'|02- Narizinho em pé.

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Reino Unido

Sentada e esperando a mulher que estava na minha frente autorizar minha entrada na sala do diretor e talvez futuro chefe me deixava ansiosa.

— Senhorita Laurent? — Ela chamou com um sorriso amigável no rosto.

— Sim? — A perguntei e ela se levantou, a segui no mesmo ritmo e ela abriu a porta.

— A Senhorita pode entrar! — Senti meu peito pular para fora. A agradeci e entrei.

A sala era extensa, paredes de cor creme, no centro uma mesa bem organizada com papéis e uma plaquinha escrita "Christian Horner" e lá estava o homem. A sua frente tinham duas cadeira, uma delas ocupadas.

— Seja bem vinda Srta. Laurent. — Uma recepção calorosa vinda do diretor, parecia ser de idade, um sorriso no rosto, cabelos grisalhos. — Sente–se por favor. — Então sentei

— Obrigada Senhor Horner. — Olhei para o lado e entendi rapidamente o por quê tinham me chamado.

Sérgio Perez, o piloto deles estava com os dois braços quebrados, era perceptível o motivo para mim estar por ali,mas  disfarcei o olhar e foquei no velho a minha frente.

— Como foi a viagem? — Sem tempo de responder, sair da Itália para o Reino Unido poderia ser cansativo sim — Bom, acho que conhece Perez. — Apontou para o homem ao meu lado, que parecia decepcionado.

— Prazer em conhecê-lo Sr. Perez. — Estiquei a mão e ri sem graça, ele apenas concordou em silêncio e abaixou a cabeça.

Me senti mal por isso, juro que não foi de propósito.

— Houve um acidente com Perez, e ele está temporariamente fora da temporada que se aproxima, entre muitos pilotos que tínhamos opção de escolher, seu histórico me pareceu bem melhor e interessante.

Discutimos mais um pouco e não sei a necessidade de Perez ali, já que ele ficou em silêncio o tempo todo. Nao assinei nada de contrato, estaria ali correndo por Perez até ele melhorar, seria uma longa temporada.

Quem diria que a garota criada com dois ferraristas seria contratada como piloto da Redbull, pois é ironia. Até que não é só um energético.

Apertei sua mão e estava dispensada, teria que me organizar melhor para as próximas semanas, aqui seria um caminho recorrente.

Trombei em alguém e senti um líquido quente cair em mim, especificamente nos meus seios, manchando minha camiseta azul clara.

— Você é cego? — Perguntei alterada, olhando para o mais alto, que ótimo.

— A culpa é sua, idiota, quem mandou estar no meu caminho? — Max Verstappen, pensa em um homem estranho pra caramba.

— A culpa é minha? Você derruba café quente em mim e é minha culpa? — Falei mostrando a mancha feita por sua cegueira.

— Quem é você?  Quem você acha que é pra falar assim comigo? — O loirinho que vestia um boné azul da RBR perguntou.

— Ah você nem imagina seu idiota — Ele saiu andando e empurrou meu ombro quase em levando com ele. Droga.

— Narizinho em pé, mimadinho. — Falei alto para que ouvisse e saí andando.

Idiota...Credo não acredito que ele é meu parceiro temporário.

— O que você disse? — Me virei e vi ele se vindo em minha direção

— Além de tudo você tem problemas de audição?—  A intimidação dele daria certo se eu fosse uma adolescente não frustrada com meu pai. Mas infelizmente eu fui a "rebeldia" em pessoa.

— Qual seu problema, mulher? — Senti sua respiração em mim, ele estava muito perto com aquela aura intimidadora.

— Tenho vários, que eu poderia listar para o príncipe mimadinho. — Falei encarando suas duas bolas oculares que por sinal eram lindas e azuis como o oceano.

— Isso é para chamar minha atenção? Se quiser uma noite comigo é só pedir bonitinha — Ele sorriu malicioso e isso foi de 8 a 80 muito rápido.

— Acho que não transaria com você, nem se fosse o último homem da sua espécie, mimadinho ridículo. — Ele me olhou estalou a língua e saiu andando.

Credo, que homem insuportável.

Perdão por qualquer erro de ortografia!!!

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𝑱𝒆 𝒕'𝒂𝒊𝒎𝒆 ''| Max Verstappen Onde histórias criam vida. Descubra agora