Conquistas e Desafios

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Narrador

O sol parisiense já começava a se esconder quando Rebeca Andrade e suas amigas voltaram para a Vila Olímpica. Ainda eufóricas, as ginastas brasileiras estavam comemorando a conquista do bronze na final por equipes. Era uma vitória significativa, fruto de meses de treino e dedicação, e todas sabiam o valor daquele momento.

Rebeca

No quarto que compartilhava com Jade e Flavinha, Rebeca finalmente pôde se jogar na cama e respirar fundo. O alívio e a alegria da medalha estavam estampados no rosto de todas. Jade estava no celular, provavelmente respondendo as mensagens que chegavam aos montes depois da conquista. Já Flavinha, sempre elétrica, caminhava de um lado para o outro.

— Cara, que sensação incrível! — disse Flavinha, ainda sem conseguir ficar parada. — A gente arrasou!

Rebeca sorriu, ainda de olhos fechados. — Arrasamos, sim. Foi incrível. Mas tô morta.

Jade, que até então estava absorta no celular, entrou na conversa. — Eu só queria que esse cansaço desaparecesse amanhã. Temos a competição individual pra focar agora.

— Vamos ficar bem. Ainda temos uns dias até lá — disse Rebeca, sentando-se na cama. Ela sentia o peso do corpo após a competição intensa, mas o espírito de equipe a deixava animada.

Lorrane e Julia entraram no quarto em seguida, trazendo alguns snacks para celebrarem discretamente.

— Olha só quem trouxe os quitutes! — brincou Flavinha. — Do que adianta ter o corpo de ginasta se você vai engordar a gente com essas delícias?

— Ah, relaxa! A gente merece. Hoje foi um grande dia, e precisamos comemorar — disse Lorrane, jogando um pacote de batatas para Rebeca, que pegou no ar com uma risada.

— E qual vai ser o próximo passo? — perguntou Julia, acomodando-se na cama ao lado de Jade. — Vamos nos preparar pra arrasar na competição individual ou vamos curtir essa medalha mais um pouco?

— Competição, né, gata — respondeu Rebeca. — Sempre tem que manter o foco. Mas uma festinha não faz mal a ninguém... depois.

As garotas riram e passaram os próximos minutos discutindo os momentos do dia. Lorrane fazia piadas sobre o nervosismo pré-competição de cada uma, e Jade contava como quase se esqueceu de um detalhe da sua coreografia no solo. O clima entre elas era leve e descontraído, e aquilo ajudava a aliviar o peso da pressão.

— E vocês viram o jogo de vôlei? — perguntou Flavinha de repente, mudando o rumo da conversa.

— Ah, sim! As meninas jogaram bem demais — respondeu Lorrane. — Gabi e Thaisa destruíram! Acho que elas estão a caminho de mais uma medalha.

— Quem sabe a gente consegue assistir ao próximo jogo? — sugeriu Rebeca, lembrando-se de como havia admirado a energia das jogadoras em quadra no dia anterior.

— Seria legal, mas não sei se vai dar tempo, com toda a preparação pra nossa final — comentou Jade.

Apesar de todas as brincadeiras e da descontração, o foco delas continuava sendo o mesmo: a competição. Paris era a cidade dos sonhos, mas para Rebeca e suas amigas, naquele momento, o mais importante era continuar a trilhar o caminho do sucesso esportivo.

Gabi

Do outro lado da Vila Olímpica, Gabi Guimarães e o time de vôlei feminino também estavam comemorando. A vitória nas quartas de final contra a República Dominicana havia sido suada, mas trouxe alívio e confiança. Elas agora se preparavam para a semifinal, e o clima entre as jogadoras era de animação e foco.

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