Entre Sombras e Luz

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O sol se pôs lentamente sobre a cidade, deixando para trás um céu tingido de laranja e roxo. A atmosfera estava carregada, como se o ar em si estivesse ciente das forças em jogo. Megumi andava com passos pesados pelas ruas vazias, o som de seus tênis ecoando contra o concreto. Ele sentia o peso da responsabilidade sobre seus ombros, cada decisão parecendo mais crucial do que a anterior.

Enfiou as mãos nos bolsos, tentando ignorar a sensação de ser observado. As sombras ao redor do parque onde se dirigia pareciam se esticar e encolher de forma inquietante. A presença de Sukuna era uma constante, uma força que estava se tornando cada vez mais difícil de ignorar.

Ao chegar ao parque, Megumi se sentou em um banco de madeira envelhecida, sua mente uma mistura de confusão e clareza. O confronto recente havia deixado cicatrizes, e ele se perguntava se algum dia conseguiria encontrar um equilíbrio. Olhou para o horizonte, onde as primeiras estrelas começaram a surgir. Cada uma parecia refletir um desejo não realizado, uma pergunta sem resposta.

Enquanto Megumi lutava com seus pensamentos, Gojo e Geto estavam em um local diferente, mas igualmente carregado de tensão. Eles se encontraram em um café discreto, longe dos olhares curiosos. As luzes internas eram baixas, criando um ambiente sombrio que contrastava com a leveza do dia.

— Não podemos subestimar o que está acontecendo — disse Gojo, sua voz grave. Ele esfregou a nuca, um gesto que indicava sua frustração. — As coisas estão se tornando mais complicadas. O que Sukuna está fazendo com Megumi pode ser mais perigoso do que imaginamos.

Geto inclinou-se para frente, seus olhos fixos em Gojo. — E o que propõe fazer? Não podemos simplesmente ir até Megumi e exigir que ele escolha um lado. Ele está em meio a uma tempestade, e nós também.

— Precisamos entender a fundo o que está em jogo — respondeu Gojo, olhando para seu amigo com uma intensidade que quase parecia suplicar por compreensão. — Não é apenas uma questão de lutar contra Sukuna. É sobre o equilíbrio que precisamos restabelecer. A presença de Sukuna está corrompendo mais do que apenas Megumi. É uma ameaça maior para todos nós.

A conversa entre eles continuou, mas a tensão não diminuiu. O passado de Gojo e Geto estava entrelaçado com segredos e sentimentos não resolvidos. O peso dessas memórias estava visível em suas expressões, em cada palavra não dita.

Enquanto isso, Megumi estava envolvido em um confronto interno. Sentiu um frio repentino que o fez olhar ao redor. Uma sombra parecia se estender mais do que o normal, e ele percebeu que não estava sozinho. Sukuna apareceu diante dele, sua presença imponente e seus olhos brilhando com um poder inconfundível.

— Você parece perturbado, Megumi — disse Sukuna, sua voz como um sussurro cortante. — A escolha que você tem a fazer está se aproximando. E eu posso sentir o peso das suas dúvidas.

Megumi olhou para Sukuna com uma mistura de medo e desafio. — O que você quer de mim?

Sukuna sorriu, um sorriso que não oferecia conforto. — Não é o que eu quero. É o que você precisa entender. Cada escolha tem suas consequências. E você está no centro de algo muito maior.

Megumi desviou o olhar, sua mente girando com a magnitude das palavras de Sukuna. Sentia-se perdido entre a pressão de suas responsabilidades e a influência esmagadora de Sukuna.

À medida que a noite se aprofundava, Gojo e Geto tomaram uma decisão. Eles precisavam agir, não apenas para proteger Megumi, mas para lidar com a crescente ameaça que envolvia todos eles. O equilíbrio entre luz e sombra estava prestes a ser testado de uma maneira que ninguém poderia prever.

No silêncio da noite, os caminhos dos personagens estavam prestes a se entrelaçar mais uma vez. A batalha iminente exigiria mais do que força. Seria uma luta pela alma, pela esperança, e pela própria essência do que significa escolher entre o bem e o mal.

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