18. Um dia diferente

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                                DEAN

Eu sabia que estava atrasado, mas, sinceramente, preferi aproveitar aquele momento com Maddy. Cada segundo ao lado dela parecia mais valioso, algo que não podia ser ignorado. Quando finalmente cheguei à lanchonete onde Sam estava me esperando, ele já estava de cara fechada. Eu sabia o sermão que estava por vir.

— Finalmente, hein? — Sam disse, sem tirar os olhos do notebook. — O que te segurou?

Eu me sentei à frente dele, tentando me justificar. Mas antes que eu pudesse dizer algo, ele lançou uma frase que me deixou desconfortável.

— Você sabe que Madison é diferente, né? Não pode brincar com os sentimentos dela. Nada tem sido fácil para ela ultimamente. — A voz de Sam era séria, e eu percebi o quanto ele estava certo.

— Eu sei, cara — suspirei. — Eu estou tentando ser uma pessoa melhor por ela. Não quero magoá-la. Só que... Cassie perdeu alguém da família e estava precisando de conforto. Mas isso não significa nada em relação a Maddy.

Sam me olhou por um momento, ponderando. Ele sabia que eu estava sendo sincero. Antes que pudesse responder, a garçonete apareceu do nada e começou a flertar descaradamente comigo. Eu até achei engraçado, mas vi o olhar de reprovação de Sam. Quando a mulher me deu um pedaço de papel com o número dela, Sam o arrancou da minha mão e o rasgou.

— Vai cortar isso aí — ele resmungou, e eu ri levemente da situação.

Entramos no Impala e seguimos para o necrotério. Precisávamos investigar um novo caso que envolvia mortes misteriosas com marcas profundas de arranhões no peito das vítimas. Era a quinta morte em duas semanas, e todas tinham sido atribuídas a "ataques de animais selvagens". No entanto, Sam e eu sabíamos que algo muito pior estava à espreita.

Quando chegamos, mostramos nossos distintivos e fomos levados diretamente ao corpo. Sam puxou o pano que o cobria, revelando cortes profundos, marcas que mais pareciam de unhas humanas, mas claramente não eram normais. Eu sabia o que aquilo significava. Depois de um tempo pesquisando, a resposta veio — lobisomem. Um maldito lobisomem. E a única maneira de matá-los era com balas de prata.

No meio da nossa investigação, recebi uma ligação de Bobby. Ele disse que Maddy havia ligado para ele em pânico, seguindo minhas instruções de procurá-lo em caso de emergência. Só que ele não quis entrar em detalhes. Algo estava errado, e teríamos que voltar o mais rápido possível.

                            MADISON

Depois que Dean saiu apressado para encontrar Sam, eu decidi me acalmar. Um banho relaxante parecia a única coisa que poderia me ajudar a esquecer o caos do mundo sobrenatural que agora fazia parte da minha vida. O vapor quente me envolvia, e, por um breve momento, me permiti relaxar.

Mas a paz não durou muito. Meu celular tocou insistentemente, e, ao pegar, vi o nome de Madelaine no visor. Minha irmã.

Atendi rapidamente, e o que ouvi fez meu coração parar.

— Maddy, temos problemas. Tem um homem aqui em casa. Eu estou escondida. Não venha até aqui, ele está atrás de vocês.

Aquela frase fez o ar sair dos meus pulmões. A minha irmã estava em perigo. Por minha culpa.

— Madelaine, fica calma, por favor. Não faz barulho. Eu vou buscar ajuda, tá? Já já estou aí — tentei soar firme, mas minha voz tremia.

Desesperada, liguei para Bobby. Dean havia dito que eu deveria procurá-lo se algo acontecesse, e agora era uma emergência. Bobby tentou me acalmar, mas tudo parecia fora de controle. O medo que senti ao imaginar minha irmã em perigo era insuportável.

Poucos minutos depois, meu celular tocou novamente. Dessa vez, era Madelaine de novo, mas sua voz tinha mudado completamente. Havia algo estranho nela.

— Olá, Maddy, minha irmã preferida. Me ajude a chegar aos Winchesters ou a próxima será você. Não me faça ir atrás de você. Não vai pegar bem sair no jornal que a irmã mais nova matou a do meio.

Minha respiração parou. Minha irmã estava possuída.

O desespero tomou conta de mim. Sem pensar direito, saí correndo, peguei o primeiro carro que vi estacionado próximo ao motel e fui em direção à minha casa. O caminho parecia interminável. Cada segundo parecia uma eternidade.

Quando cheguei, a porta estava arrombada, os vidros das janelas espalhados pelo chão. O medo se intensificou ao ver Madelaine no final do corredor. Ela estava diferente. Um sorriso perverso brincava em seus lábios, e em sua mão havia uma faca. Antes que eu pudesse reagir, ela correu em minha direção.

Entramos em uma luta corporal. Ela me atingiu com um soco forte no rosto, mas eu lembrei de tudo o que Dean havia me ensinado. Reagi rápido e a derrubei, mas antes que pudesse me afastar, ela estava em cima de mim de novo.

Nesse momento, Dean, Sam e Bobby entraram pela porta, correndo. Dean jogou água benta em Madelaine, e Sam a puxou para o canto, onde Bobby já havia preparado uma armadilha. Conseguimos amarrá-la em uma cadeira no meio da cilada.

Enquanto Sam recitava as palavras do exorcismo, a fúria dentro de Madelaine aumentava, mas finalmente, o demônio foi expulso. Ela estava apagada, mas viva. Minha irmã estava salva, mas o peso do que havia acontecido me esmagava.

Olhei para Dean, sem saber como processar tudo aquilo.

— Nada mal hein Maddyzinha — Disse Dean debochando da minha cara.

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⏰ Última atualização: Sep 22 ⏰

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