Após um incidente que quase causa um desastre na escola anterior, Candy Brenton é enviada pelos pais para Evergreen Academy, um colégio interno rígido e imponente. Lá, ela é forçada a dividir o quarto com Astrid Deetz, uma garota peculiar que demons...
Olá pessoal! Me desculpem pela demora. Espero que gostem do capítulo, votem e comentem bastante. Adoro ler os comentários de vocês! Qualquer erro ortográfico me avisem e digam suas opiniões.
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O sol de outono pairava no céu, sua luz fraca mal penetrando o ar fresco que dominava o campus da Evergreen Academy. Candy estava sentada sozinha em uma mesa de madeira desgastada, posicionada em um canto mais afastado do campo. Ela folheava as páginas de um livro de história que, honestamente, mal lhe interessava. O vento suave brincava com as folhas ao seu redor, fazendo-as balançar em seus ramos e dançar pelo chão de terra batida. O silêncio em torno dela era quase uma bênção, já que as outras mesas mais próximas estavam ocupadas por alunos, todos envolvidos em conversas animadas. Brenton observava-os de soslaio, mas preferiu manter distância. Não queria interações.
Ela suspirou profundamente, seus olhos voltando com relutância para o livro diante dela. Não era fã de leitura, e o fato de que precisava entender o conteúdo para uma apresentação a irritava ainda mais. Cada frase parecia um obstáculo, cada página virada era um esforço descomunal. Ela mexia os ombros para aliviar a tensão, sentindo que estava ali à força, como se a leitura fosse uma espécie de tortura disfarçada de obrigação escolar.
A mesa onde estava sentada era áspera ao toque, com marcas de tempo e arranhões que indicavam os anos de uso por outros alunos. O campo à sua frente parecia vasto, com grama bem aparada e algumas árvores altas ao fundo. Era uma visão tranquila, o tipo de cenário que poderia inspirar outras pessoas a relaxar e se concentrar - mas não Candy. Ela queria mais do que isso. Queria ação, movimento. O tempo que passou trabalhando com Astrid na noite anterior tinha sido produtivo, avançaram bastante no projeto, mas agora o verdadeiro teste era decorar a apresentação. E Brenton odiava essa parte mais ainda.
Ela olhou novamente para o livro, as palavras pareciam pular nas páginas. A ideia de recitar informações sobre as mudanças sociais e econômicas da Revolução Industrial diante de uma turma inteira parecia tão sem vida quanto as folhas secas que caíam das árvores ao seu redor. Ela se recostou no banco, observando o céu e tentando não se perder em sua irritação.
No canto do olho, percebeu o movimento distante de alguns colegas de classe, rindo e falando alto nas mesas mais próximas. O som deles parecia amplificar o seu desejo de permanecer invisível, isolada. Era melhor assim. Candy não estava interessada em fazer parte daquele mundo. Era mais fácil estar sozinha e manter-se distante de toda a energia barulhenta dos outros alunos.
Ela ergueu o olhar, quase desejando que Deetz estivesse por perto - o que era estranho, pois, em outras circunstâncias, ela preferia evitar a colega de quarto. Mas havia algo na dinâmica delas que a fazia se sentir... desafiada. Como se, com Astrid, sempre houvesse uma troca interessante de provocações, algo para mantê-la alerta. Talvez, se Deetz estivesse ali, Candy não se sentiria tão entediada ou sufocada por aquele trabalho insuportável. Pelo menos, elas tinham adiantado muito na noite anterior, mas a parte de memorizar o conteúdo para a apresentação era um obstáculo que Brenton não conseguia superar sozinha. Ela voltou os olhos para o livro mais uma vez, encarando as palavras com uma expressão de desgosto evidente.
