Acorde, estou me afogando - BUDDIE.

Tsunami.

O primeiro e único pensamento de Buck foi em Chris. Se alguém fosse sair dessa, Buck garantiria que fosse ele. Ele não podia perder Chris, não podia perder o filho de Eddie. "Vá se divertir com nosso filho."

As palavras de Eddie ecoavam em sua cabeça, mais altas que a sirene, estridentemente acima do som dos gritos e da onda iminente.

Buck estava pegando Chris no colo em um instante, jogando o garoto sobre o ombro enquanto ele disparava a toda velocidade, deixando o urso e as muletas para trás. Ele gritou para todos correrem, para saírem dali. Acontece que seu uniforme de bombeiro era apenas uma fantasia, afinal.

Ele não sabia o que fazer, Buck tentava manter a calma no caos. Eles não iriam escapar da onda a tempo, disso ele sabia.

Em uma decisão de fração de segundo, Buck parou em uma cabine de jogos, colocando Chris com segurança dentro dela, esperando que o suporte ajudasse a absorver o impacto da onda. Buck se virou bem a tempo de ver a onda quebrar no píer, destruindo tudo em seu rastro. Se alguém tivesse perguntado a ele naquela manhã se sua vida valia a pena ser vivida, Buck teria que pensar sobre isso, mas agora, parado na frente da onda enorme? Buck não estava pronto para desistir, para deixar tudo ir.

Ele mal teve tempo de se esconder atrás do abrigo, e Buck usou seu corpo para ajudar a proteger Chris do golpe.

Os próximos momentos vieram em flashes enquanto Buck lutava por sua vida contra a água. Era espessa, pesada e toda sucumbindo, Buck não sabia para onde era para cima ou para baixo. Tudo era um borrão, a vozinha de Christ ecoando em sua mente. 'Para onde foi toda a água?'

Seu corpo foi arrastado pela onda, Buck incapaz de fazer qualquer coisa para lutar contra ela. Tudo o que ele podia fazer era tentar desviar das coisas que navegavam em sua direção, Buck com medo de bater em algo e perder a vida antes mesmo de pegar ar novamente.

Ele foi puxado para todos os lados pelo que pareceram horas, mas provavelmente foram apenas segundos, com a onda o mantendo refém.

Quando finalmente chegou à superfície, ele estava quase atordoado demais, tudo o atingindo de uma vez. Buck respirou fundo várias vezes, rapidamente e entrecortado, enquanto tentava recuperar a compostura e encher os pulmões de oxigênio mais uma vez. Tudo estava agitado lá em cima, buzinas e alarmes de carros tocando, o som da água correndo por ele.

Buck lutou por qualquer coisa em que se segurar, conseguindo encontrar um cabo de energia derrubado para mantê-lo flutuando. As primeiras palavras que saíram de sua boca foram o nome de Chris, Buck desesperado para encontrá-lo. Ele poderia estar em qualquer lugar, Buck aterrorizado com o quão longe a onda havia levado o garoto.

Ele gritou o nome de Chris repetidamente, ficando cada vez mais desesperado. Ele olhou ao redor, tudo difícil de ver com tantos destroços ao seu redor.

“BUCK!”

Era fraco e quase inaudível por causa do barulho da água, mas Buck ouviu.

“CHRISSSSS!”

Buck ficou frenético novamente, tentando avaliar de onde o som estava vindo.

Quando Buck avistou o garoto, ele nem hesitou em soltar a fiação, nadando o mais rápido que podia, com a adrenalina tomando conta.