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São Luís 📍
26/02/2024

Dielly pegou o papel e colocou discretamente no bolso. O sorriso amigável de Benjamin a desconcertava, especialmente porque ela já o havia julgado antes mesmo de conhecê-lo. "Talvez ele não seja tão esquisito quanto todo mundo diz", pensou, mas logo sentiu um frio na espinha ao lembrar-se de Márcio. Sabia que, mais cedo ou mais tarde, ele descobriria.

A tarde passou rapidamente, e, quando a aula finalmente terminou, Dielly pegou suas coisas e saiu da sala em direção ao portão da escola. Ela sempre esperava Márcio do lado de fora, mas hoje ele parecia diferente, com uma expressão mais séria do que o habitual.

— O que você estava falando com aquele esquisito? — ele perguntou, sem rodeios.

Dielly sentiu seu coração acelerar. Sabia que Márcio era possessivo, mas as reações dele estavam ficando cada vez mais imprevisíveis.

— Era um trabalho da escola, Márcio — respondeu ela, tentando soar casual. — A professora mandou.

Ele apertou os lábios, visivelmente incomodado com a resposta. — Você sabe que não gosto que você fique falando com esses tipos, Dielly.

Ela sabia que deveria se afastar daquele comportamento controlativo, mas o medo de contrariá-lo a impedia. Ela simplesmente assentiu, tentando encerrar a discussão ali. No fundo, porém, algo começava a mudar dentro dela. Havia algo na maneira como Benjamin a tratara, uma gentileza que ela não sentia há tempos. Talvez fosse só isso que faltava para ela perceber o quanto seu relacionamento com Márcio estava lhe sufocando.

Mais tarde, já em casa, Dielly encarou o número de Benjamin anotado no papel. A hesitação era grande. Sabia que, ao mandar uma mensagem, estaria provocando a ira de Márcio. Mas, por outro lado, ela não queria continuar vivendo daquela maneira. Tomando coragem, desbloqueou o celular e digitou uma simples mensagem: "Oi, Benjamin. Aqui é a Dielly."

Dentro de segundos, a resposta veio.

"Oi, Dielly! Fico feliz que tenha mandado mensagem. Podemos combinar de fazer o trabalho amanhã na minha casa, se quiser."

Ela sorriu levemente, apreciando a simplicidade da conversa. Não havia pressão, manipulação, apenas uma interação genuína.

Naquela noite, deitada em sua cama, Dielly pensou em como sua vida poderia ser diferente se estivesse cercada por pessoas que realmente se importassem com ela. Márcio, que uma vez parecia a resposta para seus medos e inseguranças, agora se tornava a origem deles. Talvez Benjamin fosse o empurrão que ela precisava para se libertar.

Mas no fundo, ela sabia que, para se libertar, teria que enfrentar mais do que seus sentimentos; teria que confrontar Márcio. E isso era algo que a assustava profundamente.

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Oiii gente, desculpa a demora de 5 meses, teve e tá tendo um bando de b.o😝 mas é isso,um beijo da anita(ana)
Da uma ⭐ pra nois aí vai

Isso é uma história de Ficção , nenhum fato dela é verídico na vida real 😁
É apenas uma brincadeira de amigas bem mal feita😍

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