8| capitulo oito

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Às vezes as coisas em um certo momento das nossas vidas ficam estranhas e você nem espera por isso, ou imagina, e também nem sabe dizer o porquê de tudo ter mudado tão rapidamente, entretanto, acaba se adaptando ao novo, se adapta ao desconhecido e o que passou a ser o "estranho" na sua vida acaba se tornando o seu mais novo "normal".–  o que era o seu desconhecido acaba se tornando em algo que você gosta, o receio já não existe mais e você encara o que quer que seja que tiver que encarar, tornando-se expert em lidar com o que esteja por vir.– e isso parecia ser tão verdade, o estranho às vezes fazia parte das nossas vidas e estava tudo bem mas pra Marília, estranho mesmo era ver Henrique e tentar agir como se nada tivesse acontecido e ainda não ter se acostumado com isso.

Isso porque a loira ainda vinha tentando assimilar a gentileza inesperada da parte do empresário ao lhe mandar comida no dia em que ficou até tarde na gravadora trabalhando.– tudo isso após ela dizer a ele que as mulheres gostavam de ganhar coisas e ser surpreendidas por gestos desse tipo.– e era verdade, ela só não sabia que ele iria usar isso com ela mesma e pior, não sabia direito porque o mesmo tinha feito tal coisa.– se era por pena, peso na consciência, gentileza ou...se era por pura vontade mesmo.– não sabia se ele tinha feito isso só porque ela falou ou se foi porque ele quis.– o que seria pior e estava lhe matando de curiosidade pra saber porém, independente do motivo do barbudo, a mesma não podia não apreciar tal coisa. -- mesmo que agora esteja tendo que lidar com tudo agindo como se fosse a coisa mais normal do mundo seu chefe lhe mandar comida...

Marília sabia que Henrique era um conquistador mas se ele estava tentando a conquistar deveria mesmo parar pois isso não funcionaria, não com ela.– e ele sabia disso, afinal, não é de agora que eles se conhecem e por se conhecerem, sabia que Henrique não era do tipo de cara que ela deveria levar a sério não é?.– por esse motivo, apenas por esse, que ela estava seguindo tentando fingir que nada aconteceu mesmo sentindo uma vontade absurda de perguntar o porquê.

O que piorou quando Marília entrou na sua sala e viu dois copos de café em cima da mesa.– não podia ser pra ela não é? Geralmente era ela que levava esse tipo de coisas pra ele quando o mesmo assim pedia...

– oie, bom dia!.– Marília diz fechando a porta e se encaminhando em direção a ele.– me chamou?

– bom dia Mendonça, e sim, chamei.– Henrique responde a olhando e abrindo um pequeno sorriso. -- quer café? Acabei pegando dois copos antes de vir pra sala.– fala o barbudo e então aponta para um dos copo o que fez Marília olhar rapidamente para o objeto pequeno e que ela gostava tanto do líquido que estava dentro..

– desde quando você lembra de trazer café pra mim?.– ela pergunta desenhando um pequeno sorriso na tentativa de agir "normalmente" e pegando por fim o copo, ouvindo Henrique sorrir rapidamente

– digamos que é uma forma de agradecer pela sua ajuda.– ele fala e abre um sorriso grande.– mais uma vez suas dicas deram certo, eu conseguir encontrar o endereço de onde a Amanda trabalha e fiz o que você falou e minha querida, você não vai acreditar...

– que?.– a Mendonça pergunta ainda com um fantasma de sorriso e erguendo uma das sobrancelhas

– ela quem me chamou pra sair, sabia?.– Henrique fala de forma orgulhosa e Marília neste momento não sabia o que pensar direito, resolvendo sorrir mais uma vez. Dessa vez tinha sido bem rápido...

– uau. Por essa eu não esperava.– a loira diz e acaba negando brevemente.– eu te falei que estaria certa, como sempre.– afirma e sorrir de forma leve

– sim e é por isso que eu te trouxe café.– o Tavares fala e acaba rindo.– e acho que já sei como você pode me ajudar dessa vez.- assim que diz, o homem ergue uma das suas sobrancelhas e encarou a mulher em sua frente a vendo com seu olhar extremamente desconfiado, o que só fazia o moreno querer rir mais ainda

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