╔𝐂𝐚𝐩𝐢𝐭𝐮𝐥𝐨 𝟑

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"𝙾 𝚚𝚞𝚎 𝚊𝚌𝚑𝚊 𝚍𝚎 𝚝𝚘𝚖𝚊𝚛𝚖𝚘𝚜 𝚞𝚖 𝚌𝚊𝚏é 𝚚𝚞𝚊𝚕𝚚𝚞𝚎𝚛 𝚍𝚒𝚊 𝚍𝚎𝚜𝚜𝚎𝚜?"

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Já fazia uma semana desde que Sae havia avistado [Nome] pela primeira vez. O encontro casual na faculdade havia acendido algo nele, algo que ele não conseguia ignorar. Sae era um estrategista nato, alguém que sempre mantinha o controle de cada situação. Mas desde o momento em que a viu, seus pensamentos foram preenchidos por ela. Cada vez que fechava os olhos, a imagem de [Nome] vinha à tona, e ele não conseguia afastá-la. O jovem Itoshi passou essa semana imerso em uma tarefa diferente das habituais: descobrir tudo o que pudesse sobre [Nome]. As notas dela eram impressionantes, sempre no topo da turma, destacando sua inteligência e dedicação. Além disso, [Nome] parecia ter um gosto requintado por livros e arte, o que só aumentava o fascínio de Sae. Ela era o tipo de pessoa que se perderia em uma galeria de arte ou em uma biblioteca, absorvendo cada detalhe das obras à sua volta. Mas o que mais o interessava era o fato de que ela não parecia ter raízes fortes no país, o que facilitaria as coisas quando Sae precisasse se mudar para entrar no Royal Madrid. [Nome] parecia, até agora, a candidata perfeita. Ela era bonita, sem dúvida, com uma beleza natural que atraía olhares. Sae, porém, não era do tipo que se importava com isso. Aparências nunca foram uma prioridade para ele. Mas, se tivesse que ter alguém ao seu lado, que fosse alguém como [Nome] – inteligente, culta e, admitidamente, estonteante.

Durante essa semana, ele decorou a rotina inteira de [Nome], cada detalhe que pudesse lhe dar uma vantagem. Agora, Sae estava pronto para tomar o próximo passo – sempre com a frieza e o cuidado característicos, evitando qualquer deslize. Negaria até o fim, mas era visível o quão estava obcecado com a garota.

Era sábado, o que significava que [Nome] estaria na biblioteca da cidade das 10h às 11h, um hábito que ela mantinha religiosamente. Sae sabia exatamente qual seção ela frequentava e que tipo de livro ela provavelmente escolheria naquele dia.

Vestido de forma casual, mas elegante, Sae dirigiu-se até a biblioteca. Assim que entrou, respirou fundo, sentindo o cheiro familiar de livros antigos e madeira polida. Ele sabia onde ela estaria e caminhou até lá com a confiança de alguém que controlava o cenário ao seu redor. Enquanto fingia interesse na prateleira de ficção, sua mente estava alerta, esperando o momento certo.

E então, ele a viu. 

[Nome] estava ali, exatamente como ele havia imaginado, com os olhos fixos nas páginas de um livro, completamente alheia ao mundo à sua volta. Sae observou-a por um momento, percebendo como ela parecia em paz, tão diferente das pessoas agitadas que ele costumava ver. Um sentimento estranho cresceu dentro dele – uma mistura de posse e desejo, algo que ele nunca havia sentido antes.

Finalmente, tomou a iniciativa. Pegou dois livros da prateleira, os mesmos que sabia que ela apreciava, e se aproximou com um sorriso calculado, mas incrivelmente natural.

Bom dia, desculpe pela interrupção brusca, mas poderia me ajudar a escolher um desses dois? Estou em dúvida e acredito que uma opinião externa ajudaria disse Sae, forçando um tom gentil que, para sua surpresa, parecia autêntico.

[Nome] levantou os olhos, surpresa pelo contato repentino. Seus olhos se encontraram com os de Sae, e ele sentiu um leve tremor em seu corpo, algo completamente inesperado para alguém tão controlado quanto ele.

Ah, claro! respondeu [Nome], sorrindo levemente. Esse primeiro é excepcional. Uma leitura obrigatória na vida.

Sae assentiu, escondendo sua satisfação. Era exatamente a resposta que ele esperava.

Eu estava pensando em pegar justamente esse, que coincidência disse ele, observando o sorriso fofo que se formou no rosto dela. Por algum motivo, Sae sentiu uma fraqueza em seus joelhos ao vê-la sorrir. Que sentimento estranho... [Nome] parecia perceber o interesse genuíno de Sae, e seus olhos brilharam com uma leve curiosidade.

Se você gosta desse tipo de leitura, posso te mostrar alguns outros livros que acho que você gostaria ofereceu ela, sua voz suave e acolhedora.

Sae sentiu um arrepio percorrer sua espinha quando ela sugeriu isso. Havia algo nela, algo na maneira como ela falava, que o fazia querer ouvir mais. Não era apenas uma parte de seu plano – era algo que ele estava começando a querer de verdade.

Eu adoraria respondeu ele, sorrindo. E para sua própria surpresa, o sorriso não parecia forçado.

Ela conduziu Sae pela biblioteca, mostrando-lhe seus livros favoritos, explicando com paixão por que cada um deles era especial. Enquanto falava, ele a observava atentamente, decorando cada palavra, cada gesto. O toque dela, quando acidentalmente roçou a mão dele, foi como uma corrente elétrica que atravessou seu corpo, despertando uma sensação que ele não sabia explicar.

Nossa, seu gosto para livros é realmente muito bom disse Sae, genuinamente impressionado. Ele havia sorrido mais nessa última hora do que durante toda a semana anterior, e o mais estranho era que seus sorrisos não pareciam mais tão forçados. Estava... apreciando a presença dela? Mas como isso era possível, se eles acabaram de se conhecer?

Esse é um dos melhores elogios que já recebi respondeu [Nome], rindo baixinho, uma risada que ecoou nos ouvidos de Sae como uma melodia suave.

Ele sabia que não podia se dar ao luxo de se deixar levar por essas emoções. Tudo fazia parte do plano, e ele precisava lembrar disso. No entanto, algo dentro dele estava mudando, algo que ele não conseguia controlar.

O que acha de tomarmos um café qualquer dia desses? sugeriu ele, tentando manter a voz casual. É legal conversar com você.

[Nome] piscou, surpresa com o convite inesperado. Ela não sabia dizer se havia malícia por trás da proposta, mas a ideia de passar mais tempo com Sae era tentadora demais para recusar.

Claro respondeu ela, sorrindo novamente. Eu adoraria.

Ela olhou para o relógio e percebeu que já estava na hora de ir. Levantou-se, relutante em encerrar a conversa.

Eu tenho que ir agora, foi um prazer te conhecer. Você não me disse seu nome.

Sae... Sae Itoshi disse ele, pronunciando seu nome com a mesma confiança de sempre.

[Nome] [Sobrenome]. Aqui está o meu número disse ela, entregando-lhe um pequeno pedaço de papel com seu contato. Me ligue, se quiser.

Ela se afastou, e Sae ficou parado, observando enquanto ela saía. Havia algo nela, uma leveza, um cheiro floral que ele não conseguia deixar de notar. Era como se ela estivesse deixando uma marca em cada passo, uma marca que ele estava determinado a seguir.

Enquanto segurava o papel em sua mão, Sae sentiu que, pela primeira vez, havia encontrado algo que realmente queria. Não, algo que realmente precisava. E ele faria qualquer coisa para ter [Nome] ao seu lado – não importava o que fosse necessário.

 E ele faria qualquer coisa para ter [Nome] ao seu lado – não importava o que fosse necessário

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𝙿𝚘𝚜𝚜𝚎𝚜𝚜𝚊𝚘 𝚒𝚗𝚎𝚟𝚒𝚝𝚊𝚟𝚎𝚕 - 𝚂𝚊𝚎 𝙸𝚝𝚘𝚜𝚑𝚒 𝚡 𝙻𝚎𝚒𝚝𝚘𝚛𝚊Onde histórias criam vida. Descubra agora