A criatura.

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Capítulo 1.

Ninguém sabia de onde tinha surgido ou sido criada tal criatura abominável, ou como o próprio Deus havia permitido que ela fosse solta justo na Terra, junto de suas mais estimadas criações, os humanos; tudo o que sabiam, é que precisavam pegá-la.

Um monstro com um infinito poder destrutivo estava solto na Terra e agora havia uma batalha para saber quem iria capturá-la primeiro, pois ambos os reinos, céu e inferno, queriam esta criatura, já que ela definiria de uma vez por todas a direção que a maior e mais antiga guerra de todos os tempos iria tomar.

Desde o início dos tempos as entidades celestiais e as criaturas do inferno travam uma batalha pelo controle mundial, uma guerra infinita entre o bem e o mal desde a época da Criação.

Foram enviadas legiões e foi descoberto da pior forma possível, que a criatura era poderosa demais para ser contida por anjos e demônios mai fracos. A única forma de tomar a criatura era enviando forças equiparáveis à sua.

Por esta razão, o céu enviou cinco das suas entidades mais fortes e poderosas; mandou cinco Serafins à Terra, Vehuiah, Jeliel, Sitael, Elemiah e Mahasiah.

Não ficando para trás, o inferno enviou quatro de seus príncipes, os generais das forças de Lúcifer, sendo eles: Azazel, Leviatã, Mammon e Asmodeus.

A partir deste momento,a corrida havia começado, o desafio primordial estava lançado; se misturar entre os humanos e capturar aquele monstro, antes que se tornasse impossível. Cada um foi para um lado do mundo em busca de rastros, demônios e anjos, mais uma vez, travando uma batalha, mas, dessa vez, contra o tempo.

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A caçada vinha incansável por mais de uma semana, até que um rastro foi encontrado na Itália, ironicamente, no cemitério monumental de Milão.

Haviam esculturas antigas e belas em praticamente todas as lápides, mausoléus arquitetônicos e anjos. Muitas estátuas de anjos. Foi por essa razão que Mahasiah se sentiu tão confortável ao observar os arredores.

Era madrugada e ele estava andando entres os corredores de lápides, sua aparência humana era belíssima, do tipo que parecia fazer as estátuas virarem suas cabeças para admirar. Ele tinha cabelos negros e ondulados como o oceano à noite e olhos de avelã profundos, do tipo que pareciam carregar toda a história da humanidade nas írises brilhantes. Seu corpo forte estava oculto por uma camisa branca e uma jaqueta escura de detalhes dourados.

Ele havia passado o dia inteiro em Milão após seguir um rastro de podridão no rio Ticino. Quando a noite chegou, sentiu o mesmo cheiro pútrido que havia o guiado até ali.

Tudo estava em um completo silêncio enquanto Mahasiah olhava ao redor; dentre seus irmãos Serafins, ele foi o único a encontrar algum rastro da criatura. Por isso, estava sozinho quando ouviu um barulho. Imediatamente ele puxou sua lança, uma arma de ouro ardente que soltava algumas faíscas enquanto brilhava, era letal e eficaz na mão de um ser celestial.

Mahasiah caminhou com passos lentos para a escuridão quando um par de olhos vermelhos surgiu, brilhando nas sombras, a temperatura caiu drasticamente e o mundo pareceu escurecer conforme a criatura se aproximou. Porém, para a surpresa do Serafim, aquela não era a criatura na qual buscava.

— Asmodeus? — Exclamou, recuando um passo.

A lua iluminou o rosto do dono do par de olhos vermelhos, revelando a figura de um homem, os cabelos vermelho-cobre caíam levemente por seus ombros, muito bem arrumados, suas vestes eram formais e escuras; uma camisa aberta na cor fúcsia, uma calça negra e botas de couro; faltando-lhe apenas uma coroa para mostrar seu status infernal. Ele tinha uma beleza equiparada a de Mahasiah, mas ele emanava um ar mais sensual e mortal do que o Serafim, como se a qualquer momento fosse cravar os dentes em sua garganta.

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