╔𝐂𝐚𝐩𝐢𝐭𝐮𝐥𝐨 𝟓

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"𝙴𝚞 𝚗𝚞𝚗𝚌𝚊 𝚖𝚎 𝚍𝚎𝚒𝚡𝚊𝚛𝚒𝚊 𝚎𝚗𝚐𝚊𝚗𝚊𝚛 𝚙𝚘𝚛 𝚊𝚕𝚐𝚘 𝚝ã𝚘 𝚝𝚛𝚒𝚟𝚒𝚊𝚕 𝚚𝚞𝚊𝚗𝚝𝚘 𝚜𝚎𝚗𝚝𝚒𝚖𝚎𝚗𝚝𝚘𝚜."

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Shidou Ryusei olhava para Sae Itoshi com uma mistura de incredulidade e frustração. Era a segunda vez seguida que Sae desmarcava com ele para sair com uma garota misteriosa, uma atitude que Shidou jamais esperaria do amigo. Eles sempre tiveram uma conexão intensa e competitiva, uma aliança onde a vitória e a adrenalina eram tudo que importava. Mas agora, essa garota parecia estar lentamente tirando Sae de sua órbita.

Shidou, por sua vez, não era tolo. Desde o início, havia descoberto o "plano" de Sae. Sabia que o Itoshi mais velho não estava realmente interessado em romance, mas sim em manipular a garota para seus próprios fins. Pelo menos, era isso que Sae queria que ele acreditasse. No entanto, Shidou não podia evitar sentir um leve ciúme ao ver seu amigo recusá-lo repetidamente em favor daquela desconhecida.

Você realmente vai me deixar de lado por causa dela? Shidou finalmente explodiu, sua voz carregada de irritação. Estavam no vestiário após um treino, e Sae já estava de saída, pronto para mais um "encontro" com [Nome].

Sae parou, sem se virar, sua expressão impassível. 

É só parte do plano, Shidou. Não tem por que você ficar irritado. Sua voz era fria, sem emoção, mas Shidou conhecia Sae o suficiente para perceber a leve hesitação.

Parte do plano? Shidou riu, um som seco e cínico. Você está repetindo isso para se convencer ou para me convencer? Porque, honestamente, isso não soa nada convincente.

Finalmente, Sae se virou, seu olhar perfurando Shidou com a mesma frieza que exibia em campo. 

Não se meta, Ryusei. Eu sei o que estou fazendo.

Shidou cruzou os braços, sua postura desafiadora. 

Será mesmo? Porque, sinceramente, não parece. Seus olhos se estreitaram enquanto ele analisava o amigo. Você está indo longe demais, Sae. Isso não é só um plano. Não vê que está começando a ficar obcecado? Você está perdendo o controle.

Controle? Sae repetiu, com um sorriso irônico que não alcançou seus olhos. Eu nunca perco o controle, Shidou. Eu só faço o que é necessário para vencer.

E ela? É só um meio para um fim? Shidou insistiu, sua voz baixando um tom, tornando-se quase um sussurro. Porque, pelo que estou vendo, você está começando a acreditar nessa sua própria mentira.

Sae não respondeu de imediato. Em vez disso, pegou seu casaco e se dirigiu à porta, parando por um momento para lançar um último olhar para Shidou.

Eu nunca me deixaria enganar por algo tão trivial quanto sentimentos. Ele disse finalmente, antes de sair, deixando Shidou sozinho com seus pensamentos.

Enquanto Sae se dirigia ao encontro, seu coração batia mais rápido do que o normal, uma sensação que ele odiava admitir. Estava esperando [Nome] na frente da casa dela, algo que havia se oferecido para fazer. Não admitiria, mas sua mente estava tomada por pensamentos conflitantes, e sua barriga parecia dar voltas e voltas, algo completamente novo para ele.

"Será que comi algo estragado?", ele se perguntou, tentando racionalizar o desconforto. Mas, não importa o quanto tentasse se enganar, no fundo, ele sabia a verdade. Estava nervoso para ver [Nome].

Quando a porta da casa dela se abriu e [Nome] apareceu, Sae sentiu seu coração disparar. Ela estava vestida com roupas casuais, mas para ele, parecia a mulher mais linda que já havia visto. Seus olhos se arregalaram sutilmente, e um sorriso quase imperceptível surgiu em seus lábios. Sae se perguntava como uma pedra tão preciosa havia passado despercebida por ele por tanto tempo. Como não a conheceu antes? Mas então, uma voz interior o puxou de volta para a realidade. "Foco, Itoshi. Isso faz parte do plano."

Desculpa, espero não ter te deixado esperando. [Nome] disse, sua voz suave chamando a atenção de Sae de volta ao presente.

Ele hesitou por um segundo antes de finalmente conseguir responder, sua voz saindo um pouco mais baixa do que o normal. 

Você... está muito linda.

O quão patético Sae se sentia por dizer aquilo? Ele jogava contra pessoas infinitamente maiores e mais fortes que ele, e nunca sentia medo. Mas ali, na frente de [Nome], sentia-se pequeno, quase vulnerável, como uma criança. "Ridículo", ele pensou consigo mesmo, mas não conseguiu evitar o nervosismo que o dominava.

Desculpe, vamos? Trouxe café para você. Eu mesmo que fiz. Sae disse, oferecendo-lhe um copo, sua mão ligeiramente trêmula. Ele odiava o quanto aquilo parecia fora de controle.

"A melhor forma de fazer alguém participar de uma mentira é não deixá-la saber que é uma mentira," Sae lembrou a si mesmo. Ele precisava fazer [Nome] se apaixonar por ele de verdade. Cada passo que dava era calculado, cada movimento era parte de uma estratégia maior, destinada a prender [Nome] em sua teia.

Sae sempre foi incrivelmente estratégico e frio, nunca hesitando em passar por cima das pessoas para conseguir o que queria. E agora, ele estava aplicando toda essa habilidade para manipular [Nome]. Ele havia feito pesquisas detalhadas sobre como criar uma dependência emocional. Descobriu que o café poderia ser uma ferramenta poderosa. Se uma pessoa bebe café regularmente e de repente troca para descafeinado, o cérebro passa por um processo semelhante ao da abstinência química. A ideia de Sae era simples, mas cruel: ele faria [Nome] beber café sempre que estivessem juntos. Mas quando estivessem separados, ele encontraria uma maneira de fazer com que ela bebesse descafeinado, sem que ela soubesse. Assim, seu cérebro começaria a associar a sensação de abstinência a Sae, criando uma dependência sutil, mas profunda.

Enquanto caminhavam para o carro, Sae observou [Nome] tomar um gole do café que ele havia preparado. Um sorriso satisfeito surgiu nos lábios dela.

Uau, Sae! Isso está ótimo! Ela disse, olhando para ele com admiração.

Sae sorriu de volta, um sorriso que, para qualquer um, pareceria genuíno. Mas dentro de si, ele se sentia dividido. Ele estava jogando um jogo perigoso, e embora estivesse confiante em sua habilidade de vencer, uma parte dele começava a questionar o preço dessa vitória.

Conforme o carro se afastava da casa de [Nome], Sae sentiu o ar entre eles se encher de uma tensão invisível, um fio que ele estava prestes a cortar. Ele sabia que, com o tempo, [Nome] começaria a depender dele, sem sequer entender o porquê. Ela não sabia que cada palavra, cada gesto, cada gole daquele café, eram parte de um plano meticulosamente arquitetado para fazê-la sua.

"Eu nunca perco o controle," Sae repetiu para si mesmo, mas, pela primeira vez, ele não tinha certeza se acreditava nisso.

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𝙿𝚘𝚜𝚜𝚎𝚜𝚜𝚊𝚘 𝚒𝚗𝚎𝚟𝚒𝚝𝚊𝚟𝚎𝚕 - 𝚂𝚊𝚎 𝙸𝚝𝚘𝚜𝚑𝚒 𝚡 𝙻𝚎𝚒𝚝𝚘𝚛𝚊Onde histórias criam vida. Descubra agora