O passado de Marinette era muito mais sombrio e complexo do que apenas a imagem de uma bruxa e assassina. Quando ela tinha apenas dezesseis anos, foi forçada a se casar com um homem que, à primeira vista, parecia gentil e amoroso. No entanto, essa aparência era uma fachada para um comportamento cruel e abusivo. Dentro de casa, o marido de Marinette a maltratava e a mantinha como empregada, submetendo-a a abusos físicos e emocionais.
A dor de Marinette era intensificada pela presença de uma amante do marido, que também sofria com a mesma violência e desprezo. Essa situação desesperadora mergulhou Marinette em um mar de sofrimento e desespero.
No meio dessa escuridão, Marinette encontrou um pequeno raio de esperança. Em um dia fatídico, enquanto vagava pelas ruas, ela encontrou uma foto de um homem loiro com olhos verdes. Ele era conhecido como "O Herói da Guerra", e a imagem dele com um avião trouxe a Marinette não apenas um alívio temporário, mas também uma paixão e uma esperança inesperada. A foto, que representava um símbolo de coragem e liberdade, tornou-se um farol de esperança para ela.
Marinette guardou aquela foto com carinho, pendurando-a na parede de seu quarto como um lembrete constante de que, apesar das adversidades, havia algo ou alguém por quem ela ainda poderia lutar. Ela via Adrien Agreste não apenas como um herói, mas como uma âncora de esperança e um símbolo de um futuro melhor.
— Isso dói muito… — murmurou a amante do marido de Marinette, que estava com as costas marcadas por ferimentos.
Marinette, embora não em choque, sentiu um aperto no peito. Ela havia enfrentado crueldades que a tornaram resiliente, mas a dor alheia ainda a afetava.
— Você precisa matar esse homem! — a amante disse, olhando fixamente para Marinette, sua voz carregada de desespero.
Antes que Marinette pudesse responder, o marido, que havia descoberto o esconderijo secreto de Marinette, entrou na sala. Seus olhos se fixaram na foto do homem loiro com olhos verdes que Marinette havia guardado com tanto cuidado. Em um acesso de fúria, ele rasgou a foto na frente dela, seus movimentos brutais e cheios de raiva.
Marinette assistiu com o coração partido enquanto a imagem de seu herói era destruída. Uma onda de raiva e dor inundou seu peito, e ela se levantou, enfrentando o marido com uma determinação feroz.
— Você pode rasgar a foto, mas não pode apagar o que eu sinto por ele! — Marinette declarou com firmeza. — Mesmo que nunca tenha conhecido esse homem, eu o amo! Ele é a única esperança e luz que eu tenho, e nada vai mudar isso!
A raiva e a dor na voz de Marinette eram evidentes, e mesmo em meio ao sofrimento, sua declaração revelava a profundidade do amor e da esperança que ela nutria por alguém que representava um futuro melhor.
O marido, agora mais furioso, avançou para Marinette com uma expressão cruel. Seu olhar estava cheio de desprezo, e suas palavras cortavam o ar como lâminas afiadas.
— Você é uma tola, Marinette! — ele gritou. — Como pode achar que esse homem, essa imagem de um “herói da guerra”, vai mudar algo na sua vida? Ele não vai vir te salvar! Você é uma idiota se acredita que pode escapar dessa realidade miserável com sonhos e ilusões!
Ele avançou e deu um soco na parede ao lado de Marinette, a força da sua raiva fazendo com que a parede tremer. Em seguida, ele a empurrou violentamente, fazendo-a bater contra o chão frio.
Marinette, ao sentir a dor física, fechou os olhos por um momento, tentando se concentrar na imagem que a havia sustentado durante todo o seu sofrimento. A foto rasgada ainda estava em pedaços no chão, mas a imagem do homem loiro de olhos verdes continuava a brilhar na sua mente.
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A Feiticeira da Ilha
FanfictionAdrien Agreste, um líder militar, se depara com Marinette Dupain Cheng, uma bruxa acusada de matar seu marido e fugir da prisão.