𝟶𝟻

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Um toque quente em minha pele nua e meu corpo arrepia. Meu âmago estremece e reprimo um som carente.

Estou sonhando, um sonho muito intenso, mas apenas um sonho.

Sinto o delicado arrastar de dedos compridos e calejados pela extensão de minha barriga, descendo até o cós de minha calcinha, e desenhando os padrões da renda frágil.

Mãos grandes agarram meus quadris, me puxam para baixo, os lençóis de seda se arrastam por minhas costas, e seguro punhados do cobertor macio com meus pulsos firmes.

Sinto calor quando um corpo maior que o meu se inclina em minha direção, é quente como fogo vivo, me faz suar, me faz querer, e me força a me arrepender, mas não quero.

Meus olhos estão fechados, não consigo abri-los.

Estou vendada?

Deveria estar com medo.

Sinto um sopro cálido em meu pescoço, e então um toque macio de lábios na carne frágil.

Um beijo íntimo... íntimo demais.

Estremeço, meu coração tropeça no peito, meu corpo queima.

As mãos, antes relaxadas em meus quadris, ganham vida, e logo sinto minha calcinha escorregar por minhas pernas num puxão ágil que me tira o fôlego.

O ar da noite toca minhas partes mais íntimas, é quase como uma carícia, e naturalmente já me vi nua antes, encarei meu corpo no espelho, observei cada curva, cada parte mais ínfima de mim, mas era apenas eu.

Meu rosto cora com a perspectiva de estar totalmente sem roupa diante de alguém... de um homem, posso dizer com certeza. Alguém que pode ver algo que nenhum outro homem viu antes, alguém que pode tocar partes que nenhum outro homem já tocou.

Pele contra pele.

Mesmo que seja apenas um sonho, e que esse homem não seja real. Nada disso seja real.

Sinto minhas pernas serem erguida pela parte de trás de meu joelho, e então mãos estão apalpando minhas coxas, acariciando e traçando como se minha pele fosse uma obra de arte.

O corpo forte e firme se encaixa no espaço entre minhas pernas abertas, algo firme roça em minha vagina sensível, se arrasta e desliza. Mordo o lábio com força, não conseguindo conter um gemido vergonhoso.

Me sinto tão quente... me sinto molhada. Me sinto necessitada, de uma forma que nunca me senti.

Meu rosto queima em constrangimento ao mesmo tempo que quero que esse momento não acabe nunca. Quero sentir aquelas mãos em mim, me tocando, me acariciando, me fazendo estremecer, me fazendo sentir.

— O que você quer? — uma voz rouca questiona.

Lambo os lábios e sussurro:

— Você.

Escuto um bufo, um sorriso, posso dizer. Não é zombeteiro, parece cativado.

— O que quer?

— Você... V-Você — choramingo ao sentir algo grande, grosso e comprido esfregar minha vagina. Arqueio as costas, engasgo as palavras mais uma vez — Você... Você em mim...

— Onde? — sussurra, incitando, provocando...

— Dentro de mim.

Sinto um sopro em meu rosto. Uma risada.

— Então implore — diz ele, agarrando a carne de minha coxa com uma mão, enquanto a outra segura meus pulsos juntos acima de minha cabeça — Implore para que eu faça você gemer, implore para que eu faça você gozar.

𝐎𝐑𝐅𝐄𝐔 - 𝐃𝐀𝐑𝐊 𝐑𝐎𝐌𝐀𝐍𝐂𝐄 +𝟏𝟖Onde histórias criam vida. Descubra agora