𝑱𝒆 𝒕'𝒂𝒊𝒎𝒆 ''| Max Verstappen

'|04 - Corrida de ignorantes

Austrália

Ao chegar no autódromo essa manhã pra corrida principal, tive que ir ao um auditório para uma reunião antes da corrida.

Ao entrar senti muitos olhares, cumprimentei o pessoal recebendo respostas com vozes cansadas como  se acabassem de pular da cama, apenas um ou outro que tinham a voz animada.

Avistei apenas dois lugares vagos na quarta fileira andando até lá, onde tinha uma outra mulher sentada mexendo em seu Tablet.

—Com licença, posso me sentar ali?— Apontei para o seu lado e recebi uma resposta silenciosa quando ela assentiu com a cabeça.

Me sentei ao seu lado e reparei que seus olhos eram escuros como o céu estrelado, sua pele morena poderia reluzir no sol e ser  comparada a ouro, o cabelo ondulado estava preso em um rabo de cavalo baixo.

Ela sorriu para mim e eu retribui seu sorriso, ela era linda, eu poderia cair nos encantos dela tranquilamente.

— Oi, eu sou Alara Martins, sou nova por aqui.— Ela estendeu a mão e eu a apertei. Seu inglês era meio ruim e ela se embolou com as palavras, mas eu entendi.

— Prazer em conhecê-la Alara, Eu sou Elizabeth Laurent, eu também sou nova por aqui.— Eu soltei sua mão quando o coisa ruim chegou na sala, ele tira toda a alegria do lugar incrível, deve ser um super poder dele.

— Você é a Pilota da equipe — Ela afirmou, a forma que ela disse me fez a achar fofa. Seu inglês realmente era péssimo. Eu concordei para ela e olhei o coisa ruim procurando um lugar, meu olhar era discreto para não ser notado.

— E aquele é Max Verstappen? Meu pai surtaria se o visse aqui. — Ela falou.

— Cuidado, ele solta veneno pela língua. — Ela riu e eu também, mas minha felicidade acabou quando eu olhei para ele e ele olhou para mim, seus olhos me irritavam.

Max andou até a quarta fileira e me olhou com aquele ar de deboche e o sorriso ladino, ele se sentou do meu lado, desejando bom dia para as pessoas que estavam atrás de nós até se sentar do meu lado e abrir a maldita boca.

— Não parece estar de bom humor Louca do café. — Sim, você acaba com minhas energias.

— Você que parece animado, alguém foi sólidaria para suprir seus desejos com suas misérias?? — Ele pareceu surpreso, minha voz foi baixa para apenas ele ouvir.

— Poderia ser você no lugar dela, cafézinho. — Ele sussurrou no ouvido, meu corpo se arrepiou, eu não esperava.

— A cale a boca Verstappen. — Foi a última coisa que eu disse antes de Horner entrar na sala e começar a falar, falar, falar.

No final fomos nos preparar para a corrida, no dia anterior consegui ficar em P5 e Max conseguiu a Pole Position. Revirei os olhos quando o loiro me olhou debochando pela sua pole. Desejei que seu carro parasse só pra ele ficar esperto.

As luzes piscaram e meus pensamentos silenciaram, senti meu coração batendo mais forte e mais alto, era como se o carro e eu fossemos um só. Antes da corrida tinha relatado sobre meu freio que estava com problema e estava esquentando demais.

Esperava que tivessem feito algo para corrigir o erro,mas eu estava errada.

— Os freios estão esquentando, eu relatei isso e parece que não fizeram nada. — Falei no rádio esperando uma resposta, mas não obtive retorno.

Segunda volta, eu larguei bem estava atrás do Verstappen e estava tentando fazer uma ultrapassagem para ser líder da corrida, mas aparentemente ele é um problema.

Max e eu estávamos lado a lado na curva, ele não pisou no freio e eu também não. Senti um tranco quando meu carro bateu no muro.

— Esse idiota quer me matar? Max seu imprudente do Caralho!!! Infantil, mimadinho, sei que sou uma gatinha, mas não tenho sete vidas. — Odeio quando alguém bate ou trisque no meu carrinho, pior que esse filho da puta me jogou na brita direto no muro.

"Valentine?  Você está bem?... bandeira vermelha!!" A voz masculina do estrategista finalmente falou alguma coisa.

— Se eu estou bem? Obvio que não, esse idiota, eu te odeio Max Verstappen, vou amassar tua Redbull até virar uma lata de sardinha!!!— Bati o capacete no painel do carro. — Desgraçado, espero que seu carro dê problema. — Falei enquanto saia do carro, eu estava bem. Diferente da lata velha que meu carro virará.

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Estava estressada e frustrada eu mataria Max assim que ele saísse daquele carro. Olhei para a televisão onde os mecânicos assistiam a corrida e o narrador falou "Parece que hoje não é um bom dia para a Redbull, a roda dianteira de Max Verstappen está pegando fogo" a imagem mostrava ele parando no Pit, com os "Bombeiros" apagando o fogo da roda. Eu senti vontade de rir.

Os mecânicos estavam frustrados, Alara apareceu do meu lado oferecendo uma garrafa de água, eu aceitei.

— As palavras tem poder. — Foi a única coisa que ela disse e se afastou.

Quando Max chegou no Box, ele estava gritando com os mecânicos. Eu olhei para ele, seu olhar estava diferente, tinha ódio neles. Eu andei até ele, eu estava com raiva dele, não tinha necessidade nenhuma ele fazer aquele show. Eu ia sim tirar satisfação.

— Qual seu problema Verstappen? — Falei autoritária para ele, sua expressão parecia que ele queria me matar. Eu não estava diferente.

— Você é alguma idiota? Você poderia ter morrido sabia, por quê não pressionou a porra do Freio?? Não sabe o que é isso? —Ele elevou a voz tentando intimidar.

— Você é um babaca, exatamente, você poderia ter me matado, você entende a gravidade disso Verstappen? Não estou aqui pra brincar de dirigir a mais de 200km/h, eu vim para fazer a mesma coisa que você, é o meu trabalho também — Eu apontei o dedo para seu rosto enquanto eu falava com a voz cheia de fúria.

O ambiente estava pesado, as pessoas observavam e cochichavam uns com os outros.

— E por que essa equipe não consegue fazer melhoras descentes nessas latas velhas que vocês chamam de carros?Ficam ai cochichando da vida alheia. — O lugar ficou em silêncio e Max segurou meu pulso.

— Não toque em mim, não estou correndo por sua culpa.— Ele revirou os olhos.

— Quanta histeria Laurent, cale a boca um pouco. — Ele estava gritando com todo mundo a 5 minutos atrás....

— Histeria? Você! A culpa é sua, você estava gritando com todo mundo a 5 minutos atrás. — Saí andando para o vestiário para esfriar a cabeça. — Bastardo, figlio di puttana, ridicolo, maledetto Max, sei un idiota, Se zoppichi, idiota! — Xinguei ele em italiano, recebia olhares curiosos e outros italianos dali entendiam e riam.