𝙿𝚘𝚜𝚜𝚎𝚜𝚜𝚊𝚘 𝚒𝚗𝚎𝚟𝚒𝚝𝚊𝚟𝚎𝚕 - 𝚂𝚊𝚎 𝙸𝚝𝚘𝚜𝚑𝚒 𝚡 𝙻𝚎𝚒𝚝𝚘𝚛𝚊

╔ 𝐂𝐚𝐩𝐢𝐭𝐮𝐥𝐨 𝟏𝟔

"𝙴𝚞 𝚗𝚊𝚘 𝚜𝚎𝚒 𝚘 𝚚𝚞𝚎 𝚏𝚊𝚛𝚒𝚊 𝚜𝚎𝚖 𝚟𝚘𝚌𝚎"

⫘⫘⫘⫘⫘⫘⫘⫘⫘

O dia estava nublado, e a atmosfera na faculdade parecia carregada para [Nome]. Sussurros e olhares furtivos se tornaram parte de sua rotina, tornando cada dia um desafio emocional. 

"Eu ouvi dizer que Shidou andou tentando se aproximar dela..."

"Dizem que ele não desistiu e está fazendo de tudo para se reaproximar dela."

"Você não acha estranho como ela sempre parece estar envolvida em algo?"

"Ela não deve ser uma boa pessoa"

Esses murmúrios ecoavam em sua mente, transformando seu desconforto em uma constante sensação de aflição.

Seus passos eram hesitantes quando caminhava pelos corredores da faculdade, o peso dos boatos e a sensação de ser observada por olhos invisíveis a deixavam cada vez mais nervosa. A paranoia não era apenas um sentimento passageiro; era um estado constante que a consumia, especialmente depois do quase-sequestro. Seus pensamentos se embaralhavam e a sensação de estar sempre sendo observada a fazia sentir-se como se estivesse sendo encurralada.

Para lidar com a crescente ansiedade, [Nome] se refugiava em um canto da biblioteca, onde passava horas pintando. A pintura era seu escape, uma maneira de externalizar o que sentia e tentar encontrar alguma paz. No entanto, os tremores nas suas mãos e a dificuldade em concentrar-se se tornavam mais evidentes a cada dia.

Era uma tarde particularmente difícil quando Sae enviou uma mensagem: 

"Você parece cansada. Que tal sairmos um pouco? Quero te mostrar um lugar onde você pode relaxar." 

Ele sabia que ela estava lutando, e acreditava que um pouco de tempo fora do ambiente familiar poderia ajudá-la.

Ao encontrar-se com Sae, [Nome] estava visivelmente mais pálida e nervosa. Seus olhos exploravam os arredores com desconfiança, e sua postura tensa não passava despercebida para Sae.

— Eu só... Não sei se deveria ter vindo, — [Nome] admitiu, com a voz trêmula. — Ainda me sinto... observada.

Sae tomou a mão dela com uma gentileza reconfortante. 

— Confie em mim, [Nome]. Eu estou aqui para você. Vamos apenas relaxar e esquecer tudo por um tempo.

O café que Sae escolheu era um refúgio acolhedor. A iluminação suave e o som tranquilo da música do ambiente proporcionavam uma sensação de calma. Sae fez com que [Nome] se sentasse em uma mesa no canto, longe da agitação. Ele se sentou à sua frente, observando atentamente.

Enquanto conversavam, Sae fez o possível para distrair [Nome] com histórias engraçadas e lembranças divertidas. Ele queria ver um sorriso no rosto dela, mas notava que ela ainda estava visivelmente tensa.