Rosé
A cerimônia foi incrivelmente entediante, durando cerca de duas horas. Eles continuaram falando sobre como era uma grande oportunidade estudar aqui e como deveríamos nos sentir orgulhosos por fazer parte da Academia Brandão. Eu não conseguia parar de pensar: Como é que deveríamos nos orgulhar de estudar em uma escola pela qual estamos pagando? Não é como se tivéssemos passado por um teste para estar aqui. Não há mérito algum.
Depois de ouvir toda aquela baboseira, finalmente consegui escapar para o meu quarto. Terminei de decorar o meu lado, pendurei meus pôsteres e organizei minhas figuras de anime na mesa e nas prateleiras. Agora sim, o espaço parecia mais com o meu. Estava começando a me acomodar quando ouvi a porta se abrir. Para minha surpresa, Judy, Amber e outra garota entraram.
“O que diabos você fez aqui?” a garota loira disparou. Pelo tom de voz, reconheci que era a mesma garota que eu tinha ouvido antes.
“Só dei um toque de personalidade nesse lugar. Estava muito sem graça antes,” respondi casualmente.
“Deus, isso não pode estar acontecendo. Por que colocaram outra garota aqui? Há outros quartos vazios,” Amber bufou, cruzando os braços.
“Se você vai ficar aqui, vai ter que tirar esses pôsteres horríveis. Meu quarto não pode ficar assim,” Judy disse, se olhando num espelhinho enquanto passava batom. “Não sei com o que você está acostumada, mas aqui temos regras.”
“Que tipo de regras?” perguntei, já irritada.
“Tipo, não bagunçar o meu quarto,” ela disse, revirando os olhos dramaticamente.
“Seu pai comprou o quarto para você?” retruquei. “Se não, eu posso fazer o que quiser com o meu espaço.”
“Eu não tenho tempo para discutir isso agora,” Judy disse, apontando para os meus pôsteres. “Mas isso não vai ficar assim.”
“Você não pode simplesmente fazer o que quiser nesta escola,” a garota loira — que agora lembrei ser chamada Sarah — acrescentou, dando um passo em minha direção.
“E o que acontece se eu fizer?” perguntei, mantendo minha posição enquanto Sarah avançava.
Eu não me movi. Não havia a menor chance dessa patricinha colocar um dedo em mim. Ela não teria coragem. Mas o simples fato de tentar me intimidar fazia meu sangue ferver. Ao contrário dela, eu realmente adoraria socar alguém na cara. Ela não disse nada, apenas me encarou, como se esperasse que eu recuasse.
Olhei ao redor do quarto e percebi que as outras garotas já estavam distraídas, com os olhos grudados em seus celulares. Alguns segundos se passaram antes de eu perceber que Sarah não ia fazer nada, e eu não estava disposta a perder o dia inteiro ali.
“Dá licença,” eu disse, empurrando Sarah, que caiu na cama, enquanto eu saía pela porta sem olhar para trás.
...
VOCÊ ESTÁ LENDO
Elite Hearts (Chaennie) (prbt)
FanfictionRosé, filha de uma cantora famosa, é obrigada a deixar sua vida tranquila para trás e frequentar uma das escolas mais caras e elitizadas do país. Lá, ela conhece Jennie, filha de um político que está em plena campanha eleitoral. Desde o primeiro enc...