Vínculos inquebráveis

Capítulo 3: Laços Quebrados

A atmosfera ao redor do campo de batalha não era das melhores. Naruto, Sasuke e Sakura, junto com Kakashi e Obito, observavam cautelosamente a Deusa, que havia feito Zetsu desaparecer de forma tão simples que quase se esqueceram de sua presença. O que estava acontecendo com Kaguya? E por que ela parecia enojada após a destruição de Zetsu? Afinal, Zetsu era a personificação dos desejos sombrios de Kaguya, e ao destruí-lo, ela recebeu suas memórias, que a atormentavam.

Kaguya olhava para os jovens com um misto de preocupação e determinação. Os olhos de Naruto, Sasuke e Sakura eram céticos, refletindo a confusão que sentiam após o recente confronto. Kakashi e Obito, com instintos de proteção aguçados, se mantinham prontos para intervir se Kaguya se tornasse uma ameaça novamente.

— Que tal nos deslocarmos para um lugar mais tranquilo para conversarmos? — sugeriu Kaguya, quebrando o silêncio.

Num instante, o cenário ao redor mudou, revelando um ambiente sereno, repleto de peixes dourados e árvores floridas. Kaguya preferia essa atmosfera calma em vez do campo de guerra. Sentando-se na grama esverdeada sem se preocupar com suas roupas brancas, pediu que eles a seguissem. O pedido, embora inusitado, despertou a curiosidade dos três adolescentes e dos dois adultos.

— Por favor, sentem-se — pediu Kaguya, seu tom suave contrastando com a urgência que a consumia.

Os jovens se acomodaram, cautelosos. Kakashi e Obito também se sentaram, prontos para agir se necessário. O silêncio se instalou enquanto Kaguya ponderava como começar. Falar sobre laços quebrados não seria fácil. Ela sentia que precisava de ajuda, que sua mãe saberia como abordar o tema, mas agora era a única ali, encarregada de transmitir uma verdade devastadora.

— O que você quer de nós? — perguntou Sasuke, com um olhar desafiador. — Primeiro, você tenta nos matar, e agora quer conversar como se fôssemos amigos?

Kaguya sentiu a intensidade da pergunta. A frustração dele era compreensível. Como explicar que, mesmo entre todas as lutas, existia um laço que transcendia suas experiências? Ela suspirou, procurando palavras.

— O que vocês sabem sobre almas gêmeas? — perguntou Kaguya, quebrando o silêncio.

Os jovens se entreolharam, surpresos.

— Isso não é real — disse Sasuke, cruzando os braços com desdém. Ele não queria saber de laços ou conexões; estava cansado de promessas vazias.

— Almas gêmeas? Isso é só uma história — acrescentou Sakura, mas sua voz tinha um toque de dúvida.

Naruto, no entanto, parecia genuinamente intrigado. — Desculpe, mas o que exatamente é uma alma gêmea? É algo que se come?

Kaguya ficou sem palavras por um momento, piscando em confusão. Kakashi e Obito trocaram olhares divertidos, tentando conter o riso.

— Na verdade, Naruto — começou Kaguya, com um sorriso divertido. — Imagine que uma alma gêmea é como um prato de lamém.

Naruto imediatamente prestou atenção, os olhos brilhando. — Lamém? Isso eu entendo!

— Exatamente! — continuou Kaguya. — Assim como um bom lamém, que precisa de todos os ingredientes certos para ficar perfeito, as almas gêmeas são feitas de conexões profundas, experiências compartilhadas e sentimentos. Sem um dos ingredientes, o prato fica incompleto.

— E o que isso tem a ver conosco? — perguntou Sasuke, ainda cético e visivelmente irritado. Ele não queria saber que tipo de laços os ligavam, muito menos algo tão romantizado.

Kaguya sorriu, animada. — Bem, Naruto, você é como o macarrão do lamém, sempre trazendo energia e vitalidade. Sasuke, você é a sopa, que dá profundidade e sabor. E Sakura, você é como os legumes, que trazem frescor e equilíbrio. Sem nenhum de vocês, não há lamém verdadeiro!