Prólogo: A Lenda da Primeira Tríade

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Era uma vez, em um reino onde a luz da esperança brilhava intensamente. Nesse lugar mágico, existia uma tríade extraordinária: Yatsumi, Mizuna e Kazuma. Eles eram almas gêmeas, ligadas por um vínculo raro e profundo, cada um possuindo habilidades únicas. Yatsumi era a força e a sabedoria, sempre guiando a tríade em tempos de dificuldade, um Deus em seu Clã, reconhecido por ser um estrategista de batalha e por nunca perder em um jogo de xadrez. Mizuna, com sua beleza e dons de cura, emanava uma calma que confortava todos ao seu redor; ela era uma Deusa conhecida por sua gentileza, seu carinho por seu clã era repleto de amor, especialmente pelas crianças. Kazuma, o coração da tríade, lutava com fervor, envolvendo seus parceiros de vida em um amor que parecia invencível.

Contudo, essa paz foi abruptamente interrompida quando um Deus de um clã inimigo invadiu seu reino. A criatura era uma força da natureza, um terror que fazia o chão tremer sob seus pés. Em meio à agitação, a tríade se viu forçada a lutar, unindo suas forças em uma batalha épica, um redemoinho de luz e sombras.

No calor da luta, Kazuma virou-se para Yatsumi e Mizuna, um sorriso travesso nos lábios. "Ei, vocês acham que esse cara consegue fazer um golpe de espada mais impressionante do que eu? Aposto que até uma galinha poderia fazer melhor!" ele provocou, piscando para eles.

Yatsumi riu, mesmo em meio ao caos. "Kazuma, sua cabeça de vento! Cuide para não ser a próxima galinha!"

"Só não me faça rir durante a luta, ou vou acabar sendo o próximo alvo!" Mizuna respondeu, sua voz ligeiramente tremula.

Kazuma riu alto, sua energia vibrante iluminando o campo de batalha. "Apenas se mantenham perto de mim! Vou acabar com isso rapidinho!"

Mas a tensão logo aumentou quando o Deus inimigo conjurou um jutsu devastador, uma tempestade de energia negra que consumia tudo em seu caminho. Kazuma, ao ver Yatsumi e Mizuna em perigo, se lançou à frente, disposto a proteger aqueles que mais amava. "Fiquem atrás de mim!" gritou Kazuma, mas era tarde demais. A energia cortante da tempestade atravessou seu corpo, e ele caiu, seu olhar se apagando aos poucos.

"Kazuma!" gritaram Yatsumi e Mizuna em uníssono, suas vozes carregadas de desespero, como um eco que se perdia no caos da luta. A dor era como um punhal, cortando a essência de suas almas. Kazuma, com um último suspiro, sussurrou: "Yatsumi... Mizuna... Eu amo vocês... cuidem de todos... sempre..." antes de se entregar à escuridão.

A batalha findou, e Yatsumi e Mizuna caíram inconscientes, como marionetes que tiveram suas cordas cortadas. Não havia mais nada a mantê-los em pé, não agora que os inimigos foram derrotados, e finalmente puderam se concentrar na dor de perder uma parte de si. O mundo ao seu redor se tornou um borrão, e eles desmaiaram, envoltos em um desespero que parecia não ter fim.

Quando despertaram, o reino estava em silêncio, como se o próprio tempo houvesse parado em luto. O brilho que antes iluminava suas vidas se apagou, e o vazio deixado por Kazuma era insuportável. A dor era uma ferida aberta, pulsando a cada respiração.

Mizuna: "Como vamos seguir em frente, Yatsumi? Ele era a luz de nossas vidas."

Yatsumi: "Não sei... A vida sem ele parece... vazia. Eu sinto como se uma parte de mim tivesse morrido com ele."

Mizuna: "E se ele estivesse aqui agora? O que você acha que diria?"

Yatsumi: "Ele diria para não desistirmos, para honrarmos nosso amor por ele... mas é tão difícil."

Mizuna: "Nós ainda temos um ao outro. Juntos, podemos enfrentar essa dor."

As lembranças de Kazuma tornavam-se ecos dolorosos, mas juntos, Yatsumi e Mizuna encontravam força um no outro. O desespero se misturava à saudade, como se suas almas estivessem em uma dança sombria.

Mizuna: "Eu sinto sua falta... Cada detalhe, seu sorriso, a forma como fazia tudo parecer certo."

Yatsumi: "E nós, Mizuna? O que faremos agora? A nossa missão de proteger o reino..."

Mizuna: "Precisamos nos proteger um ao outro. Ele gostaria disso. Mas e..."

Yatsumi soltou um suspiro que fez Mizuna parar. Ele sabia que sua amada estava preocupada que eles não fossem capazes de cuidar um do outro ou dos filhos. Mas Yatsumi fez uma promessa no dia em que casou com Mizuna e Kazuma de proteger toda a família. Claro, ele havia falhado com Kazuma, mas não falharia com Mizuna e com os filhos.

As noites eram as mais difíceis. Yatsumi sonhava com Kazuma, sentindo sua presença, apenas para acordar em um mundo de solidão, onde sempre havia mais um espaço na cama. Era engraçado e doloroso lembrar que Kazuma preferia ser abraçado por eles à noite, e agora, o lugar onde ele ocupava na cama estava vazio. Mizuna, em momentos de silêncio, podia sentir uma brisa suave, como se Kazuma estivesse tentando confortá-los. Mas ao acordar, a realidade os esmagava com sua dureza.

Certa noite, enquanto observavam as estrelas, Mizuna disse: "Você se lembra de quando Kazuma nos levou para pescar? Ele estava tão feliz... e nós rimos tanto que quase caímos no rio."

Yatsumi forçou um sorriso, mas a dor era intensa. "Sim, e ele quase se afogou tentando pegar aquele peixe gigante."

Ambos riram, mas a risada logo se transformou em um soluço. O vazio era palpável, e cada memória parecia um golpe.

O tempo passou, mas a dor nunca desapareceu. As histórias sobre a tríade se espalharam entre os Otsutsuki, um conto de amor e perda que ecoava através das gerações. Yatsumi e Mizuna tornaram-se lendas, simbolizando não apenas o poder, mas também a fragilidade dos laços que unem aqueles que amam. E embora a dor da perda tivesse tentado fazê-los sucumbir, eles permaneceram fortes, um pelo outro, por Kazuma e pelos filhos. E mesmo em meio ao luto, havia uma esperança silenciosa de que o legado de Kazuma vivesse em suas ações e memórias.

Mas até as árvores deixam suas sementes.

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