CAPÍTULO QUATRO | O FIO DA NAVALHA

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Dia seguinte

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Dia seguinte.
Mansão dos Thorn.

O sol ainda nem havia sumido no horizonte quando Evelyn Thorn desceu do carro diante de sua imensa mansão, a figura da mulher solitária que acabará de chegar da faculdade onde cursava direito suspirou cansada.

Não queria um diploma e nem precisava dele, apenas queria manter a reputação de sua família, o que seus pais mais prezavam quando estavam vivos era de seus estudos.

Seu vestido preto justo abraçava suas curvas, enquanto um casaco de couro alongava sua silhueta, criando um contraste perfeito com seus longos cabelos platinados, levemente com ondas que ela mesmo fez com babyliss pela manhã.

O tempo em Raven Heights era sempre frio, a luz do sol era fraca e talvez o fato dela ficar sempre nas sombras deixasse sua pele muito clara.

Aquele casaco lembrava a armadura que ela vestia contra o mundo; no entanto, por dentro, ela estava prestes a desmoronar.

A mansão Thorn parecia ainda mais gelada quando a presença de Dante chegou à sua porta. O homem, envolto em um casaco de couro preto desgastado, contrastava com o luxo opulento ao redor.

Seus olhos azuis perscrutavam o ambiente, como um predador em território desconhecido, e ao cruzar a entrada da casa, algo em seu semblante endurecia, como se estivesse atravessando uma barreira invisível.

— Esse lugar não parece nada com você. É sombrio. — Dante quebrou o silêncio com um olhar frio após jogar o resto de cigarro em que fumava fora.

— Gosto de coisas não deveria. — Afirmou Evelyn, com uma frieza calculada. Ela se levantou, caminhando em sua direção. — E você também parece gostar.

Ele sorriu de canto, um sorriso perigoso e intrigante, sem respondê-la. O silêncio que se seguiu era pesado, carregado de uma tensão palpável.

Evelyn soprou o ar, tentando manter a fachada de controle. Porém, algo na presença de Dante a desestabilizava, como se ele conseguisse ver através de sua máscara de autossuficiência.

— O que temos pra hoje, coisinha?

— Pare de me chamar de coisinha, ou de pequena. Não sou um objeto. — limpou a garganta. — Deve ter algo pequeno em você, já que gosta de ficar chamando as pessoas assim. É pra compensar alguma coisa não é? — desceu o olhar para o meio de suas pernas o provocando, após isso abriu seus lábios em um sorriso venenoso.

— Você acha que eu te chamo de 'pequena' por causa de mim? — ele sussurrou calmo, a voz rouca e carregada de insinuação.

Dante estava a apenas alguns centímetros de distância agora, tão perto que Evelyn podia sentir o calor do corpo dele.

Seus olhos desceram deliberadamente dos dela, viajando por seu corpo de forma descarada, e então subiram de volta, encontrando os dela com uma intensidade esmagadora.

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