O caminho até a casa de Buck foi um borrão. Eddie nem tinha certeza se conseguiria chegar lá no piloto automático naquele dia, com muitos pensamentos correndo pela cabeça.
Chimney parou no estacionamento, Eddie ficou sentado ali, imóvel. Em qualquer outro momento, ele estaria lá fora e subindo os degraus em um piscar de olhos, mas esta não era uma hora qualquer. Christopher estava desaparecido, Buck estava uma bagunça, e Eddie estava, bem-bem, ele não tinha muita certeza. Ele não teve tempo para processar suas emoções, muito menos as de qualquer outra pessoa.
A voz de Chimney o trouxe de volta a si. “Quer que eu vá ver se ele fala comigo?”
Eddie balançou a cabeça. Por mais que Buck amasse e confiasse em Chimney, ele havia pedido por Eddie, disse que precisava dele .
“Obrigado, Chim, mas eu deveria... preciso fazer isso.”
Chimney assentiu em compreensão, os dois saíram do carro e subiram. Maddie os encontrou na porta. Ela parecia uma mãe preocupada, andando de um lado para o outro enquanto esfregava ansiosamente a nuca. Ela se iluminou assim que viu Chimney, os dois se abraçando. Maddie olhou para Eddie como se quisesse dar-lhe um abraço, mas depois pensou melhor. Ambos sabiam que seria demais para ele.
Em vez disso, Maddie colocou a mão em seu braço e apertou para tranquilizá-lo.
“Não consigo imaginar o que ele, ou você, está passando. Mas talvez vocês dois possam conversar um com o outro.”
Eddie deu um simples aceno. Chimney estendeu a mão para dar um tapinha em seu braço. “Só nos conte como ele está depois. Cuide-se também, Diaz.”
Eddie não sabia bem como responder, então balançou a cabeça novamente antes de entrar no loft.
Ele tinha estado na casa de Buck vezes demais para contar. Eles tinham compartilhado inúmeros momentos, feito milhares de memórias. Embora não passassem tanto tempo lá quanto na casa de Eddie, ainda assim parecia um lar. Não importava onde estivessem, contanto que estivessem juntos.
O loft não era o mesmo de que ele se lembrava. Não era o mesmo em que ele havia deixado seu filho há apenas alguns dias, os azuis suaves de Buck o observando, pedindo para ele ficar. Eddie desejava mais do que qualquer coisa que ele tivesse ficado.
Estava escuro lá dentro, sem luz natural fluindo. Não havia barulho algum, nenhuma TV ou toca-discos girando. Buck não o cumprimentou na porta, nem conseguiu ouvir o homem na cozinha já abrindo uma cerveja para eles. Estava apenas silencioso. Ainda de um jeito que ele nunca pensaria em descrever Buck.
Parecia alto demais para falar, Eddie fechou a porta o mais gentilmente que pôde atrás de si, bloqueando ainda mais a luz.
Ele ousou primeiro olhar para a sala de estar, mas estava vazia, escura. A escada parecia muito a mesma.
Lentamente, Eddie virou para a esquerda, a cozinha aparecendo. A cozinha de Buck sempre foi brilhante, quente, convidativa. Agora estava na escuridão, Buck logo abaixo dela.
Assim como Maddie disse, Buck estava encurvado no chão, sua cabeça coberta com capuz inclinada para trás contra ele com suas mãos cobrindo seu rosto. Uma mão estava coberta por um envoltório, combinando com a que estava sobre seu pulso. Moletom e meias gastas cobriam sua metade inferior; Eddie tinha certeza de que o capuz era dele.
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Acorde, estou me afogando - BUDDIE.
Fiksi PenggemarChristopher se foi, DESAPARECEU. Não foi culpa de ninguém, mas enquanto Eddie observava o homem que amava desmoronar bem na sua frente, ele sabia que Buck se culpava, que a culpa já o estava consumindo vivo. Eddie tinha o desejo de estar em dois lug...