'|07 -Cafézinho

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Aeroporto - Inglaterra.

Estávamos embarcando para o próximo grande prêmio no Japão, a viagem seria longa e cansativa, eu estava morta de cansaço de viajar tanto, da França para Itália, da Itália para Inglaterra e agora da terra Inglesa para a terra do Sol.

Era muito bom estar indo de primeira classe, não viajo de primeira classe a bastante tempo.

Guardei minhas malas no bagageiro, percebi que fiquei com o pior assento, o do meio, atrás de mim a garota nova esperava, pelo menos alguém tranquila do meu lado.

— Acho que teremos que sentar juntas de novo — Ela sorriu e se sentou na ponta, pensei em me sentar na janela já que estava vago.

— Isso soa como um sinal Universal. — Ela riu do meu comentário e se sentou, sem muito tempo uma sombra passa na nossa frente se sentando na janela.

— Non è possibile, deve essere un inferno —  Eu digo em voz alta, sentindo o olhar curioso de Max Verstappen e Alara.

— Sentiu saudades, Cafézinho? — Ouço uma risada de Alara, e eu suspiro.

— Sinto desgosto ao te ver, Verstappen.

— Vocês parecem um casal. — Alara afirmou olhando para nós,  Casal? Caralho.

Credo Alara, devolvo toda essa energia negativa pro universo. — Max franziu o cenho.

— Você amou isso, Cafézinho. — Ele fez aquela cara de deboche dele.

— Cale a boca Verstappen.

Coloquei meus fones de ouvido e tentei descansar um pouco.

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Acordei assustada, o avião balançava muito e isso fez meu peito subir e descer rapidamente...mesmo sendo acostumada a viajar nessas latas voadoras, eu sempre tive muito medo de turbulências.

Ouço o aviso de apertar os cintos por estarmos passando por turbulências e senti meu corpo tremendo, se o avião caísse agora... Não. Não vou morrer, pelo menos não agora.

Olhei para o lado e Verstappen estava me olhando, seus olhos azuis analisavam cada centímetro do meu rosto, tentei parecer o menos assustada possível.  Desviei o olhar e Martins estava dormindo, como ela não acordou com aquilo tudo.

— Está assustada? — A voz grave dele questiona com um sorriso nos lábios finos.

— Nunca. — Neguei, quando o avião balançou apertei o apoio que separava as cadeiras.

— Não tem medo de esguichar veneno pela língua, mas tem medo de um aviãozinho? — Touché Max, que homem insuportável.

— Não é da sua conta, não tenho medo.

— Seu corpo está reagindo diferente de suas palavras. — Eu ia discordar, mas ele continuou depois de colocar sua mão grande sobre a minha. — Relaxa...

Aquilo foi estranho, ele virou a cabeça para a janela com sua mão sobre a minha, o toque dele era quente e bom, apenas deixei e não contestei.

O tempo passou e estávamos pousando, não consegui dormir nada, Alara tinha acordado e olhou para aquela cena com um sorriso malicioso e não disse nada.

Nem precisaria para saber que ela estava convencida que estava certa sobre sermos um casal, pensei na ideia e logo me arrependi, ele era muito babaca comigo.

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Pelo que parecia a equipe da Redbull é uma caixinha de surpresas, fiquei surpresa ao ver Max em uma conversa empolgadissíma com Alara, a garota brasileira ficou inexpressiva quando xingou um dos mecânicos em português e Max a entendeu.

Eu tentava entender o que eles diziam, comecei a me irritar e senti minha cabeça doer. Na noite passada não consegui dormir, por simplesmente esquecer meus remédios, me pergunto quem em sã consciência esquece os próprios medicamentos...

— Cafézinho, você parece pior...— Não foi uma preocupação ou pergunta, Max disse esperando resposta.

Montei algumas alternativas mentais do que fazer no momento.

A) Respondo com sarcasmo.

B) Mandar ele ir se fuder.

C) Ignorar ele pelo resto do treino livre.

D) Achar a ponte mais próxima e me jogar de lá.

— Para de me chamar de Cafézinho, eu tenho nome Verstappen.

— Acho que me enganei, você está normal. — Ele revira os olhos e eu acompanho seu movimento revirando os meus.

— Por quê não volta a sua conversa divertida com a Martins? — Meu tom saiu diferente e me condenei pelas minhas próprias palavras. Se eu pudesse voltar no tempo eu com certeza voltaria nesse momento e ficava calada.

— Isto é ciúmes Cafézinho?? — Ele sorriu convencido e piscou para mim.

Sinceramente, seu eu pudesse escolher a alternativa D.

— Não Verstappen, para pessoas sentirem ciúmes de outras, precisa ter sentimentos ou envolvimentos em jogo, eu não gosto de você. — Ele revirou os olhos e antes de sair cutuca minhas costelas e eu pulo pelo toque inesperado.

— Eu sei que você me adora, todos adoram. — Ele sumiu e eu saio para me preparar para o treino.

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Oi oi, eai o que estão achando do nosso casal??? Deixem a estrelinha e comentem.

𝑱𝒆 𝒕'𝒂𝒊𝒎𝒆 ''| Max Verstappen Onde histórias criam vida. Descubra agora