Era estranho ter que fingir que seu coração não saltava pela boca todas as vezes que via uma pessoa.– da última vez que Marília conseguiu se manter normal diante de seu chefe foi antes dele ter a brilhante ideia de a "chamar pra sair" com a finalidade dela ajudar ele no seu plano de conquista com a tal de Amanda.– tudo que tinha acontecido naquele dia parecia atormentar a loira a cada minuto que ela deixava sua guarda baixa e estava distraída dos seus afazeres.– a mesma sabia que tinha dito a Henrique que nada ficaria estranho entre os dois mas na verdade, o que tinha ficado estranho era todos os seus pensamentos voltados para ele e na possibilidade do e "se".
Se perguntava se Juliano não tivesse chegado naquela hora será que Henrique a beijaria mesmo naquele dia? E se ele a beijasse, será que ela iria retribuir? Ou pior, será que gostaria?.– todas essas perguntas estava deixando a secretária sem sossego, tinha ocorrido tudo tão bem antes daquele momento e ela sabia que deveria continuar assim só que era um pouco complicado continuar fingindo que não estava pensando nisso tendo que ver Henrique quase todo instante e ele aparentemente agindo como se nada tivesse realmente acontecido.– queria perguntar se ele iria fazer aquilo mesmo ou se foi só o calor do momento.– entretanto, sabia que o melhor a se fazer era continuar só ignorando.
Tinha conseguido, apesar de tudo, ter sua parte do "acordo" cumprido, as suas músicas iriam ser gravadas e ela receberia a autoria e não podia estar mais feliz com isso, deveria focar apenas nisso e no seu papel de "culpida/ conselherira/ secretaria" de Henrique.– tentando se convencer que jamais em hipótese alguma deve deixar sua guarda baixa perto dele mais uma vez.
Pelo que ela sabe, hoje seria o dia em que Henrique falou que levaria a Amanda pra o encontro deles e ela queria que desse certo pois assim ele pararia de pedir conselhos a ela e tudo poderia voltar ao "normal" novamente.– queria poder não ser tão transparente ao dizer tudo que ela gostaria que alguém fizesse pra ela, a ele...
E por isso, torcia pra que hoje fosse o último conselho que ela daria a ele.– com essa expectativa a Mendonça entrou no escritório do barbudo da forma que sempre entra, confiante e tentando ser o mais profissional possível..quer dizer, profissional da forma deles.
– oii, aqui estou.– Marília diz após entrar na sala e fechar a porta vendo o homem sentando em sua frente erguer a cabeça em sua direção e automaticamente sorrir pra ela
– oii, aí está você.– o empresário fala e cruza as mãos em cima da mesa, ainda com um sorriso de canto.– pode sentar se quiser...
– cê sabe que hoje é tudo ou nada não é?.– a loira indagou erguendo uma das sobrancelhas enquanto sentava e tentava segurar um sorriso também
– assim você não tá me ajudando muito, sabia? Não precisa me deixar sob pressão.– o mais alto afirma e isso faz a mulher rir arrastado com a expressão que ele fez e erguer levemente mais uma das sobrancelhas
– não é você o bonzão?.– provoca com leve ironia e é a vez de Henrique segurar um sorriso
– vou me sair bem, ok? Você vai ver. Depois te conto como foi a nossa noite e o pós noite também.– o empresário fala sorrindo sugestivo, o que faz Marília fazer expressão de nojo e ele sorri, já esperando algo do tipo...
– eu passo, obrigada.– responde e acaba negando enquanto ria mais um pouco.– mas então, cê já sabe o que fazer não é? Acho que não tem porque eu ainda está aqui...
– claro que tem, ainda não deu certo.– ele fala e franzi brevemente a testa.– e eu sei o que fazer mas é que...ainda parece não ser o suficiente.– diz de forma sincera e a olha de forma atenta, o que fez a Mendonça suspirar um pouco fundo e também lhe encarar atentamente...
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NAMORADOS POR CONTRATO
Fiksi PenggemarAté onde chegamos para ter aquilo que nunca imaginamos se tornar real?