Com o coração e a mente corrompidos, S/n Stark se vê perdida em meio a uma nova descoberta, após perder os amigos que tinha e com medo de fazer novos amigos, ela tenta descobrir sozinha como lidar com as mudanças em seu corpo, como ela vai lidar com...
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| S/N WILLA STARK
Eu não estava entendendo nada e isso estava me deixando nervosa, minha cabeça estava uma bagunça sem fim, já estava sentindo-a doer e queimar, estava literalmente queimando, meus neurônios estavam trabalhando em algo sem necessidade alguma, porque isso me incomodava tanto? Não deveria me incomodar assim. Idai... meu pai chegou de viagem e passou na casa do Peter... e deu carona para ele até a escola, talvez ele tivesse descoberto que havia algo de errado com o garoto e que ele não ia a aula a uma semana, é deve ser isso. E daí que ele nunca me trouxe à escola?
Por algum motivo, eu senti a necessidade de me esquivar da entrada principal para poder entrar pelos fundos, por algum motivo não tinha a mínima vontade de encarar ninguém, adentrei a escola e fui direto para a biblioteca, minha mente parecia gritar. Sabe quando você está em uma sala cheia de pessoas falando ao mesmo tempo? Essa era a sensação que eu tinha, era como se estivessem todos gritando no meu ouvido. Senti uma mão tocar o meu ombro e me assustei, olhei para o lado vendo a senhorita Rose.
— Menina Stark, se sente bem? - ela me questionou com preocupação, dou a ela o meu melhor sorriso naquele momento antes de assentir.
— Sim senhorita Rose, eu me sinto bem - afirmei mesmo que aquela não fosse a verdade, vamos falar sério, ninguém quer realmente saber como estamos, eles apenas perguntam por preocupação.
Caminhei para os fundos da biblioteca e me sentei entre duas prateleiras, ali era calmo e ninguém nunca me encontraria, era onde ficavam os livros didáticos, muitos deles de séculos atrás, alguns deles nem servem mais por terem sido desmentidos pela ciência, ou apenas por estarem velhos ao ponto de não conter as novas normas. Me sentei ali e peguei o meu Tablet, havia uma pulguinha atrás da minha orelha e minha mente não sossegaria até que eu tivesse minhas dúvidas saciadas.
Para começar, vamos cometer um leve delito, invasão de privacidade tecnológica, eu invadir as câmeras do jatinho do meu pai, eu sabia o código de sua matriz, então o resto ficou fácil de se fazer. Olhei meu relógio vendo que ainda faltavam quinze minutos para o início das aulas, comecei a digitar mais rápido e finalmente tive acesso às câmeras.
— Você não pode me privar da verdade, Anthony. Eu não sou tão estúpida quanto pensa - falei enquanto digitava a data em que meu pai havia viajado na semana passada, as câmeras sempre estavam ligadas, então haviam horas de gravações, mas eu avancei as imagens para próximo a hora em que ele viajou. Vi Happy entrar no jatinho e se virar para ajudar o meu pai a entrar, meu pai olhou para todo o jatinho como se o inspecionase e então sorriu antes de olhar para a porta, por onde Peter entrava de forma tímida.
Os músculos do meu rosto relaxam de forma tão instantânea que realmente me assustou, a forma e a velocidade com qual eu parei de demonstrar emoções naquele momento era surreal, de repente parecia haver algo dentro de mim querendo fugir, e isso estava me deixando irritada e impaciente, respirei fundo sentindo meu corpo queimar de raiva, mas eu não poderia sair por aí descontando minha raiva em qualquer pessoa...
