AVISO: Neste capítulo contem tentativa de abuso sexual
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— Pandemônio? Disse que não era nada do demônio, Abigail!
— Não seja tão puritana, Lírio — ela bufa e entrelaça nossos braços antes de me arrastar até a fila da entrada do prédio de tijolos escuros e neons — Boates assim curtem nomes chamativos como esse, mas não costumam ser diferentes de qualquer outra. Apenas bebida, pegação e muita dança, na maioria das vezes.
Enrugo meu rosto:
— Não conheço nenhuma, não tenho como comparar.
— Sorte sua eu estou aqui. Vou desvirginar você, minha amiga — ela estreita seus olhos felinos e bufa uma risada para a minha expressão pálida — Não se preocupe, vou estar grudada em você todo o tempo. Quando a noite acabar vai estar ansiosa para fugir de casa de novo.
Prefiro acreditar em Abigail, ela é acostumada a frequentar lugares assim desde saiu da casa dos pais aos 16 anos.
Ela me contou que não foi uma decisão fácil, mas também estava ansiosa pela independência, e quando conseguiu um emprego de garçonete em uma lanchonete de bairro e teve em mãos seu primeiro pagamento, viu daquela a oportunidade para começar a procurar apartamentos baratos.
"— Não é tão ruim, pelo menos não tenho que compartilhar o banheiro com ninguém, e posso sair de noite sempre que quiser. Minha mãe vivia pegando no meu pé"
Abigail ainda acompanha sua mãe para a igreja nos finais de semana, uma condição que sua mãe impôs, ela nunca foi tão rígida, não como meu pai, mas sempre demonstrou o quanto ama Abigail, diferente de Augustus de Sideris.
Abigail sempre foi rebelde, sempre com muita atitude, corajosa e cabeça quente, um completo oposto de mim, que para ganhar a aprovação de meu pai, me forço a moldar quem sou para algo que ele gostaria que eu fosse, mas o que ganho com isso além de desaprovação, desgosto e repúdio?
Porque não posso ser um pouquinho como Abigail, pra variar? Só uma vez, antes de voltar a realidade.
A música está alta mesmo do lado de fora, as paredes do prédio parecem vibrar. As luzes vermelhas são intensas e todas aquelas pessoas gritando, falando e se agarrando nas esquinas fazem minha pele arrepiar.
Me sinto uma criancinha idiota no mundo dos jovens rebeldes.
— A bonitinha aqui tem quantos anos?
Uma voz rouca resmunga e vejo um homem enorme de preto parado em frente a nós. Com certeza o segurança do lugar.
— Ela é maior de idade, Lukas. Lírio, me dá sua identidade.
Me apresso em puxar o documento da bolsa e entrego a ela. Abigail exibe para o segurança, segurando o papel com a ponta de suas unhas cumpridas e pretas. O homem gigante bufa e gesticula com a cabeça em direção à porta.
— Porque ele não pediu a sua identidade também? — questiono enquanto deixo Abigail entrelaçar nossos braços e me arrastar pela porta em direção as luzes e a música.
— Não é a minha primeira vez aqui, e Lukas é meu vizinho, sabe muito bem que não sou menor de idade.
Ela chacoalha as sobrancelhas, não sou ingênua o suficiente para não saber o que ela quer dizer com isso.
Enquanto entramos um homem com cheiro de álcool e com os cabelos molhados se aproxima e dá uma fungada em meu pescoço. É tão abrupto que dou um grito quando sinto seu nariz gelado tocar minha pele quente.
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𝐎𝐑𝐅𝐄𝐔 - 𝐃𝐀𝐑𝐊 𝐑𝐎𝐌𝐀𝐍𝐂𝐄 +𝟏𝟖
Romance"𝐕𝐨𝐮 𝐚𝐫𝐫𝐚𝐧𝐜𝐚𝐫 𝐚 𝐥í𝐧𝐠𝐮𝐚 𝐝𝐞𝐥𝐞𝐬 𝐩𝐨𝐫𝐪𝐮𝐞 𝐟𝐢𝐳𝐞𝐫𝐚𝐦 𝐯𝐨𝐜ê 𝐜𝐡𝐨𝐫𝐚𝐫, 𝐯𝐨𝐮 𝐚𝐫𝐫𝐚𝐧𝐜𝐚𝐫 𝐨𝐬 𝐝𝐞𝐝𝐨𝐬 𝐝𝐞𝐥𝐞𝐬 𝐩𝐨𝐫𝐪𝐮𝐞 𝐭𝐨𝐜𝐚𝐫𝐚𝐦 𝐞𝐦 𝐯𝐨𝐜ê, 𝐞𝐧𝐭ã𝐨 𝐯𝐨𝐮 𝐚𝐫𝐫𝐚𝐧𝐜𝐚𝐫 𝐬𝐞𝐮𝐬 𝐜𝐨𝐫𝐚çõ𝐞...