Maia era apenas mais uma pessoa com TDH e desleixa, trabalhava em uma loja de antiquário e em suas horas vagas era baba de Percy Jackson, um menino um tanto quanto parecido com a garota e que a lembrava constantemente de sua irmã morta. Apesar de n...
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Passado
Olhei para o espelho, meu nariz não estava dos melhores, pelo menos não quebrou, suspirei olhando agora para a mala aberta em cima da cama, ouvi uma batida na porta e me virei vendo Simon encostado no batente olhando para dentro do quarto.
-Não acredito que está indo.-ele entrou no quarto e sentou na cadeira da minha escrivaninha.
-Vai ser só por algum tempo.-Simon analisou meu rosto.-Promete cuidar de Percy?-perguntei e Simon riu.
-Claro.-ele sorriu.-Você nunca o deixaria, não é?-perguntou de volta, caminhei até o guarda-roupa tirando outra peça.
-Acho que não conseguiria.-Simon concordou com a cabeça.
-Mas ta deixando ele agora.-neguei, não estava o deixando, era o melhor por hora, mas dessa vez eu vou voltar.-Não entendo por que costuma fugir.-lhe encarei feio.
-Não estou e você sabe.-ele ergueu as mãos em redenção.
-Mas não e a melhor escolha e você sabe.-retrucou e não lhe dei audiência.
-Quem decide isso sou eu e não você.-Simon abaixou o olhar, ele começou a encarar o chão.
-Você tem razão.-ele se levantou da cadeira e vei ao meu encontro, ele passou os dedos pelos fios curtos e castanhos e soltou um riso.-Ainda não entendi o porquê do cabelo curto e pintar ele.-sentei na cama e encarei o outro.
-Não sabia, ingleses preferem as morenas.-Simon revirou os olhos e riu e acompanhei.
-Vou sentir saudade.-ele ergueu meu queixo e deixou um beijo na minha testa.-Você e como uma irmã, você sabe, não é?-perguntou e senti a pior coisa que alguém poderia.
-Claro.-dei um sorriso forçado, Simon caminhou até a saída do meu quarto e ouvi a porta do apartamento sendo fechada.
Deitei na cama e senti algo pesar no meu peito, Simon nunca me veria como algo a mais e isso machucava, talvez eu deveria deixar de pensar nele, suspirei encarando o teto.
-Maia!-ouvi a voz de Percy e me levantei.-Então você ta indo mesmo?-perguntou, ele carregava alguma coisa e colocou na minha mala.-E para se lembrar de mim.-ele disse e se sentou na cama ao meu lado.
Peguei meu javali de pelúcia e entreguei para o loiro.
-Eu vou voltar e quero ele inteiro.-Percy concordou e sorriu.-Vai ser só um tempo, Percy, quando você menos ver eu vou estar de volta.-sorri para o garoto que estava ainda meio triste.
-Por que você ta me deixando?-perguntou e me senti muito mal, não queria que Percy se sentisse abandonado.
-Não to dê deixando.-levantei da cama e me agachei na sua altura.-Nunca de deixaria.-beijei sua testa e limpei algumas lagrimas que escorriam.-Logo eu vou estar de volta e nunca mais vamos nos separar.-ele me encarou e ergueu o mindinho.
-Promete?-eu ri e concordei, segurei o mindinho do loiro com o meu e apertamos.
-Prometo.-ele me abraçou e o peguei no colo.-Vamos, Sally deve estar atrás de você.-ele deitou a cabeça no meu ombro e passou os braços por cima dos meus ainda segurando o Sr. farofa.
-Você não vai estar para o meu próximo aniversario.-sua voz saiu ainda meio triste.
-Tem razão, então o que vai querer de aniversario? Posso de dar antes de viajar.-falei e ele ergueu a cabeça me encarando.
-Talvez...-ele pensou um pouco.-Que você pare de me carregar no colo, já vou fazer 8 anos.-ergui as sobrancelhas.
-Desculpe.-fiz menção de soltá-lo e por no chão e ele se agarrou em mim.-Pensei que quisesse que parasse de carregá-lo?-perguntei e ele revirou os olhos.
-Você pensa muito para alguém tão idiota.-o encarei, ele me encarou de volta.
-Se você pensa-se como eu, talvez soubesse como fazer contas, seu merdinha.-ele me mostrou a língua e mostrei a minha para ele.-Vou sentir sua falta pirralho.-ele sorriu como se tivesse a melhor ideia da sua vida.
-Se não ir, não sente a minha falta, resolvemos.-sorriu e neguei, o coloquei no chão quando chegamos na porta do apartamento de Sally.
-Queria que fosse fácil assim.-ele me olhou e baguncei os fios loiros.
-Mas é.-disse, ele pegou a minha mão e entrou para o apartamento.
Atualmente
Senti os dedos de Percy apertarem a minha mão, encarei ele, seus olhos estavam fechados, dava para perceber que ele estava nervoso e angustiado. A praia do mundo inferior estava começando a aparecer rochas escarpadas e areia vulcânica negra seestendiam terra adentro por cerca de cem metros até um muro alto de pedra, que se prolongavapara os lados até onde a vista podia alcançar. De algum lugar por perto nas sombras verdes, veioum som, reverberando nas pedras.
Não muito longe de um para ouvir um uivo alto, e por um minuto me deixei esquecer que iriamos enfrentar cérbero.
-Que má sorte filhotes de deuses, o velho três caras está com fome.-ele sorriu, sua cara estava esquelético e ficou meio assustador.
Nós paramos na praia, o barco parou na areia, os mortos começaram a sair do barco, havia uma moça com uma criancinha, um menino um pouco mais velho que Percy e Annie e um casal de velhos.
-Eu lhe desejaria boa sorte, mas sabemos que isso não existe aqui, até a morte de vocês.-ele se despediu e começou a contar as moedas que Luke lhe deu.-Não esqueçam do meu aumento de salário.-gritou já quando estávamos longe.
⚔️
Chegamos onde deveria ser o despacho das almas, o grande portão estava lá atrás e sem qualquer suspeita de cérbero. Havia um arco negro dizendo: VOCÊ ESTÁ ENTRANDO EM ÉREBO. Em cada entrada havia um detector de metais com câmeras estaladas no alto, isso tá pior que o aeroporto.
Cérbero começou a uivar ainda mais, porem não era possível ver ele em lugar algum. Os mortos formavam três filas, morte expressas, a qual andava rapidamente, e duas identificadas como atendente ao serviço, nessa a fila era arrastada e lenta.
-O que fazemos agora?-perguntou o loiro.
- A fila rápida deve ir diretamente para os Campos Asfódelos.-Annie comentou analisando o lugar.-Sem contestação, eles não querem se arriscar ao julgamento do tribunal, porque pode ir contra eles.-Luke concordou e olhou em volta atrás do cão de três cabeças.
-Quem foi que disse que não pode jugar gente morta.-falou Percy tirando sarro.
