São Luís 📍
28/02/2024Dielly ficou ali, parada, enquanto o som da moto de Márcio desaparecia ao longe. O ar noturno estava fresco, mas suas mãos tremiam, não por causa do frio, mas pela onda de adrenalina que ainda pulsava em seu corpo. Era como se o confronto de minutos atrás tivesse deixado um rastro em sua pele, uma mistura de medo e alívio.
Ela respirou fundo, tentando processar o que acabara de acontecer. Enfrentar Márcio nunca tinha sido uma opção que ela considerava possível. Sempre parecia mais fácil se calar, concordar, deixar as coisas passarem até a próxima discussão. Mas, desta vez, algo dentro dela havia mudado. Talvez fosse a influência de Benjamin, talvez fosse o cansaço acumulado de tantos meses de manipulação e controle. O fato é que, pela primeira vez, ela disse não.
Ainda assim, a sombra das palavras de Márcio pairava sobre ela. "Isso não acabou, Dielly." Ela sabia que ele não deixaria aquilo passar. O olhar de fúria em seus olhos deixava claro que essa história estava longe de terminar.
Com passos lentos, ela entrou em casa, tentando parecer o mais normal possível. Sua mãe estava na cozinha, preparando o jantar, e Dielly não queria que ela percebesse que algo estava errado.
— Oi, mãe — disse ela, tentando soar casual enquanto largava a mochila perto da porta.
— Oi, filha! Como foi a escola hoje? — A mãe dela a olhou por cima do ombro, sorrindo enquanto mexia em uma panela.
— Foi... normal. — Dielly forçou um sorriso, se odiando um pouco por mentir. Sabia que sua mãe se preocupava, mas não queria compartilhar com ela todo o peso que carregava. — Vou pro meu quarto, preciso terminar uns trabalhos.
— Tudo bem, me chama se precisar de algo.
Dielly subiu as escadas para o seu quarto, sentindo o alívio familiar de estar sozinha no pequeno espaço que ela ainda podia chamar de seu. Ela fechou a porta, largou-se na cama e encarou o teto por longos minutos, tentando acalmar a mente. O celular estava ao seu lado, silencioso desde que Márcio foi embora, mas ela sabia que isso não duraria muito tempo.
Com hesitação, ela pegou o aparelho. As mensagens de Márcio ainda estavam lá, não lidas, como uma ameaça silenciosa. Seus dedos pairaram sobre a tela. Ela sabia que, em algum momento, teria que abrir aquelas mensagens, mas agora… ela precisava de uma pausa.
Respirando fundo, ela decidiu não pensar em Márcio por um momento. Abriu o WhatsApp e, quase automaticamente, encontrou o contato de Benjamin. Ele havia sido tão gentil e paciente com ela, tão diferente de tudo o que estava acostumada. Dielly hesitou por um segundo, mas, antes que pudesse se deter, enviou uma mensagem curta:
"Oi, Benjamin. Só queria dizer obrigada pelo que você me disse hoje. Foi importante pra mim."
Ela pressionou enviar e ficou encarando a tela, não esperando uma resposta rápida. Talvez Benjamin estivesse ocupado ou já tivesse se desligado do celular. Mas, para sua surpresa, a resposta veio quase que instantaneamente.
"Oi, Dielly. Fico feliz que tenha te ajudado. Como você está?"
Dielly sorriu levemente ao ler a mensagem. Havia algo tão reconfortante em falar com Benjamin. Ele não a pressionava, não fazia exigências. Ele só estava ali, presente, da maneira mais simples e genuína possível.
"Estou... processando tudo ainda. Eu falei com o Márcio. Foi difícil, mas acho que fiz a coisa certa."
Ela enviou a mensagem e se surpreendeu com o quanto aquilo parecia um desabafo. Dizer a alguém, mesmo que fosse em um texto, que ela havia finalmente enfrentado Márcio, era quase libertador.
Benjamin demorou um pouco mais para responder desta vez, mas quando a mensagem chegou, era exatamente o que ela precisava ler.
"Eu sei que foi difícil, Dielly. Mas você foi corajosa. Falar a verdade, mesmo quando é assustador, é um grande passo. Estou orgulhoso de você."
Dielly leu as palavras várias vezes, sentindo uma onda de gratidão e calor se espalhar por dentro. Pela primeira vez em muito tempo, ela sentiu que alguém a via de verdade, que a entendia. E não era alguém que a queria controlar ou moldar, mas alguém que estava simplesmente ali para apoiá-la.
Ela estava prestes a responder quando o celular vibrou de novo. Dessa vez, não era Benjamin.
Márcio.
Seu nome piscava na tela como uma advertência, e a paz que ela sentia começou a se dissipar. Dielly fechou os olhos por um momento, tentando manter a calma. Ela sabia que não podia ignorá-lo para sempre, mas também sabia que tinha o direito de decidir quando e como responder.
Sem abrir a mensagem, ela colocou o celular de lado. Márcio podia esperar.
Deitada na cama, Dielly pensou no futuro. Sabia que a estrada pela frente não seria fácil. O relacionamento com Márcio não se resolveria de uma hora para outra, e ela temia as consequências de desafiá-lo. Mas agora, algo dentro dela tinha mudado. Ela não estava mais sozinha. Havia Benjamin, com sua calma e compreensão. E, mais importante, havia uma parte de Dielly que, pela primeira vez, acreditava que merecia mais do que aquilo que tinha aceitado por tanto tempo.
Com esse pensamento, ela fechou os olhos, esperando, talvez, por uma nova manhã que trouxesse consigo um pouco mais de coragem.
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Oiii gente, cá está o novo capítulo
Espero que tenham gostado 🙈
Da uma ⭐ pra nois aí vaiIsso é uma história de Ficção , nenhum fato dela é verídico na vida real 😁
É apenas uma brincadeira de amigas bem mal feita😍
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new chances
FanfictionDielly tem um relacionamento abusivo com Márcio ate que é obrigada a fazer um trabalho com beijamin, mal sabia ela que esse dia irá mudar a sua vida •°•°•°•°•°•°•°•°•°•°•°•°•°•°•°•°•°•°•°•°•°•°•°•°•°•°•°•°• Isso é uma história de Ficção , nenhum fat...