Epílogo

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A vida de Naruto, Sasuke e Sakura foi longa, cheia de amor, desafios e uma imensidão de filhos. Eles se despediram do mundo ninja juntos, não havia porque temer a morte, não quando eles tinham um ao outro. De mãos dadas, prontos para sua última aventura, eles se entregaram à escuridão, sabendo que seus filhos, seu legado estaria bem sem eles. Quando abriram os olhos, estavam num campo vasto e pacífico, envoltos por uma luz suave e calorosa. A paz era absoluta, quase surreal, depois de tudo o que haviam vivido. Mas agora, uma nova jornada os aguardava: o reencontro com aqueles que haviam perdido ao longo do caminho.

Naruto foi o primeiro a sentir a presença. Ao longe, duas figuras familiares corriam em sua direção, uma de cabelos loiros vibrantes, a outra com longas mechas vermelhas. Seu coração quase parou. "Pai! Mãe!" Ele gritou, sentindo-se novamente um menino. Sem hesitar, correu em direção a seus pais, e quando os alcançou, os envolveu num abraço apertado, lágrimas de felicidade transbordando. Aquele era o abraço que ele sempre sonhou em ter, mas nunca acreditou que seria possível.

Enquanto Naruto reencontrava seus pais, Sasuke também sentiu uma presença que nunca havia se apagado em seu coração. Ele se virou lentamente, e lá estavam eles: Mikoto e Fugaku, parados sob a luz dourada, sorrindo para ele. Os olhos de Sasuke se encheram de lágrimas, e, pela primeira vez desde que se lembrava, ele permitiu que elas caíssem livremente. Caminhou em direção a seus pais, o peito cheio de emoções incontidas.

Mikoto abriu os braços e o envolveu num abraço materno, cheio de carinho e saudade. "Estou tão orgulhosa de você, Sasuke," ela disse, com a voz suave e calorosa, que parecia curar cada ferida que ele carregava. Fugaku, sempre tão rígido e distante em vida, observava o filho com um olhar sereno e cheio de aprovação. "Você trilhou um caminho difícil, mas encontrou seu próprio destino," ele disse, sua voz carregando o respeito que Sasuke sempre ansiou.

Sakura, observando a cena ao seu redor, sentiu seu coração se aquecer. Ela sorria para a felicidade dos dois homens que amava profundamente, mas logo foi surpreendida por uma presença ao seu lado. "Então você é a mulher que conquistou os corações de ambos," uma voz suave e brincalhona soou. Ao virar-se, Sakura viu Kushina, piscando com um olhar astuto. "Você fez um ótimo trabalho cuidando deles."

Antes que Sakura pudesse responder, outra presença se juntou à conversa. Mikoto, com sua calma maternal, colocou a mão suavemente no ombro de Sakura. "Vocês cuidaram uns dos outros, e isso é o que mais importa. Tenho certeza de que fez minha família inteira crescer com amor."

Os olhos de Sakura se encheram de lágrimas silenciosas, a gratidão pulsando em seu peito. Ela sempre se sentiu abençoada por ter encontrado amor nos dois, mas ser aceita pelas mães de Naruto e Sasuke trazia uma profundidade nova ao seu coração.

Sasuke, ainda absorvendo o calor do reencontro com seus pais, sentiu uma risada suave à distância. Ele se virou e viu uma figura que o tempo não conseguira apagar de suas memórias: Itachi. Seu irmão mais velho estava ali, com o mesmo sorriso calmo que Sasuke conhecia tão bem. "Oi, otouto," Itachi disse, seus olhos brilhando de orgulho. "Parece que você finalmente encontrou a paz que tanto buscou. Estou feliz por você."

Sasuke caminhou até ele, o peso de anos de angústia e arrependimento finalmente se dissolvendo. "Eu te perdoo, Itachi," ele sussurrou, com a voz quebrada de emoção. "Sempre perdoei." E naquele abraço apertado, todas as feridas entre eles se cicatrizaram.

Enquanto os reencontros se desenrolavam, as almas daqueles que amaram e perderam se reuniam, tecendo uma tapeçaria de memórias e laços indestrutíveis. A emoção era palpável, mas de repente, uma presença serena e poderosa se fez sentir. Kaguya, a Deusa Coelho, apareceu diante deles, irradiando uma aura de serenidade.

Sasuke foi o primeiro a notar, e um leve sorriso irônico surgiu em seu rosto. "Ah, Kaguya," ele disse, cruzando os braços. "Você poderia ter nos avisado que nós três podíamos engravidar."

Kaguya, de maneira surpreendente, deixou escapar uma risada suave – algo quase inimaginável. "Ah, sim, foi um pequeno detalhe que... esqueci de mencionar." Ao seu redor, os espíritos de Hagoromo e Hamura observavam, divertidos com a situação.

Naruto, com um brilho travesso nos olhos, interveio. "Pequeno detalhe?! Tivemos quase 100 filhos, mulher!"

Mas Kaguya apenas sorriu de forma enigmática. "Parece que vocês se saíram muito bem, não foi?"

Aquele comentário, que poderia ter gerado frustração, fez todos rirem. Era um riso puro, aliviado, que parecia ecoar nas profundezas de suas almas. O reencontro com seus entes queridos, com aqueles que tanto amaram e lutaram por, foi mais do que eles poderiam ter sonhado.

E assim, envoltos por essa luz cálida, Naruto, Sasuke e Sakura finalmente encontraram a paz definitiva. Seus corações estavam leves, suas almas preenchidas. Ali, abraçados e cercados pelos que amavam, eles perceberam que, em vida e em morte, haviam cumprido seus destinos.

No horizonte, uma figura misteriosa observava de longe. Com um sorriso enigmático, o Destino sussurrou para si: "Eu os escolhi para estarem juntos... e parece que fiz a escolha certa."

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