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Estávamos todos na sala conversando e rindo muito como se já fossemos antigos amigos mas de vez em quando eu sentia um certo olhar para mim , era Samuel e lógico que eu retribuía .

- Mas então , como você caiu? - Perguntou Sérgio olhando para mim.

- Cara , eu nem sei , quando me dei conta já estava vendo teto preto e chão, teto preto e chão , porque quando a gente erra qualquer coisinha no movimento, já sabemos que vai ser teto e chão , então acaba que nem percebemos mais nada a não ser o chão . - Digo dando uma risadinha.

- Entendi , cuidado hein pitchulinha, imagina se machuca esse olho , vai ficar trocando olhares com o tucano como? - Diz Sérgio rindo e provocando a menor ( já estavam íntimos ) .

- Ih ala , achei que só eu tinha percebido, nareba ficou no mundo da lua desde de que você chegou pitchulinha - Diz Bento colocando mais fogo na fogueira .

Nesse momento Samuel não sabia que matava o seu irmão e o japonês ou ficava feliz pelo fato de Luna também ter retribuído os olhares .

- Vocês são umas pragas - Digo jogando uma almofada em cada um enquanto o resto tava risada .

- Pera ai , rolou troca de olhares mesmo? - Diz João olhando para o Samuel
- Espia viu - Diz ele voltando a conversar com Susu .

- Então quer dizer que a senhora gosta das músicas desses bobões ? - Perguntou Paula .

- Exatamente minha senhora, não conheço todas ainda , mas escuto bastante . - Digo sorrindo  .

- Ótimo , mais uma para bagunçar com nós - Diz Dinho com uma cara de quem estivesse pesando em uma vigarice .

- Deus é mais , se ela sozinha já bagunça essa casa toda , imagine com mais cinco - Diz João olhando para susu - Amor , eu vou ficar louco !!!

- Pera ai , a gente vai voltar para cá ? - Júlio diz sorrindo já .

- Claro uai, sempre que quiserem - Diz o João .

- Mas só entram se trouxerem as meninas - Digo me sentando perto delas .

- Bom galerinha , já está tarde , vamos ?  - Diz seu Ito olhando o horário e entrando na sala .

- Já? - digo olhando para ele e para tia nena ( ela disse que eu poderia chamar ela assim ) .

- Infelizmente, nós moramos longe Lulis , mas prometemos que voltamos  - Diz tia nena sorrindo para mim .

Narrador : Foram poucas horas de convívio mas dona nena gostou muito da família, principalmente Lulis , diz ela que a menina tem o mesmo brilho no olhar que seus filhos .

- É pitchulinha, qualquer oportunidade de voltar nesse castelo a gente volta - Diz Dinho sorrindo e se despedindo da família Cavalcante .

Todos estavam se despedindo, eu abracei todos , afinal eles agora eram parte da família e deveria se sentir como parte dela , todos já estavam saindo , faltando somente os irmãos reolis .

- Tchau Pocoyo ,  se cuida viu , mais tarde eu lhe ligo - Diz susu me abraçando .

- Você está andando muito com o João, cruzes - Digo rindo e abraçando ela também .

- Sorte dela é que tem eu e não fica contigo o dia todo , imagina duas Lulis , o mundo entra em apocalipse -  Diz o João perturbando ela .

- Sorte? sorte é achar dinheiro na rua , tu é karma garoto - Digo entrando na onda e vendo ele abraçar Sueli e me fazendo careta , tirando risadas dos outros dois reolis .

- Tchau pitchulinha , prazer , obrigado viu - Diz Sérgio me dando um abraço normal .

- Nada , eu que lhe agradeço - Ele me encara confuso - Obrigada por dar uma chance a minha família depois de tudo que aconteceu , por aceitar meu irmão na sua família agora e pode deixar que a susu tá segura com a gente também - Digo olhando para ele que parecia estar bem feliz  com o que eu acabei de falar .

- Você só esqueceu um detalhe , você também faz parte da família agora - Dessa vez eu quem o encaro confuso - Pelo o que eu soube você sempre protegeu a Sueli , sem ao menos querer nada em troca , sempre cuidou dela aqui nessa casa e é isso que família faz , então , bem vida a família reoli pitchulinha - Diz ele sorrindo e me abraçando como se fosse sua irmã mais nova que tivesse chegado do parquinho .

- Bom , vem falar com a menina nareba , essa aqui não morde não - Diz Sérgio descendo as escadas e indo até Cláudia .

- Eu ainda mato o Sérgio - Diz Samuel parando em minha frente - Tchau pitchulinha, obrigada viu e foi um prazer lhe conhecer - Diz ele me abraçando , que logo o abraço novamente, mas algo estranho aconteceu , eu me senti segura naquele toque e isso não pode acontecer , porque viro vulnerável .

- De nada e volte sempre que quiser viu - Digo me separando dele .

- Posso lhe contar uma coisa que eu não lhe falei lá dentro ? - Diz ainda na minha frente e colocando as mãos na minha cintura .

- C - Claro - Digo tentando não demonstrar que fiquei nervosa com o ato .

Nesse momento o rosto dele já estava muito perto do meu , minhas mãos estavam apoiadas no seu peito e de repente ele puxou meu queixo e falou baixinho no meu ouvido .

- Você é a garota mais linda que eu já vi - Acabou que pela pouca distância deles , a voz dele saiu mais grossa ainda .

- Dou um sorrindo como resposta , não consigiria falar nada nem que eu quisesse muito , tenho certeza que só não caí porque ele está segurando minha cintura.

Acabou que nossos rostos de afastaram um pouco e começamos a trocar olhares novamente, era como nossos olhos precisassem se encontram, em nenhum momento ele tirou as mãos da minha cintura e por incrível que pareça, tudo tinha se calado novamente, mas claro que o palhaça do meu irmão apareceu bem nessa hora .

- QUE ISSO NAREBA ? - Diz João correndo em nossa direção .

- Corre - Digo para Samuel que solta minha cintura e já ia descer as escadas correndo mas voltou e me deu um beijo na testa .

- Até linda - Disse ele gritando e descendo as escadas correndo e eu fiquei rindo .

Até meu irmão e Sueli pararem do meu lado e eu entrar em casa novamente correndo , entro para meu quarto e só conseguia pensar em um coisa , ou melhor , alguém .

- Samuel reoli , você mexeu certinho comigo .

O impossível mais possívelOnde histórias criam vida. Descubra agora