'|10 - Elevador.

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China.
Especial Max Verstappen.

— O gato comeu sua língua cafézinho? — Olhei para ela, estava em silêncio desde que entramos no elevador para subirmos para os quartos.

— Engraçadinho você não é? — Ácida, eu amava esse jeito seco e ácido dela.

Elizabeth foi bem nessa corrida,bem, ela é muito boa em todas, mas ela conseguiu ficar em quarto lugar. Se não fosse por Leclerc ela estaria no pódio desse grande prêmio.

Senti a caixa de metal dar um tranco, levando eu e ela ao chão, droga, o elevador parou. Estava escuro e pude ouvir a respiração da minha parceira mais descontrolada.

Ela começou a soltar uma lista de palavrões em italiano, eu não entendia uma palavra se quer, mas eu achava atraente pra caralho...

— Ei se acalma cafézinho, o elevador só parou.

— Estou calma idiota. — Mentirosa.

— A corajosa Elizabeth está com um medinho de um elevador parado? Daqui a pouco volta. — ano passado isso também havia acontecido, mas eu estava preso com a Kelly.

Aparentemente a China me ama ver em situações embaraçosas, estava um breu, tateei procurando meu celular no bolso achando e ligando a lanterna, não tinha sinal para fazer uma ligação.

— Cafézinho, olha se seu celular tem sinal... — Ela procurou pelo celular e olhou para mim.

— Eu acho que esqueci ele no quarto... não estou achando, não está ma minha bolsa.

A caixa de metal estava ficando fria com o tempo, ela não pareceu perceber com toda sua euforia. De todos os lugares eu não queria ficar preso em um elevador com ela.

A última vez que fiquei preso em uma caixa de metal, fomos pegos aos beijos.

— Não gosto de lugares apertados como esse... — Sua voz estava trêmula, acho que nunca a vi tão vulnerável como agora.

— Eu também não, isso me lembra ao meu pai.

— O meu também...— Eu sabia quem era o pai dela, um político muito importante e muito rico também.

Eu também sabia sobre os casamentos falhos e sobre ela ser uma filha dele fora do casamento, a Internet é cruel demais, mas ela parece lidar bem com tudo isso.

Eu também lido bem com meus haters, eu não ligo para eles, para o que dizem sobre mim, eu sou o número um e provo isso a toda corrida. Me arrepio em pensar o que meu pai fazia comigo quando eu não ganhava uma corrida, ele ainda faz.

— Meu pai já me largou em posto de gasolina em outro país,— Pude ver seus olhos azuis como o oceano mesmo no escuro, seus olhos pareciam gritar em desespero. Acho que ela teria um colapso.

— Meu pai me prendia em um grande armário quando estava desapontado.

— Meu pai sempre se desaponta quando não sou o número um.

— Isso é mais do que auto explicativo Verstappen.

A sua respiração pareceu ter diminuindo, parecia estar mais calma.

— O elevador te lembra o armário?— Eu perguntei me arrastando pelo chão para ir mais perto.

Ela não respondeu nada, eu já sabia que não responderia. Ela é difícil demais de se aproximar, eu fiquei em silêncio e ela também.

— Eu nunca mais piso na China, guarde essas palavras Verstappen.

Foi a última coisa que ela disse enquanto esperávamos o elevador voltar a funcionar.
Q

uebrei o silêncio com a coisa que sei fazer de melhor... PROVOCAR.

— Você não parecia nervosa assim quando decidiu jogar minha chave pela janela Cafézinho.

A resposta foi rapidamente automática.

— Cala boca, Verstappen.

Eu ri pela sua reação monótona de sempre, Elizabeth, ela parecia fazer um bico com aquelas lábio sempre vermelhos, em algum dos meus sonhos, eu já havia tirado aquele batom de seus lábios.

As luzes se acenderam e o elevador voltou a funcionar, eu olhava ela e quando ela me olhou rapidamente desviou seu olhar.

— Eu... — Começou a falar mas pareceu que ela estava discutindo consigo mesma.

— Você?

— Eu teria um pedido, um tanto estranho.

— Pode dizer Cafézinho.

— É mais uma ajuda mesmo. — a porta se abriu e saímos, acompanhei ela até sua suíte, paramos na porta.

Ela falou algo, não consegui prestar atenção, seus lábios pareciam uma canção que eu queria ouvir. A voz dela, sexy... ela tinha lindas maçãs no rosto e é um pouco mais baixa que eu.

— Você entendeu Verstappen? — Ela estalou os dedos e cruzou os braços em seguida. — Está me ouvindo? isso é muito sério para mim.

— Poderia repetir?

Ela bufou irritada, ela é tão irritadinha.

— Se acalma estressadinha.

— Idiota, você pode me acompanhar em um jantar como meu "parceiro", é apenas para meu pai parar de me encher de homens para me casar. — Ela fez aspas com os dedos e respirou. — Pensei em chamar qualquer outro, porém não troquei uma conversa com outros pilotos além de você.

Eu fiquei surpreso e quis passar isso a ela, eu concordei com a cabeça.

— Pode contar com o Super Max. — mandei uma piscadela para ela e ela riu me chamando de idiota antes de abrir a porta e sumir.

Capítulo de madrugada sim!!
Espero que estejam gostando da história, se puderem me dar um feedback, eu agradeço!!
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Xxx, Até mais.

𝑱𝒆 𝒕'𝒂𝒊𝒎𝒆 ''| Max Verstappen Onde histórias criam vida. Descubra agora