Scott Manson Cap 1

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Nota 

Estou melhor agora 


Precisa respirar um pouco e agora estou de volta

Obrigado a todos que me desejaram força 

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Panamá, 05:45 da manhã - 1975

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Panamá, 05:45 da manhã - 1975

Hoje foi mais um dia difícil na prisão.

Ainda não consigo acreditar que estou aqui, preso por um crime que não cometi.

Acordei cedo, como de costume, com o som estridente da sirene que anuncia o início do dia.

O colchão fino e a cama de metal não ajudam em nada a aliviar as dores nas costas.

Depois de me levantar, fui direto para o refeitório.

O café da manhã é sempre a mesma coisa: uma porção de mingau insosso e um pedaço de pão duro. Sentei-me em um canto, tentando evitar contato visual com os outros presos. A maioria deles não é má pessoa, mas aqui dentro, todos estão lutando pela sobrevivência.

Passei a manhã na biblioteca da prisão.

Ler é uma das poucas coisas que me ajudam a manter a sanidade. Hoje, escolhi um livro sobre direito penal. Irônico, não?

Estudar as leis que deveriam me proteger, mas que, de alguma forma, falharam comigo.

Frankfurt, novembro de 1995

Vinte anos se passaram desde aquele fatídico dia em que fui preso injustamente.

Minha vida mudou drasticamente desde então.

Após anos de luta, finalmente consegui provar minha inocência e fui libertado.

Agora, vivo em Frankfurt, tentando reconstruir minha vida e deixar o passado para trás.

Na manhã fria de novembro, uma carta misteriosa chegou à minha residência.

O envelope era simples, sem remetente, mas a urgência na mensagem era palpável.

Abri a carta com mãos trêmulas e li as palavras que mudariam minha vida mais uma vez:

"Scott, sei o que aconteceu com você. Tenho informações que podem finalmente trazer justiça.

Encontre-me na estação central de Frankfurt, plataforma 7, às 22h. Venha sozinho."

Não hesitei em seguir as instruções.

Algo dentro de mim dizia que essa era a chance que eu esperava há tanto tempo.

Às 21h30, já estava na estação, observando as pessoas ao meu redor.

A ansiedade crescia a cada minuto que passava.

Às 22h em ponto, uma figura encapuzada apareceu na plataforma 7.

Aproximou-se de mim e, sem dizer uma palavra, entregou-me um envelope grosso.

Antes que eu pudesse perguntar qualquer coisa, a pessoa desapareceu na multidão.

Voltei para casa com o coração acelerado.

Abri o envelope e encontrei uma série de documentos, fotos e uma gravação em fita cassete.

As evidências eram claras: alguém havia armado para me incriminar.

As fotos mostravam reuniões secretas, subornos e pessoas que eu reconhecia do meu julgamento.

Passei a noite inteira analisando os documentos.

A gravação revelou uma conversa entre dois homens discutindo como me incriminar.

A voz de um deles era inconfundível: o promotor do meu caso.

A raiva e a determinação tomaram conta de mim.

Eu sabia que precisava levar essas provas às autoridades, mas também sabia que precisava ser cauteloso.

Nos dias seguintes, reuni-me com meu advogado e entreguei-lhe todas as evidências.

Ele ficou chocado com o que viu e prometeu agir rapidamente.

A investigação foi reaberta, e a verdade finalmente começou a vir à tona.

A mídia logo pegou a história, e o escândalo se espalhou.

O promotor foi preso, e outras pessoas envolvidas no esquema também foram levadas à justiça.

Finalmente, depois de duas décadas de sofrimento, a justiça foi feita.

Embora nada pudesse devolver os anos que perdi, senti um alívio imenso ao ver os responsáveis pagarem por seus crimes.

Agora, posso seguir em frente, sabendo que a verdade prevaleceu.

BASTIDORES (Um Livro Nada Sério)Onde histórias criam vida. Descubra agora