Capítulo 8: O convite

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Após a visita inesperada de Mavi, Luma sentia-se mais perturbada do que jamais admitiria. Ele havia invadido seu espaço, sua vida, de uma forma que ela não estava preparada para lidar. Apesar de toda a fachada profissional que mantinha, as constantes provocações e os olhares carregados de intenções a faziam questionar tudo. A ideia de vingança, que antes parecia tão clara, agora começava a se misturar com lembranças confusas e sentimentos que ela acreditava ter enterrado.

O homem que a traiu e a destruiu era o mesmo que a fez acreditar no amor. Pensar nisso era uma traição para si mesma, e cada vez que o rosto de Mavi surgia em sua mente, ela sentia a raiva e o desejo de vingança fervilharem de novo. Mas, ao mesmo tempo, uma dúvida sutil surgia em seu peito: seria possível que ele realmente tivesse mudado?

Enquanto Luma tentava manter seu foco em sua vida profissional, Mavi a observava. Cada gesto, cada palavra, ele estudava cuidadosamente. Sabia que, por trás da frieza e das respostas curtas nas reuniões, havia algo mais profundo. O olhar dela não mentia. Ele conhecia Luma bem demais para não perceber a intensidade reprimida que ela tentava esconder. E isso o intrigava mais a cada encontro.

Ele precisava de uma forma de ultrapassar as barreiras que ela havia erguido. Então, decidiu agir de maneira mais ousada.

No final da tarde, Luma estava terminando de revisar relatórios quando um e-mail surgiu na tela. O remetente: Mavi. Sentiu seu estômago revirar ao ver o nome dele, como se ele tivesse o poder de desequilibrá-la até mesmo através de uma simples mensagem. Ela clicou, respirando fundo. O conteúdo era direto, quase provocador:

Luma, gostaria de convidá-la para um jantar privado amanhã à noite. Precisamos discutir o andamento do projeto e nada melhor do que um ambiente mais tranquilo para focarmos nas decisões estratégicas. Eu sei que você é profissional o suficiente para não deixar nada interferir em nosso trabalho. Espero sua confirmação. Mavi.

Ela mordeu o lábio, os olhos fixos nas palavras "jantar privado". Não era uma simples reunião de trabalho; ele queria mais. Sabia que Mavi estava testando seus limites, desafiando-a a sair da zona de controle. Mas Luma não iria ceder tão facilmente. Ela queria mostrar que era implacável, que era mais forte do que qualquer provocação que ele pudesse tentar.

Mas, apesar de todos os seus instintos gritarem para que recusasse, Luma decidiu aceitar. Sabia que esse jantar era mais uma jogada, mais um passo no jogo que ambos estavam jogando. Porém, dessa vez, ela estaria no controle. Ou pelo menos, era o que esperava.

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