Capítulo Um

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Este capítulo contém cena de abuso sexual explícito. Caso você seja sensível, pule para o final do capítulo ou para o capítulo seguinte.

Lucius caminhou rapidamente pelos corredores da Mansão Malfoy, seu coração batendo com força e a respiração ofegante. Ele acelerava o passo, o desespero dominando cada movimento

— Meu Senhor! — ele disse acelerando mais o passo. — Meu Senhor, por favor! — Lucius pôs-se em frente à porta, bloqueando a passagem. — Eu te imploro.

Voldemort parou à sua frente, o olhar cortante e furioso. Sua paciência visivelmente se esvaindo aos poucos.

— Saia da minha frente, Lucius. — ordenou Voldemort, com a voz baixa e carregada de ameaça. — Agora.

— Milord, por favor! Ele é apenas uma criança! — Lucius disse com desespero, mal conseguindo manter sua compostura costumeiramente fria, suas mãos tremendo e suando.

Ele só poderia estar louco para contradizer Seu Senhor dessa forma, mas ele não podia permitir que algo assim acontecesse sem ao menos tentar impedir.

— Lucius! Saia! Da minha! Frente!

Lucius não se mexeu, seus joelhos tremiam, mas ele permaneceu no lugar, bloqueando a entrada com o corpo, apesar do medo crescente.

— Você sabe que não pode me impedir. Eu sempre consigo o que quero. — Voldemort sibilou, o tom perigosamente calmo. — Não seja tolo, Lucius. Saia do caminho.

Lucius engoliu em seco, sentindo a gravidade da situação. Ele sabia que não podia vencer, sabia ser inútil resistir. Ele respirou fundo, reunindo o resto de coragem que lhe restava, mas não se moveu.

Voldemort lhe encarou nos olhos.

— Muito bem! — ele disse sem mais paciência. Com um movimento rápido, Voldemort pegou sua varinha. — Petrificus Totalus!

Num instante, o corpo de Lucius ficou rígido, tombando no chão como uma pedra. Ele não conseguia se mover, seus músculos congelados pela magia, e seus olhos apenas podiam seguir o vulto de Voldemort que, sem esforço, passou por cima dele.

Lucius lutava contra o feitiço, tentando desesperadamente se libertar, mas era inútil. Ele ficou deitado no chão, o coração pesado de impotência, enquanto as portas do quarto se abriram com um rangido sinistro.

Não havia mais o que ser feito.


~~X~X~~


Draco se deitou em sua cama, soltando um suspiro cansado enquanto se recostava nos travesseiros e puxava a coberta nas pernas. Ele acenou com a mão, apagando as luzes principais do quarto, deixando apenas a luz do abajur ao lado da cama e pegando o livro deixado em cima da cama, abrindo na página marcada.

Draco começou a passar os olhos pelas palavras do quinto capítulo, sem realmente se concentrar nas palavras, os acontecimentos do último ano rodando por sua cabeça. O Torneio Tribruxo foi realmente um evento, ao contrário do que ele imaginava quando havia sido anunciado. E podia-se dizer que tudo se tornou ainda mais atrativo quanto o Santo Potter havia sido anunciado como um quarto campeão.

No fim, nem ele e nem seu pai havia ganho a aposta. Potter acabou ganhando o torneio, trazendo consigo a notícia do retorno do Senhor das Trevas. Obviamente, ninguém acreditou nele, inclusive Draco. Ao menos, não até voltar para casa para o verão e encontrar o próprio Voldemort, em carne e osso, sentando no sofá despreocupadamente em sua sala de estar, tomando chá e comendo alguns biscoitos.

Draco não gostou disso. Ele foi criado com ideias puristas, mas Voldemort era mais assustador pessoalmente do que nas histórias. Seu pai, como leal Comensal da Morte, recebeu a "honra" — se é que Draco podia chamar de honra — de hospedar seu Senhor na Mansão Malfoy.

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