Décimo

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Jennie

Depois de convencer Sophia a pegar o carro da mãe, nos preparamos para a inauguração do café.

"E a Sarah hein, vai fazer o que?" ela perguntou, me lançando um olhar enquanto eu conferia as calças jeans e a camiseta amassada que tinha pegado emprestada dela no espelho.

"Eu só estou ficando com ela, não estou namorando," respondi, pegando as chaves do carro.

"Você nunca está," ela brincou, pegando a bolsa.

"E você?" perguntei, levantando uma sobrancelha. Ela revirou os olhos. A verdade é que nenhuma de nós namora seriamente, mas sempre estamos ficando com alguém. "Tá pronta?" perguntei, e ela assentiu.

Assim que entramos no carro, puxei meu telefone e abri o aplicativo de GPS. Digitei o nome do café e percebi que não estava longe. Comecei a dirigir, e Sophia e eu jogamos pedra-papel-tesoura para decidir quem iria ficar com a garota mais bonita das duas que íamos encontrar.

Quando chegamos, fiquei agradavelmente surpresa. O lugar era mais do que apenas um café; era uma mistura de bar e restaurante, com um ambiente acolhedor e espaçoso.

"Acha que elas já chegaram?" Sophia perguntou enquanto saíamos do carro. "a gente devia ter pego o número da Mariana."

"Você está nervosa demais," disse, rindo. "Relaxa. tá com medo de uma garota que nem conhece ainda."

"Cala a boca" ela murmurou, cruzando os braços e olhando ao redor. Seus olhos se fixaram em uma mesa onde duas garotas estavam sentadas. "Olha ali, acho que são elas," ela apontou, notando a ruiva acenando para nós.

"Ótimo, vamos lá perguntar," disse, caminhando em direção a elas.

"Espera! Elas parecem mais velhas que a gente," ela sussurrou, respirando fundo. "Deixa eu me recompor."

Revirei os olhos e peguei sua mão, puxando-a em direção à mesa. "Elas serem mais velhas é um bônus," sussurrei de volta. "Só veja e aprenda."

Aproximei-me da mesa com confiança, puxando Sophia comigo. As duas garotas — uma com cabelos ruivos e a outra com cabelos cacheados — sorriram calorosamente ao nos ver. A ruiva acenou novamente, e eu supus que ela devia ser a Mariana. Pareciam ter uns quatro anos a mais que nós.

"Oi, meninas!" disse com um sorriso. "Vocês estão aqui há muito tempo?"

A ruiva sorriu de volta. "Não, acabamos de sentar. Estávamos esperando por vocês."

Puxei uma cadeira e sentei ao lado dela, enquanto Sophia se sentava em frente a mim, ao lado da garota cacheada.

"Então, o que acham de dar uma volta?" perguntei casualmente. "O café está ficando lotado, e pensei que poderíamos pegar umas bebidas e dar uma volta de carro. Quando ficar mais cheio, podemos voltar e interagir com a galera."

Mariana e a outra garota trocaram olhares divertidos antes de rir. "Amei" disse a garota cacheada, se apresentando. "Eu sou a Lauren, a propósito."

Mariana concordou. "achei legal tambem"

"Ótimo" Fui pegar algumas cervejas, energéticos, vodca e petiscos, e quando voltei para o carro, elas já estavam me esperando.

"Você é alcoólatra ou algo assim?" Mariana brincou, olhando para as bebidas que eu tinha comprado.

"Totalmente sob controle," ri, levantando as mãos em defesa.

Entramos no carro e começamos a beber. Lauren colocou algumas músicas espanholas no som, e Sophia rapidamente entrou na vibe, bebendo mais do que qualquer uma no banco de trás.

Aumentei o som da música, fazendo o carro vibrar com o grave. Enquanto dirigia, olhava pela janela e via as luzes da cidade se desfocando em borrões. Abri a janela, sentindo o vento fresco entrar. A cada gole da bebida, a leveza aumentava e uma sensação de tontura começava a se instalar.

"Essa música é demais!" gritou Sophia do banco de trás, balançando os braços. Mariana e Lauren se juntaram a ela, rindo e bebendo, e logo eu também estava rindo, deixando os efeitos do álcool tomarem conta de mim.

"Todo mundo cantando!" eu exclamava, e todas concordaram. Aumentei ainda mais o volume da música, e o carro começou a zigzaguear levemente enquanto eu cantava. O álcool estava dificultando minha concentração na estrada.

À medida que a diversão aumentava, minha atenção começou a se desviar. As luzes externas se tornaram borradas, e eu sabia que devia desacelerar, mas a combinação de álcool e risadas me deixava desorientada.

De repente, vi alguém atravessando a rua. Em um instante, não consegui reagir a tempo. O carro atingiu a pessoa, e uma onda de pânico me tomou. A adrenalina disparou e, em seguida, o carro saiu da estrada, colidindo com barracas de comida.

"PUTA MERDA!" gritou Mariana, sua voz se misturando ao caos ao nosso redor. O carro deu uma guinada violenta, e eu perdi completamente o controle, indo em direção a um poste e acertando-o em cheio.



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Elite Hearts (Chaennie) (prbt)Onde histórias criam vida. Descubra agora