Evelyn Thorn sempre foi a filha perfeita, herdeira de uma fortuna inestimável e com uma reputação impecável. Cercada por seguranças e uma vida de luxo, sua existência parecia intocável - até que tudo desmorona. Quando seu pai, o homem mais poderoso...
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Luna entrou apressada, seu rosto pálido e olhos arregalados.
— Nós temos que sair daqui, agora! — Sua voz era aguda, carregada de urgência.
Lucian imediatamente se virou para ela, franzindo a testa sem saber quem era a garota desconhecida. — O que aconteceu?
— Alguém está vindo. Não são pessoas comuns... eles estão armados, e parecem estar à procura de vocês. E a polícia está atrás deles.
Evelyn tinha tantas perguntas, começando com o porquê da amiga que é tão fofa, calma e meiga estava em um cenário como aquele.
Antes que qualquer um pudesse processar completamente a situação, um barulho de passos pesados ecoou pelo corredor. Dante, sempre atento, já estava puxando Evelyn pelo braço.
— Não solte a minha mão, Thorn. — Ele disse em um tom baixo, mas firme.
Eles começaram a correr, Lucian e Luna liderando o caminho pelos corredores sombrios do prédio. O eco dos passos se misturava com as batidas aceleradas do coração de Evelyn, que mal conseguia acompanhar a velocidade dos eventos.
Ao longe, ela pôde ouvir o som inconfundível de vozes ásperas e armas sendo carregadas.
Estavam encurralados.
Dante puxou Evelyn com força para um lado, separando-se de Lucian e Luna. Eles viraram uma esquina estreita e se encontraram diante de uma porta entreaberta, com uma escada em espiral que descia para o que parecia ser o porão. Sem pensar duas vezes, Dante empurrou Evelyn para dentro e fechou a porta suavemente atrás de si, deixando o corredor e seus perseguidores para trás.
O espaço era apertado, quase claustrofóbico, iluminado apenas pela luz fraca de uma única lâmpada pendurada no teto. As paredes de concreto ao redor faziam o ar parecer mais pesado, abafado, enquanto os dois ofegavam em silêncio.
Evelyn sentiu o corpo de Dante encostado ao dela, sua respiração rápida e quente contra seu pescoço.
Porra, ele está tão perto...
O espaço era tão apertado que os dois estavam praticamente colados, cada movimento fazendo seus corpos roçarem.
A diferença de altura é tão gritante...
O cheiro dele, uma mistura de suor, metal e algo mais amadeirado, invadiu os sentidos de Evelyn, fazendo sua mente girar por um breve segundo.
Ela tentou se concentrar, lembrar da urgência da situação, mas o peso da proximidade a deixou momentaneamente vulnerável.
Seu cheiro é tão bom...
Dante também parecia afetado.
Ele olhou para ela por um momento, seus olhos azuis escuros intensos brilhando à luz fraca à encarando, e por um segundo, os pensamentos racionais pareciam se esvair.
