TetsuTetsu, o fodão
@KurooTetsuroGtzSe formos olhar pelo lado certo... Eu ganhei uma segunda chance.
Kageyama (Shoyō's Bf)
@OReiDoGlitchVsfd cola aqui pra eu testar a AK q eu comprei ontem viado
TetsuTetsu, o fodão
@KurooTetsuroGtzTô indo 😃
Eu chego na casa de Kageyama vinte minutos depois, andando meio devagar porque eu ainda tô processando o que aconteceu ontem e checando o celular de dois em dois minutos. Eu abro a porta sem bater e me jogo no sofá que fica convenientemente perto, soltando um longo resmungo.
— Aaaaabdisbwgakshsushsuzh — É o que parece que eu disse, com a cara afundada no travesseiro. Kageyama chega e me cutuca com algo frio e fino. Quando levanto a cabeça, dou de cara com uma fodendo AK-47 do lado da minha cabeça. — QUE PORRA É ESSA?
Tobio deu uma risada.
— Você achou que eu tava brincando? Relaxa, a gente não vai testar nada. Eu só queria te mostrar porquê ela é muito linda. — É uma arma completamente normal. Eu nunca vou entender esse cara. Ele faz carinho na arma como se ela fosse um gato e a guarda no lugar, buscando um copo de água antes de voltar para a sala. Eu suspiro. — Se for pra não falar nada, me avisa que eu ligo a TV.
Aí eu comecei a contar. Tudo. Desde como eu não esperava encontrar ele aqui, até sobre como eu senti que conseguiria reparar os meus erros, e também...
— Ah, puta que pariu.. — Suspirei, afundando a cara no travesseiro — Ele continua tão... Perfeito, em todos os sentidos... E eu continuo esse pedaço de merda ambulante.
— Bem... Você pode ainda ser um pedaço de merda ambulante — Obrigado, ajudou muito — Mas é um pedaço de merda ambulante diferente. Eu quero ver você olhar na minha cara e falar que não mudou nada nos últimos anos.
Eu olhei na cara dele e disse:
— Eu não mudei nada nos últimos anos.
— Vai tomar no cu, Kuroo. — Kageyama ri e pega o celular. — Tão chamando a gente pra ir em mais uma festa.
— Hm... Onde? — Perguntei.
— Mais uma boate lotada e provavelmente rival do seu pai. — Ele respondeu,me mostrando o endereço.
— Tá, eu vou. — Não me preocupei em perguntar quem iria junto, afinal não existem chances de Kenma topar sair de casa depois dessa, né?
.. Né?
Né.
Kageyama me empurra do sofá, e eu caio no chão com um baque.
— Pega uma roupa do meu armário, eu não quero que você se jogue na frente de um carro caso volte pra casa sozinho. — Tradução: "Eu sei que você não tá bem então se você sair do meu lado eu te quebro". Ele saiu da minha frente e foi para o banheiro, tomar banho provavelmente. Eu fui para o quarto de hóspedes (que já era praticamente o meu quarto) e peguei uma muda de roupa aleatória e uma toalha antes de ir para o banheiro do andar de cima.
Meia hora depois, o céu lá fora já estava meio alaranjado. Eu tiro uma foto rápida antes de entrar no carro junto de Kageyama.
— É... Meio longe. — Olhei meio surpreso ao abrir o GPS. — A gente vai chegar lá de noite, se o movimento estiver bom.
— Se o movimento estiver bom? Amigo, nós moramos na cidade de São Paulo — Ele revira os olhos, ligando o carro e começando a trilhar o caminho que a voz robótica ditava. Confesso que dormi um pouco, visto que a viagem não seria muito rápida. Em meus sonhos, tudo tinha se resolvido e eu estava sentado na minha cama, jogando videogame com Kenma até que Tobio me cutuca no ombro. Eu acordo em um pulo. O idiota ri de mim e nós saímos do carro, estacionado na rua do estabelecimento em si. Ao entrar, poucas pessoas estão lá. Ainda são cerca de oito e meia da noite, então é de se esperar que o lugar esteja tão vazio.
— A gente tá esperando alguém? — Pergunto depois de alguns minutos. Algumas pessoas começavam a entrar no local.
— Daqui a pouco ele deve chegar. — Péssimo pressentimento, Tobio não costuma me esconder as coisas. Eu não tô muito no clima de festa hoje, então só me apoiei no balcão e comecei a mexer no celular. Exatamente doze minutos depois, um cara chegou do meu lado e começou a encher o saco.
— Boa noite — O estranho cumprimentou. Ele tinha cabelos vermelhos longos e um estilo bem característico. Definitivamente não faz o meu tipo. — É novo aqui?
Eu não queria dar bola, mas eu tento ser educado.
E talvez algo de realmente interessante pudesse sair dessa conversa, afinal eu detesto admitir mas tô precisando extravasar com alguma coisa... Ou alguém.— Bem, primeira vez visitando o lugar — Dou de ombros, decidindo ver até onde isso vai antes que ele se canse e vaze. O ruivo sorri.
— Bom, boas-vindas ao novato. Posso te pagar um drink? — Ele chama o garçom enquanto espera minha resposta. Eu aceno que sim com a cabeça, olhando as horas. Esse diálogo já tomou cinco minutos do meu tempo.
— Agradeço, vou aceitar uma dose de whisky. — Minha postura extremamente broxante costumava dar certo para afastar gente chata, mas acho que me comportar como um burguês sem sal não vai dar certo dessa vez.
Quando o desconhecido se aproxima, eu começo a me sentir observado.— Eu costumo passar aqui umas duas vezes por mês. — Ele joga a informação ao acaso.
"Tá, mas ninguém quer saber" é o que eu cogito responder, mas eu só assinto de novo e me afasto um pouco, me arrependendo de não ter sossegado quando pude. Ele parece não captar o recado e se aproxima de novo.
Desgraça.
O garçom entrega as bebidas, e eu aproveito o momento de distração para me afastar de novo. Ele se aproxima pela terceira vez, e essa porra já tá me irritando. Dessa vez eu dou um passo para trás, e antes que o cabelinho lá se aproximasse de novo meu celular toca. Eu abro um sorriso.— Quem é? — Ele pergunta.
— É alguém importante —Eu respondo e aproveito a deixa pra sair andando. — E aí, gatinho?
— Caralho Tetsu, vai ser foda te aturar se em cada briga que tivermos você for foder com uma puta diferente, porra. — Eu contei um total de cinco palavrões em uma frase.
— Credo, que gatinho mal-educado. — Fiz uma careta, ignorando todo o resto do que ele falou.
— Kuroo.
— Não me chama pelo meu sobrenome, assim eu fico triste, Gatinho.. — Decido ir para um lugar menos barulhento. Pela música que continua tocando ao fundo na ligação, Kenma também está aqui.
— Onde você tá? — Mesmo com as minhas observações, é ele quem pergunta.
— Eu acabei de entrar no banheiro. — Esclareço — E não, não tem nenhuma puta comigo.
— Hm. — Eu sorri e me apoiei na pia. O banheiro tava quase vazio. — Você não vai sair daí até eu chegar.
— Seu desejo é uma ordem, gatinho. — Sorrio e espero o furacão.
Ele chega relativamente rápido e envolto em uma fúria tão mal disfarçada que me dói saber que ele continua gostoso. Eu ia fazer um comentário sobre isso, mas antes que pudesse sequer dizer algo Kenma me pressionou contra a pia e me deu um beijo. Esse não foi um beijo tipico. Tava mais pra um beijo muito puto e possessivo e cheio de palavras não ditas à medida que nossos passos meio errantes nos guiavam até o lado de dentro de uma cabine qualquer. Tava mais pra um beijo que gritava algo como "Eu não te dei permissão pra tocar nenhuma boca que não seja a minha, porra", e eu percebi que já tava perdido quando desisti de me segurar e segurei firme a bunda de Kenma, ao invés disso. Eu percebi que já tava perdido quando os seus beijos começaram a descer pelo meu pescoço e o que saiu de mim foi um suspiro. Eu também percebi que já tava perdido quando as mãos de Kenma desceram até a barra da minha calça, enquanto ele me mandava segurar o cabelo dele e eu obedecia.
Puta merda, esse moleque vai ser minha perdição.
7 dias para a viagem
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Imprevisto - KuroKen
Romance"Naquele dia, naquele bar. Meu passado parece nunca me esquecer, Shoyo. Sério." - Kozume Kenma, logo após encontrar o ex em uma boate.