Capítulo 12: Preconceito e Conflito

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Um ano após a guerra, a paz havia retornado ao mundo ninja, mas a vitória trouxe novos desafios para o Time 7. Ser uma tríade em uma sociedade que não entendia essa conexão era uma luta constante. Naruto, Sasuke e Sakura encontravam-se em meio a um furacão de opiniões e preconceitos.

No Hospital de Konoha, Sakura se movia entre os pacientes, mas sentia os olhares pesados sobre ela. Murmúrios se espalhavam como fogo em palha seca.

— Você realmente acha que ela pode cuidar de alguém? — sussurrou uma enfermeira, a desconfiança evidente em sua voz. — Com um traidor como parceiro?

Sakura cerrou os punhos, a dor das palavras a atingindo como socos. O hospital, que antes era um refúgio seguro, agora se tornava um campo de batalha emocional.

— Meu valor não depende de quem eu amo! — ela retorquiu, sua voz trêmula de raiva e tristeza.

As reações não foram apenas direcionadas a Sakura. Enquanto isso, na Reunião do Concelho, Naruto enfrentava a pressão do Conselho, uma sala repleta de rostos severos e desaprovadores.

— Naruto, você não pode ser Hokage com esse tipo de relacionamento! — um dos conselheiros exclamou, gesticulando dramaticamente. — Você precisa escolher uma esposa apta, alguém que traga honra ao seu nome!

Aquelas palavras cortaram como uma lâmina. A frustração de Naruto explodiu.

— Vocês não entendem nada! — ele gritou. — Sasuke e Sakura são parte de mim! O amor que temos não é algo a ser julgado!

Mas as críticas continuavam, minando sua confiança. Ele se sentia cercado, lutando contra um preconceito que parecia profundo e enraizado.

Sasuke, por sua vez, ouvia murmúrios nas ruas. “Traidor”, “manipulador”. A dor dessas palavras atingia-o como lâminas. Em um momento de raiva, ele teve um confronto com um aldeão que não conseguia entender sua nova vida.

— Você só está aqui porque Naruto e Sakura são fracos o suficiente para aceitar um traidor! — o aldeão gritou, e a indignação cresceu dentro de Sasuke.

— Cale a boca! — Sasuke respondeu, a tensão em seu corpo visível. — Vocês não sabem o que passaram! Não sabem como é lutar contra seus próprios demônios!

Aquelas palavras não eram apenas para o aldeão, mas também para si mesmo. Ele sentia a vulnerabilidade emergir, um lado dele que nunca havia mostrado.

No parque, os três se reuniram, as expressões de cada um refletindo a luta interna que enfrentavam. A angústia de Sakura era palpável.

— No hospital, dizem que sou desvirtuada por querer dois homens, — ela confessou, os olhos brilhando com frustração. — Sinto que estou perdendo o controle de quem sou!

— E eu sou tratado como se meu passado definisse meu futuro, — Sasuke acrescentou, seu olhar distante. — Como se eu não merecesse ter felicidade.

— Não podemos deixar que isso nos derrote! — Naruto exclamou, a determinação começando a brilhar em seus olhos. — Juntos, somos mais fortes!

Sasuke e Sakura trocaram olhares, cada um sentindo a pressão das expectativas e do preconceito. Eles sabiam que o amor deles era verdadeiro, mas o mundo ao redor parecia estar determinado a quebrá-los.

— Vamos mostrar a eles que o amor verdadeiro não se limita a regras impostas! — Naruto disse, apertando a mão de Sakura e olhando diretamente nos olhos de Sasuke.

— Juntos, podemos desafiar essas crenças — Sakura concordou, a esperança começando a florescer em seu coração, apesar da angústia.

Com um novo senso de determinação, o Time 7 caminhou adiante, prontos para enfrentar não apenas os desafios externos, mas também os internos que surgiam com o peso das expectativas e dos preconceitos. Eles eram mais do que apenas uma tríade; eram um símbolo de mudança em um mundo que precisava de compreensão.

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