'|01- Que Maravilha

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Itália

Desde pequenos somos divididos ao o que podemos fazer e o que jamais poderíamos fazer. Meninas Recebiam bonecas e brinquedos de cozinha e meninos recebiam carrinhos e espadas.

Não posso dizer que fui diferente, fui ensinada a me comportar como uma dama Francesa, ter os pais políticos tinham suas vantagens e desvantagens.

Eu gostava de participar de competições de Kart desde meus 5 anos, me destacava por ser boa no que fazia, porém ganhava mais destaque e popularidade por ser uma garota em um universo completamente masculino e machista, o automobilismo.

"A filha bastarda do Ministro Laurent da França", podemos dizer que fui uma criança não planejada e pra piorar fora do casamento do meu pai, Alexandre Laurent, eu tinha uma relação mediana com ele diferente da mulher dele, nunca a culpei, quem foi o infiel, foi ele.

Como dito anteriormente, o automobilismo sempre esteve presente em minha vida. Tudo começou quando meu vô me aprender o esporte, detalhe importante, ele é um ex-piloto da Fórmula 1.

Um homem simpático e carrancudo ao mesmo tempo, meu avô praticamente me jogou no esporte e foi paixão à primeira vista, assim como minha mãe que é ex-pilota de Kart, ela ganhou muitas categorias quando jovem, mas nunca saiu do Kart. Tempos difíceis.

Diferente dela, eu estava na categorias da Fórmula 1, eu participava da PREMA e substituía pilotos quando não poderiam correr.

Meus objetivos iam além da PREMA e conseguir fazer parte de uma equipe como titular, pilotar um carro a uma velocidade extremamente alta era como silenciar meus problemas.

Essa manhã, fiz meu exercícios matinais na academia, hoje era treino para o meu corpo, e logo depois teria estudos sobre relações internacionais. Eu voltava para a casa correndo enquanto ouvia músicas, mas nem estava prestando muita atenção.

Meu pai me cobrava esse tipo de conhecimento, relações internacionais, etiqueta, meu comportamento perto de outros figurões importantes, aulas de violino e piano etc etc etc.

Revirei meus olhos pensando sobre isso, dentro do casamento dele, ele tinha uma filha mais velha que eu e os gêmeos que  considero como meus irmãos mais novos de sangue igual. E por isso ele me dá as mesmas condições que os outros tiveram.

Tento ser grata, mas se ele acha que vou seguir neste caminho ele está bem enganado. Eu vivo com a mamãe e meu avô Gustavo Mancini, bicampeão italiano no mundo da Fórmula 1.

Vivíamos na Itália, especificamente em Vêneto, mas costumava passar duas semanas na casa de Alexandre. Mas ultimamente muitos treinos me custavam ligações e sermões por não estar seguindo as "Regras" estabelecidas entre ele e a Mamãe, ele sabem muito bem que eu não sou mais uma criança.

E usa isso contra mim, dizendo que preciso me casar rapidamente, pois casamento nenhum é sustentável por Amor e sim por negócios. Esse era outro motivo para meu vício no meu trabalho, evitar pretendentes indesejáveis por mim.

Parei no semáforo e quando o sinal abriu continuei correndo, chegaria em casa tomaria um belo banho e a tarde iria para a sede da Prema Racing.

Após tomar meu banho, vejo meus e-mails e tem algo diferente além de spam ou promoções e ofertas.

Basicamente era um e-mail de Horner, um dos diretores da Redbull Racing, me convocando para ir até a sede tratar de assuntos.

Eu gritei.

— Que isso pirralha? Pirou de vez? —Meu avô apareceu na porta de meu quarto em sua cadeira elétrica.

—EU...—Não gritei, abaixei o tom de voz. —Eu fui convocada na Redbull!!! — Ele retribuiu um sorriso de orelha em orelha que eu lhe mostrava.

—Que Maravilha, Liz. — Ele parou mas abriu a boca novamente —Tanta equipe boa e logo a Redbull, que azar, mas ainda sim é alguma coisa.

— Credo seu tifosi fanático — Ele riu e saiu com sua cadeira.

Li novamente o e-mail mais algumas vezes.

𝑱𝒆 𝒕'𝒂𝒊𝒎𝒆 ''| Max Verstappen Onde histórias criam vida. Descubra agora