aproveitando a plenitude que nos envolvia.

Que irônico, eu simplesmente implorei pra ele me comer. E mesmo sem ter realizado o ato em si, Fritz me fez gozar de um jeito tão bom que eu esqueci até meu nome.

Fechei os olhos e ouvi sua respiração ressonando, devagar... Aos poucos, o sono nos dominou, nosso suor secou, e terminei adormecendo.

Lenta, a serenidade se arrastava para dentro de meus sentidos, para meus instintos.

Eu me tornei louca por ele.

(...)

Acordei abrindo as pálpebras preguiçosamente, os primeiros raios de sol surgiam através da janela, furando fachos de luz nas nuvens. Sentia Fritz encaixado atrás de mim na posição de "conchinha", seu arfar vinha para minha nuca.

Não sei como ou qual momento da noite nós mudamos de posição, fiquei surpresa que nos ajeitamos confortáveis e juntos sem eu nem perceber.

Me virei com cautela e o assisti dormindo. Os lábios estavam entreabertos e seu braço sobre minha cintura. Acariciei o rosto liso, a bochecha magra e contornei o nariz arrebitado. Agora lúcida, sentia a gravidade de meu comportamento...

Não que estivesse arrependida... E era óbvio que não tinha volta. Mas a minha luta foi em vão. Resisti por tempo demais e mesmo assim acabei sucumbindo à ele.

Me levantei com cuidado pra não acordá-lo e fui tomar banho, pois estava grudenta. Foi um banho de chuveiro rápido. Ao sair, enrolada na toalha, me deparei com Fritz acordado e nu, virado pra janela, observando a cidade.

Estava com os braços grandes apoiados na parede. Admirei aquele homem perfeito com suas cicatrizes de queimadura cobrindo parte das costas largas até um pouco da bunda. Me lembrei do incêndio e da explosão lançando ele longe... O medo que eu tive de perdê-lo, sem saber se sobreviveu por mais de um mês. E agora estava ali, inteiro para mim.

Meu peito doeu com remorso e culpa. Não devia me fascinar ou me apaixonar. E eu já estava, há muito tempo...

Fritz foi cruel comigo de várias formas, matou Marie, me manipulou, mentiu, ameaçou... Porém, como eu resistiria? Estava cansada. Além do mais, eu iria morrer a qualquer momento, então foda-se.

Ele virou e sorriu ao me ver. Se aproximou sem nenhum pudor e segurou meu queixo, aplicando um beijo úmido sobre meus lábios. Fechei os olhos, fiquei nas pontas dos pés e segurei em sua nuca, pressionando meus lábios sobre os dele também.

- Bom dia, Chelsea. - disse com um sussurro baixo, me olhando de perto, a ponta do nariz no meu.

- Fritz... Bom dia...

SERÁ RETIRADO 10/12Onde histórias criam vida. Descubra agora