🔹Capítulo 59🔹

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FALCON

Era muito bom estar fora daquela cama de hospital

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Era muito bom estar fora daquela cama de hospital. Embora o que tenha feito tenha sido trocar uma por outra, pois Nabi só permitia levantar da cama na casa de seus avós, para ir ao banheiro. Até alguns dias atrás, mesmo as refeições, eram feitas sobre o leito. Mas eu não podia reclamar, estava adorando seu cuidado e seu carinho, só me preocupava para que ela não se cansasse demais.

Verdade seja dita, eu amava nossos momentos a sós, as longas conversas pelas madrugadas. Numas dessas noites falamos sobre os possíveis nomes que daríamos a nossa filha. Eu gostava de todos os que ela falou, mas resolvemos não escolher um antes, apenas quando víssemos seu rostinho pela primeira vez. Acariciar sua barriga era outra coisa que eu adorava e estava se tornando um dos nossos momentos favoritos.

Dias se passaram e a lembrança daquele sonho que tive com Drake e dos sentimentos que ele trazia deixavam-me assustado e cauteloso.

Qual seria o significado daquele sonho?

No dia em que acordei, depois que todos foram embora, passei boa parte da noite intrigado com aquilo. Por um momento achei que tivesse morrido, então achei que talvez ele estivesse vivo. No fim não foi nem uma coisa e nem outra. Talvez tenha sido a forma que o universo me deu de me despedir do meu amigo. Normalmente, os sonhos são coisas dramáticas das quais as pessoas se lembram e eu ainda podia lembrar até do cheiro das flores daquele lugar. Eu não sabia nada sobre sonhos, mas me convenci de que foi este o motivo; nossa despedida.

Rossini era outro assunto que ocupava minha mente. Quando questionei Emma sobre o que falaram, ela apenas disse que tinha ouvido parte de nossa conversa e ficou assustada quando Rossini falou sobre eu não pisar mais em Nova York e o relembrou de uma promessa feita anos atrás.

Nossa conversa surge em minha mente.

— Eu disse apenas que deveria ter sido um tremendo choque para ele descobrir a verdade sobre os membros de sua organização, afinal são todos como uma família. Mas lembrei também que ele não deveria esquecer que você era como um filho para o Frank e que prometeu protegê-lo com a vida se fosse o caso. Como iria impedi-lo de voltar ao lar por causa de um traidor?

— Não quero que se envolva nisso — foi minha resposta.

— Já está feito, além de que, ele afirmou ter sido por essa promessa que se colocou em risco vindo ao território da Yakuza. Pois se você matar esse tal Ettore, nem ele vai poder protegê-lo da fúria da Five. Então eu peço a você...

— Não me peça para prometer o que não posso cumprir.

— Meu filho, eu o amo como se tivesse saído do meu ventre. Você e seu irmão são os filhos que não pude ter, são minha vida e minha alma, vai ser pai muito em breve e vai entender melhor esse sentimento. Por isso eu peço que faça o que tiver que fazer, mas o mantenha vivo, e o entregue para que possa viver sem ter que se esconder e nem colocar um alvo em si mesmo e em sua família.

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