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Adrien ficou desesperado ao descobrir que Marinette não estava em sua cela. Seu coração disparou enquanto ele corria pelos corredores do navio, buscando freneticamente por Nino e os outros guardas.

— Marinette! — ele gritou, sua voz cheia de pânico. — Onde ela está?

— Marinette? O Nino a levou para tomar um banho — explicou um dos guardas, tentando parecer tranquilo.

— Sozinha?! — Adrien rosnou, a raiva e o ciúmes se misturando em seu tom. — Como vocês puderam deixar isso acontecer?

O guarda, visivelmente intimidado, balançou a cabeça.

— Não sabíamos que isso causaria algum problema. Acreditávamos que ela precisava de um momento para se limpar e se recuperar...

Adrien, com seu coração acelerado e uma mistura de preocupação e ciúmes, foi até a área dos banhos após descobrir que Marinette não estava em sua cela. Ao se aproximar, ele ouviu risadas e conversas vindas de dentro do banheiro. Parando um instante, ele reconheceu a voz de Marinette e a de Nino.

— Ah, você ainda acha que eu sou tão bom em fazer piadas? — Nino estava dizendo, o tom leve e descontraído.

— Sim, você é um verdadeiro comediante! — Marinette respondeu com um riso genuíno. — Nunca pensei que teria um momento tão divertido aqui.

O coração de Adrien apertou ao ouvir a risada de Marinette. Sua mente estava tumultuada com a imagem dela se divertindo ao lado de outro homem, especialmente depois da conversa íntima que eles tiveram. Sem querer esperar mais, ele abriu a porta do banheiro com força, a expressão no rosto misturando preocupação e ciúmes.

— Marinette, — Adrien exclamou, seu tom suavizado pela preocupação, mas ainda carregado de uma intensidade reprimida — o que você está fazendo aqui? Por que não estava na cela?

Marinette olhou para ele com uma mistura de alívio e desconforto. Sua expressão estava embaraçada, mas também havia um brilho de desafio.

— Eu só precisava de um momento para me limpar — ela disse, a voz firme, mas tranquila.

Adrien, ainda lutando contra a mistura de ciúmes e frustração, se virou para Nino e os outros guardas.

— Saia daqui. Agora.

Os guardas saíram rapidamente, deixando Adrien e Marinette a sós. Adrien, ainda furioso, lutava para recuperar o controle das suas emoções enquanto encarava Marinette com intensidade.

— Calma, Adrien... — Marinette disse com um sorriso provocador, um brilho de diversão nos olhos. — Eu sou uma mulher solteira. E se eu decido rir e conversar com alguém, isso é da minha conta, não é?

Adrien franziu a testa, o ciúmes corroendo sua determinação. O sorriso de Marinette, em vez de acalmá-lo, parecia alimentar sua frustração.

— Não se trata apenas de ser solteira, Marinette. — Ele respondeu, a voz carregada de tensão. — Trata-se do fato de que você é minha prisioneira e eu tenho a obrigação de estar ao seu lado para garantir sua segurança!

Marinette se recostou na cama, ainda com aquele sorriso travesso.

— Então, você está dizendo que se importa comigo apenas por causa do seu dever? — Ela perguntou, a voz cheia de ironia. — Porque, se é isso, sinto muito em decepcioná-lo, mas eu pensei que seus sentimentos fossem um pouco mais complexos.

Adrien se aproximou, seu olhar intenso e irritado.

— Não é só por dever, Marinette. É por causa da responsabilidade que tenho com você e com o que sinto em relação a você.

A Feiticeira da Ilha Onde histórias criam vida. Descubra agora