𝙿𝚘𝚜𝚜𝚎𝚜𝚜𝚊𝚘 𝚒𝚗𝚎𝚟𝚒𝚝𝚊𝚟𝚎𝚕 - 𝚂𝚊𝚎 𝙸𝚝𝚘𝚜𝚑𝚒 𝚡 𝙻𝚎𝚒𝚝𝚘𝚛𝚊

╔𝐂𝐚𝐩𝐢𝐭𝐮𝐥𝐨 𝟕

"𝙴𝚞 𝚜𝚘 𝚚𝚞𝚎𝚛𝚘 𝚝𝚎 𝚟𝚎𝚛 𝚏𝚎𝚕𝚒𝚣"

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Era uma noite calma e o ar estava fresco, o som das folhas ao vento parecia formar uma sintonia perfeita e Sae apreciava a calma do momento. Mesmo assim, não podia deixar de sentir que estava faltando algo. Não admitiria, mas sabia que gostaria que [Nome] estivesse ali. Suspirando, ele se rende aos desejos do coração, indo até a casa da garota.

— Sae? 

O Itoshi podia jurar estar sentindo seu coração bater mais forte ao som da voz dela.

— Oi... Você quer dar uma volta? 

[Nome] olhou o garoto por alguns segundos antes de assentir com um sorriso gentil no rosto.

Os dois andavam lado a lado silenciosamente, apenas aproveitando o momento. Sae se sentiu ainda mais frustrado, não entendia como até mesmo os momentos silenciosos com [Nome] eram bons. Como alguém podia se encaixar tão bem com ele? 

Não... Isso não estava nos planos. 

Sae Itoshi não pode se apaixonar.

Os dois caminharam até chegar a um parque. O lugar estava iluminado por luzes suaves, criando um ambiente acolhedor e íntimo, o que parecia deixar o coração de Sae ainda mais apertado. Enquanto caminhavam lado a lado, Sae sentia uma sensação estranha, uma mistura de conforto e inquietação. Estar com [Nome] era como uma montanha-russa de emoções. Por um lado, ele apreciava a companhia dela mais do que gostaria de admitir. Por outro, uma parte dele ainda insistia que isso era apenas parte de um plano maior. Mas cada vez mais, essa parte parecia estar perdendo força. Ele queria acreditar que estava no controle, que tudo era calculado, mas então [Nome] ria, e Sae sentia o mundo ao seu redor desmoronar. No fundo, Sae sabia a verdade.

Sua mente podia estar confusa, mas o seu coração sabia o que queria.

— Você parece pensativo hoje, Sae — comentou [Nome], interrompendo os devaneios do garoto. Havia algo de cativante em sua voz, algo que sempre o trazia de volta para a realidade.

— Só estava pensando em como o tempo passou rápido — ele respondeu, dando-lhe um sorriso discreto. 

"E em como você mexe comigo de um jeito que eu não consigo explicar", completou mentalmente, mas essa parte ele guardou para si.

Eles chegaram a um pequeno lago, onde a luz das estrelas refletia na água, criando uma cena quase mágica. Sae não resistiu e pegou a mão de [Nome], sentindo a suavidade de sua pele contra a dele. O simples toque parecia acender uma chama dentro dele, uma que ele não sabia como apagar – ou se queria apagar.

— Esse lugar é incrível — [Nome] disse, olhando ao redor com olhos brilhantes. — Obrigada por me trazer aqui, Sae.

— Eu só quero te ver feliz — Sae murmurou, mais para si mesmo do que para ela. Quando percebeu o que havia dito, sentiu uma onda de pânico interno. Ele não planejou dizer isso, mas de alguma forma, parecia a coisa mais natural do mundo.

[Nome] olhou para ele, surpresa com a sinceridade em suas palavras. Seu coração acelerou, e ela sentiu uma pontada de felicidade. Havia algo em Sae que a atraía, algo além do óbvio charme e da beleza estonteante. Ele era enigmático, complexo, e isso a deixava ainda mais intrigada. Ela queria desvendar cada camada, queria conhecê-lo por completo.

— Eu estou feliz, de verdade — ela respondeu, apertando a mão dele com mais força. — E você tem muito a ver com isso.

Sae sentiu o coração disparar com essas palavras, uma reação que ele não conseguia controlar. Estava ficando cada vez mais difícil distinguir entre o que fazia parte do plano e o que era genuíno. Ele não queria admitir para si mesmo, mas a verdade era clara: ele estava se apaixonando por [Nome], e isso o assustava. Como ele, Sae Itoshi, poderia estar se apaixonando? Ele, que sempre foi tão racional, tão controlado? Mas quando ele olhava para [Nome], tudo isso parecia perder o sentido. A lógica não importava mais.

A noite prosseguiu com conversas leves, risadas e trocas de olhares. [Nome] estava encantada com a gentileza de Sae, com a forma como ele a fazia sentir especial. Cada gesto, cada palavra parecia carregada de um significado que ela não conseguia explicar. Era como se ele estivesse se abrindo para ela de uma maneira que não fazia com mais ninguém, e isso a fazia sentir-se única.

Quando chegaram a um banco à beira do lago, Sae parou, olhando para o reflexo das estrelas na água. Ele sabia que aquele era o momento. Não planejou, não havia estratégia, mas a verdade era que ele simplesmente não podia mais segurar o que estava sentindo. Lentamente, ele se virou para [Nome], que o observava com uma expectativa silenciosa.

— [Nome], eu... — Sae começou, mas as palavras pareciam fugir dele. Como alguém tão bom com palavras podia estar lutando tanto para expressar seus sentimentos? Ele fechou os olhos por um momento, tentando encontrar coragem. Quando os abriu novamente, encontrou os olhos de [Nome], cheios de algo que ele não conseguia decifrar. Mas ele sabia que estava no caminho certo.

Sem pensar duas vezes, Sae se inclinou e, com uma suavidade que ele não sabia que possuía, seus lábios tocaram os de [Nome]. Foi um beijo leve, hesitante, mas cheio de emoção. Ele sentiu como se uma corrente elétrica passasse por todo o seu corpo, como se aquele simples gesto tivesse o poder de mudar tudo.

[Nome] ficou surpresa no início, mas rapidamente se rendeu ao beijo, fechando os olhos e se deixando levar. Havia algo tão puro e verdadeiro naquele momento que ela quase não conseguia acreditar que estava acontecendo. O mundo ao redor deles parecia desaparecer, deixando apenas os dois, conectados por algo mais profundo do que palavras poderiam expressar.

Quando finalmente se afastaram, Sae percebeu que estava sem fôlego. Ele olhou para [Nome], que ainda estava com os olhos fechados, como se estivesse tentando prolongar o momento. Quando ela finalmente abriu os olhos, havia uma suavidade neles que fez o coração de Sae pular uma batida.

— Isso... — [Nome] começou, tentando encontrar as palavras. — Isso foi perfeito.

Sae sorriu, um sorriso genuíno, sem a máscara que costumava usar. Pela primeira vez em muito tempo, ele se sentia vulnerável, mas ao mesmo tempo, essa vulnerabilidade era libertadora.

— Eu não sei o que estamos construindo aqui, [Nome] — ele confessou, ainda segurando a mão dela. — Mas eu quero descobrir, se você também quiser.

[Nome] sorriu, um sorriso que iluminou a noite. 

— Eu quero, Sae. Mais do que qualquer coisa.

Sae apertou a mão dela com mais força, como se estivesse prometendo a si mesmo que faria de tudo para mantê-la por perto. Ao mesmo tempo, no fundo de sua mente, um pensamento persistia: [Nome] era dele, e ele faria o que fosse necessário para garantir que continuasse assim. Mas naquele momento, ele permitiu que o lado mais suave de seus sentimentos tomasse conta. Afinal, ele não podia negar que estava se apaixonando – por mais assustador que isso fosse.

E enquanto os dois caminhavam de volta, lado a lado, havia uma nova energia entre eles, algo que transcendia a simples atração física. Era o início de algo real, algo que nenhum dos dois podia ignorar.

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