A luz suave do sol filtrava-se pela pequena fresta da cortina, tocando o rosto de Rey enquanto ela ainda se debatia no limiar entre o sono e a vigília de início de manhã. O frio não era cortante, mas era o suficiente para fazer qualquer pessoa preferir permanecer debaixo das cobertas, aquecida e confortável. Mas não foi o frio da manhã nem o sol que a despertaram; foi o som frenético de seu celular, que ecoava pelo apartamento silencioso como um alarme indesejado, cortando o silêncio da manhã.
Com um esforço sonolento, Rey espichou o braço, tentando tatear a mesinha ao lado da cama onde o celular estava carregando. Seus olhos permaneciam semiabertos, pesados como se estivessem grudados. Depois de um tempo parecendo uma eternidade, os dedos finalmente encontraram o aparelho e, com um toque hesitante, ela atendeu.
- Desliga essa porcaria! - a voz abafada e sonolenta de Hannah ecoou do quarto ao lado, refletindo a irritação matinal.
Era cedo, muito cedo, nem seis e meia da manhã ainda.
Finalmente conseguindo pegar o celular, Rey se ajeitou na cama de barriga para cima. Apenas um olho se abriu para encarar o teto, enquanto a preguiça ainda parecia dominá-la.
- Alô? - sua voz saiu arrastada, quase um sussurro sonolento.
- Bom dia, eu falo com a senhorita Rey? - uma voz masculina soou do outro lado da linha, clara e firme.
- É ela... - murmurou, lutando para manter a consciência.
- Ótimo! Meu nome é Igor Smith. Você entregou seu currículo aqui no Café Aurora esses dias. - quando ouviu aquilo, os olhos de Rey se arregalaram, e ela se sentou de imediato, o sono evaporando de sua mente. - Gostaria de saber se ainda teria interesse na vaga.
- Claro! - disse com uma empolgação talvez exagerada, sua voz um pouco alta demais. - Quer dizer, com certeza. Tenho interesse sim!
Seu coração começou a bater mais rápido. A oportunidade de um emprego finalmente estava diante dela. E, ainda que fosse cedo demais para as comemorações, Rey sentiu uma onda de alívio e excitação atravessá-la.
- Pode vir aqui amanhã às sete da manhã? - Igor perguntou, a voz clara e objetiva.
- Claro, posso sim! - Rey respondeu, a animação tomando conta dela.
- Ótimo, senhorita Rey. Vou deixar a papelada pronta e amanhã conversamos melhor.
- Maravilha, muito obrigada! - Rey sorriu, sentindo a empolgação pulsar em suas veias enquanto o telefone desligava.
Ela segurou o aparelho firme contra o peito e, num impulso de alegria, saiu correndo do quarto em direção ao de Hannah, gritando de felicidade.
- Ai! O que foi? Já viu a hora? - Hannah murmurou, confusa e sonolenta, enquanto Rey subia na cama dela, usando o colchão como trampolim.
- A cafeteria que eu mandei currículo me chamou para conversar amanhã! - Rey gritou, a energia vibrante irradiando dela.
Hannah, que ainda tinha os cabelos bagunçados e vestia um pijama parecido com o de Rey, deu um grito alto e se levantou na cama, juntando-se à dança de celebração.
- Chamaram? - perguntou, os olhos agora arregalados de surpresa. Quando Rey assentiu, Hannah explodiu em empolgação. - Ai meu Deus, minha reza deu certo!
As duas começaram a pular juntas, rindo e gritando, completamente alheias à hora da manhã e ao fato de que poderiam estar acordando os vizinhos. O quarto de Hannah parecia um mini palco de comemoração, um espaço onde a alegria e a amizade criavam uma atmosfera mágica.
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BALLET - REYLO
FanfictionKylo Ren, um escritor recluso e famoso por seus romances intensos e sombrios, está em crise criativa. Após anos no topo das listas de bestsellers, ele sente que perdeu a inspiração para seu próximo grande livro. Buscando uma nova faísca, ele se afas...